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Joias da poesia contemporânea
Ano 8 - N° 399 - 1° de Fevereiro de 2015

 
 
 

Civilização em ruínas 

Augusto dos Anjos
 

 

Todo o mundo moderno horrendo, em ruínas,

Deixa agora escapar o horrendo fruto

De miséria e de dor, de pranto e luto,

Feito de sânie(1) e de cadaverinas(2).

 

Em vão, sobre o Calvário áspero e bruto,

Sangrou Jesus em lágrimas divinas,

Sob as ofensas torpes e tigrinas(3)

A tentarem-lhe o espírito incorruto.(4)

 

Saturada de treva, angústia e pena,

A Civilização que se condena

Suicida-se num báratro profundo...

 

Porque na luz dos círculos da Terra,

Nos turbilhões fatídicos da guerra,

Ainda é Caim que impera sobre o mundo.

 

(1) Sânie [do lat. sanie, 'sangue corrompido']: pus ou matéria purulenta gerada pelas úlceras e chagas não tratadas; icor.  P. ext.:  podridão. 

(2) Cadaverina: diamina encontrada nos tecidos animais putrefatos. Diamina designa qualquer substância que contém dois grupos amina.

(3) Tigrina: relativa, pertencente ou semelhante ao tigre, ou próprio dele; sanguinária como o tigre.

(4) Incorruto: o mesmo que incorrupto; isento de corrupção; que não se corrompeu.


Augusto dos Anjos nasceu na Paraíba em 1884 e desencarnou em 1914, na cidade de Leopoldina (MG). Foi poeta e professor no Colégio Pedro II. O soneto acima integra o Parnaso de Além-Túmulo, obra mediúnica psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita