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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 399 - 1° de Fevereiro de 2015
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 


Trilhas da Libertação

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 6)

Continuamos a apresentar o estudo metódico e sequencial do livro Trilhas da Libertação, obra de autoria de  Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1995.

Questões preliminares

A. Qual é, segundo nossos mentores espirituais, o melhor amigo de todo médium?

O melhor amigo de todo médium, no seu processo de evolução, é sempre a dificuldade, que o impele ao bem, à oração, à meditação, conduzindo-o à humildade. Ao dizer isso, o irmão Vicente lembrou também que muitos, infelizmente, soçobram nas águas turvas da vaidade e da presunção.  (Trilhas da Libertação. O médium Davi e o dr. Hermann Grass, pp. 47 a 49.)

B. Um fato que se verificou no recinto da Casa Espírita, momentos antes da atividade mediúnica, horrorizou o autor deste livro. Que fato foi esse?

Segundo Manoel P. de Miranda, enquanto o médium dirigia-se a determinada sala, para preparar-se, o orador da noite conclamava os interessados à concentração e reiterava que ninguém se esquecesse da doação da espórtula para ajudar a manutenção das obras de caridade da Casa. O pedido de dinheiro surpreendeu o autor desta obra que, horrorizado com tal atitude, nos lembra que a Sociedade Espírita é lugar de iluminação da consciência, de enobrecimento moral e ação caridosa. Sem isso, ela se descaracteriza, mundaniza-se e torna-se um clube onde predominam a insensatez, o engodo e a exploração. Onde predomina o interesse pelo dinheiro escasseiam as austeridades morais. (Obra citada. O médium Davi e o dr. Hermann Grass, pp. 50 e 51.)

C. É correto afirmar que a função da mediunidade não é promover curas?

Sim. Certamente, a função da mediunidade não é promover curas, como arbitrariamente supõem e pretendem alguns desconhecedores da missão do Espiritismo na Terra. Em uma Sociedade Espírita, a tarefa primacial é a de iluminação da consciência ante a realidade da vida, seus fins, sua melhor maneira de agir, preparando os indivíduos para a libertação do jugo da ignorância, a grande geradora de males incontáveis. (Obra citada. O desafio, pp. 54 a 56.)

Texto para leitura

21. O melhor amigo de todo médium é sempre a dificuldade – Davi, acrescentou Vicente, procedia de experiências reencarnatórias assinaladas por graves insucessos, tendo investido muitos valores e interferências de Mentores abnegados para lograr a oportunidade que, infelizmente, malbaratava, atraindo consequências muito dolorosas para ele mesmo. “Quando se apresentou em nossa Casa – relatou Vicente –, pedia apoio para atendimento da mediunidade de prova, que o aturdia muito.” Davi era portador de promissoras faculdades de efeitos físicos, psicofonia, clarividência e clariaudiência, que se manifestaram desde a adolescência. Espírito rebelde, porém, embora conduzido a uma Casa Espírita, permitiu-se a indisciplina e o abuso nas atitudes mais simples. Benfeitores Espirituais programados para colaborar com ele, junto dos necessitados, foram lentamente rechaçados nos seus propósitos superiores, por se negar com frequência aos exercícios de educação moral e emocional, sobrecarregando-se com o excesso de alimentos portadores de altas doses de toxinas e, sobretudo, cedendo espaço mental a vícios danosos que o retinham na ação perniciosa. Com o tempo passou a ingerir alcoólicos, impedindo assim o intercâmbio com aqueles nobres Instrutores, que jamais o abandonaram. Como os espaços de toda natureza nunca permanecem vazios por muito tempo, não faltaram companheiros desencarnados ociosos e vulgares para acorrerem na sua direção preenchendo as suas necessidades, destacando-se o dr. Hermann Grass, que exerceu a Medicina terrestre com atropelos morais e sem a ética conveniente. Cirurgião hábil, dedicara-se ao aborto criminoso, contraindo pesados débitos perante a própria consciência e a Consciência Cósmica. Ao desencarnar, sofrendo amargamente, tornou-se vítima direta de terrível verdugo da Erraticidade mais inferior que o explorava desde antes, fazendo-o mais infeliz. Depois de vários anos de vampirização, complicada pela presença vingadora de algumas de suas vítimas, o ex-médico desvinculou-se do antagonista e passou a ligar-se a Davi, em quem encontrou recursos para reabilitar-se dos delitos através das ações dignificantes que viesse a realizar. No começo, dr. Hermann encontrou estímulos para essa reabilitação, de que se foi descuidando à medida que aumentava o número de necessitados e o caráter do médium se amolentava diante dos resultados materiais obtidos. “O melhor amigo de todo médium, no seu processo de evolução, é sempre a dificuldade, que o impele ao bem, à oração, à meditação, conduzindo-o à humildade”, asseverou o irmão Vicente, lembrando que muitos soçobram nas águas turvas da vaidade e da presunção. No caso de Davi, os Amigos Espirituais, conhecendo-lhe as necessidades emocionais, programaram a reencarnação de Adelaide, antigo afeto a que se vinculava o médium, providenciando-lhe o consórcio matrimonial, para que não experimentasse carência afetiva e pudesse, assim, dedicar-se à mediunidade em regime de plenitude relativa. Da união nasceram dois filhinhos, que estavam, porém, quase esquecidos pelo pai, que se arrependera de haver casado, por considerar o casamento um estorvo aos seus propósitos. (O médium Davi e o dr. Hermann Grass, pp. 47 a 49.)

22. Onde predomina o interesse pelo dinheiro escasseiam as austeridades morais – Aproveitando-se da auréola de paranormal, que deslumbra os ociosos e simplórios, Davi passou à conquista de jovens e senhoras imprevidentes, com o que, incidindo em outro gênero de delitos, caminhava a largos passos para uma tragédia que estava sendo urdida por seus adversários. Enquanto o médium dirigia-se a determinada sala, para preparar-se, o orador prosseguiu, conclamando os interessados à concentração e reiterando que ninguém se esquecesse da doação da espórtula para ajudar a manutenção das obras de caridade da Casa. A Sociedade Espírita, ensina Miranda, horrorizado com o pedido aberrante, é lugar de iluminação da consciência, de enobrecimento moral e ação caridosa. Sem isso, ela se descaracteriza, mundaniza-se e torna-se um clube onde predominam a insensatez, o engodo e a exploração. Onde predomina o interesse pelo dinheiro escasseiam as austeridades morais. Não era, portanto, sem razão que transpirasse perturbação na sala onde o médium se preparava para as atividades mediúnicas. Ideoplastias negativas, clichês mentais e vibriões psíquicos enxameavam no ambiente, tornando-o irrespirável. Igualmente se misturavam os Espíritos em aturdimento constrangedor, alguns tentando interceder pelos familiares enfermos, que aguardavam ajuda, outros em promiscuidade de paixões, gerando um pandemônio de difícil descrição. De súbito, a algazarra cessou. Viu-se, então, entrar no recinto o dr. Hermann Grass, acompanhado por seus auxiliares. Vicente apresentou-lhe o dr. Carneiro de Campos, Fernando e Miranda, informando que os houvera convidado para que participassem das atividades daquela noite. Não ocultando um certo desagrado, dr. Grass agradeceu-lhes a presença, dizendo-se às ordens para quaisquer esclarecimentos em torno do seu trabalho. Compreendendo a gravidade do momento, dr. Carneiro de Campos contornou-a com delicadeza. “O nosso – disse ele – é o interesse de aprendizes que buscam aprimorar técnicas socorristas para melhor atendimento das criaturas humanas, e é nesta condição que aqui nos encontramos.” Surpreendido com a elucidação e atingido pela onda mental de simpatia do Benfeitor, dr. Grass desarmou-se emocionalmente, pedindo licença para dar curso ao compromisso assinalado. (O médium Davi e o dr. Hermann Grass, pp. 50 e 51.)

23. Uma lâmpada projetava irradiações semelhantes ao laser, com potencial bactericida – O médium Davi procurou concentrar-se, para entrar em sintonia com o dr. Hermann. A mente em desalinho, repleta de clichês sensuais, impossibilitava-o, porém, de manter o pensamento numa faixa de equilíbrio que lhe propiciasse a dilatação do campo perispiritual, indispensável ao fenômeno da psicofonia e do comando do centro dos movimentos pelo desencarnado. As ideias vulgares cultivadas por ele criavam um envoltório de energia densa, negativa, que impedia a exteriorização parcial do Espírito encarnado e a captação da que provinha do cirurgião espiritual. Da área genésica do médium exteriorizavam-se ondas escuras, saturadas de baixo teor vibratório, traduzindo promiscuidade e cansaço das células geradoras de vitalidade, que se debatiam em luta vigorosa contra agentes psíquicos destruidores que tentavam invadi-las, para desarticular-lhes a mitose e dar início a processos patológicos irreversíveis. O dr. Grass acercou-se do médium e o envolveu com vigorosas vibrações que o alcançaram, rompendo a camada sombria que lhe impossibilitava o perfeito acoplamento psíquico, de modo que o esforço conjugado de ambos resultou em bem sucedido fenômeno mediúnico. Miranda observou, então, que o médium – em razão das barreiras a que a sua conduta censurável dera lugar –  convulsionou-se, projetando os olhos um pouco para fora das órbitas, e tomou uma postura diferente da sua personalidade, traindo, desse modo, o domínio do comunicante que lhe obnubilou quase totalmente o centro da consciência. Nesse comenos, os trabalhadores espirituais da Casa, sob o comando de Vicente, estabeleceram as defesas vibratórias até então não conseguidas em razão da perturbação reinante. Eles distenderam telas magnéticas que circundaram a sala, enquanto uma lâmpada projetava irradiações semelhantes ao laser, com potencial bactericida, responsável pela assepsia, anestesia e hemóstase nos pacientes durante a incursão cirúrgica. Simultaneamente, outros Espíritos, que haviam sido médicos na Terra, acercaram-se do cirurgião-chefe, responsabilizando-se por diferentes especialidades, já que o dr. Grass preferia operar as neoplasias, especialmente as de caráter maligno ainda sem metástases, o que lhe facultava dar largas à presunção, apresentando ruidosos espetáculos que divertiam a clientela e perturbavam os facultativos convidados ou que, curiosos, acorriam para acompanhar-lhe as demonstrações. O que deveria ser realizado com unção e respeito, a pretexto de comprovar a imortalidade, convertia-se em cenário para exibição teatral. (O desafio, pp. 52 a 54.)

24. A função da mediunidade não é, como alguns supõem, promover curas – A primeira paciente da noite portava uma pequena tumoração da mama (displasia), que muito a afligia. Receando tratar-se de um câncer, ao contrário do que o médico lhe informara, procurara o recurso espiritual; entretanto, tomada por acentuado desequilíbrio nervoso, a pobre tremia quando se deitou na mesa de curativos, ora transformada em cirúrgica. Dr. Hermann percebeu logo que não havia nenhuma gravidade no caso, o que lhe permitiria uma bela atuação cirúrgica. Tomando, pois, de uma lâmina, e sem desinfetá-la, conseguiu, em poucos minutos, extirpar o pequeno tumor. Exibindo-o, informou que se poderia fazer o estudo patológico e se constataria a presença das células cancerosas. Ato contínuo, atirou-o a um recipiente reservado à coleta das peças extraídas, uniu as bordas da incisão, da qual não brotava sangue, colou esparadrapo, enfaixou com gaze a operada e, todo sorridente diante da aclamação geral, convocou outro paciente. Este era portador de uma catarata que lhe ameaçava a vista esquerda, tal a dimensão que assumira. Assistido por jovem médico oftalmologista desencarnado, membro da equipe, o cirurgião fez a remoção da película opacificada e colocou um chumaço de algodão, preso por esparadrapo sobre o olho, recomendando o curativo para daí a três dias. Desfilaram, na sequência, quase oitenta pacientes, diferindo em pouco os problemas que os afligiam, sendo que a maioria trazia perturbações psicossomáticas, enquanto alguns outros portavam enfermidades diversas. Não foi, porém, realizada nenhuma cirurgia de grande porte ou em órgãos essenciais e de difícil acesso, embora tal incursão fosse possível. Vicente, notando as dúvidas de Miranda, esclareceu: “O nosso dr. Hermann poderia realizar um trabalho precioso em favor do próximo, imprimindo dignidade ao fenômeno mediúnico e à imortalidade da alma. Afim, moralmente, com o instrumento de que se utiliza, quando constata um grave problema de saúde, que não pode resolver, apela para a informação de que se trata de carma e o paciente deve recorrer à Medicina terrestre, como se não o fossem todos os fenômenos afligentes que procedem do passado remoto ou próximo... Certamente, a função da mediunidade não é de promover curas, como arbitrariamente supõem e pretendem alguns desconhecedores da missão do Espiritismo na Terra. Fossem eles vinculados à Doutrina e seria incompreensível tal comportamento. Entretanto, em uma Sociedade Espírita, a tarefa primacial é a de iluminação da consciência ante a realidade da vida, seus fins, sua melhor maneira de agir, preparando os indivíduos para a libertação do jugo da ignorância, a grande geradora de males incontáveis”. “Apesar disso – aditou ele –, o amor de Deus permite que nós, os desencarnados, procuremos auxiliar as criaturas humanas, quando enfermas, sem nos entregarmos a injustificável competição com os médicos terrenos, fazendo crer que tudo podemos...” (O desafio, pp. 54 a 56.) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita