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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 396 - 11 de Janeiro de 2015

WAGNER IDEALI 
wagner.ideali@terra.com.br
Guarulhos, SP (Brasil)

 
 
 

O significado existencial
e o Espiritismo
 

“Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida?” – O Evangelho segundo o Espiritismo.


Às vezes ficamos pensando qual o significado de nossas vidas, o porquê da nossa existência, o porquê de tudo que está à nossa volta. O homem tem esses questionamentos desde o seu aparecimento na Terra. O Espiritismo a nosso ver tem todas as respostas para essas indagações e questionamentos. Não dentro de uma análise fria, mas dentro do princípio de Causa e Efeito, no contexto da continuidade da vida e baseando-se nos ensinos do Cristo. Toda essa análise entendendo o homem como um ser transcendental, multiexistencial e uma bagagem de sentimentos a serem trabalhados e vivenciados.

Poderíamos começar com a existência de uma força maior que alguns chamam de Deus, outros de Alá, Jeová, e assim por diante. Mas sem a aceitação de Deus realmente tudo fica muito difícil de ser compreendido, toda a transcendência do ser humano, e portanto a vida, acaba sendo algo frio e sem um objetivo maior do que viver, usufruir e morrer. Dentro dessa visão materialista, teremos apenas uma visão hedonista da vida, com a busca do prazer, do poder, da beleza física e de outras seduções temporárias. Assim fica a pergunta: Seria o ser humano apenas um animal que pensa?

Sem dúvida nenhuma o espírito humano é, na Terra, nesse momento, o maior clímax na evolução antropossociopsicológica da vida, mas não é a etapa final.

O que habita no ser humano é muito mais do que um conjunto físico-químico, mas sim algo que transcende todas as nossas conjecturas filosóficas que ainda estão engatinhando dentro de análises muitas vezes egocêntricas e limitadas.

Frente a uma visão mais espiritual nós podemos enxergar o ser humano, entre outras coisas, como um feixe de emoções a serem desenvolvidas, e que somente pela passagem pela vida física se lhe permite experienciar essas emoções, bem como todas essas realidades transitórias e outras legítimas, mas todas necessárias à nossa evolução. Amadurecimento de algo mais que nós temos dentro de nós – que o Espiritismo chama de Espírito.

A busca interior, a descoberta de si mesmo, o conhecimento de tudo que está à sua volta trazem para o ser a única forma de obter o equilíbrio, pois somos o resultado de inúmeras reencarnações que se perdem nas noites das existências.

Assim, numa visão curta de unicidade da vida, não é possível quantificar tudo à nossa volta, mas na multiplicidade da mesma podemos ver um processo de evolução e, junto com as palavras de Jesus, agora não mais como retórica religiosa, mas como Verdade absoluta de uma forma de bem viver.

Nesse momento as conquistas efêmeras da vida terão seus valores diminuídos para a obtenção de algo muito maior, que na maioria das vezes não se consegue expressar por palavras, mas apenas sentir. Nesse momento vamos buscar as respostas dentro de nós mesmos, através da prece simples, da meditação, do trabalho constante, tudo em favor de nossa renovação íntima e assim obter essas respostas gradualmente em função de nossa evolução espiritual.

Agora vamos entender que tudo tem seu momento, seu começo e fim, que tudo tem razão de ser, mesmo fugindo ao nosso entendimento, e que, enfim, Deus existe e está interpenetrado em tudo e com todos.

Somente com a busca do equilíbrio profundo, com a descoberta de nós mesmos é que poderemos entender todo o significado real da vida.

Novos horizontes nos esperam, e a vida na forma que conhecemos passa a ser uma escola onde aprendemos o verdadeiro sentido da palavra Amor e, com o Espiritismo baseado nos ensinos de Jesus, teremos esse significado existencial muito mais claro e concreto.

Joanna de Ângelis nos mostra através de Divaldo Pereira Franco o quanto estamos equivocados com a verdadeira função da vida, e nos diz:

A alucinação midiática, a serviço do mercantilismo de tudo, vem, a pouco e pouco, dessacralizando o ser humano, que perde o sentido existencial, tombando no vazio agônico de si mesmo.

Numa cultura eminentemente utilitarista e imediatista, o tempo-sem-tempo favorece a fuga da autoconsciência do indivíduo para o consumismo tão arbitrário quão perverso, no qual o culto da personalidade tem primazia, desde a utilização dos recursos de implantes e programas de aperfeiçoamento das formas, com tratamentos especializados e de alto custo, até os sacrifícios cirúrgicos modificando a estrutura da organização somática.

O belo, ou aquilo que se convencionou denominar como beleza, é um dos novos deuses do atual Olimpo, ao lado das arbitrariedades morais e emocionais em decantado culto à liberdade, cada vez mais libertina.

A ausência dos sentimentos de nobreza, particularmente do amor, impulsiona o comércio da futilidade e do ilusório, realizando-se a criatura enganosamente nos objetos e utensílios de marca, que lhe facultam o exibicionismo e a provocação da inveja dos menos favorecidos, disputando-se no campeonato da insensatez.

Em dias de utopia, nos quais se vale pelo que se apresenta e não pelo que se é, o procedimento convencional, os ideais que dignificam e trabalham as forças normais cedem lugar aos prazeres ligeiros e frustrantes que logo abrem espaço a novas mentirosas necessidades.

O cárcere do relógio, impedindo que se vivencie cada experiência em sua plenitude e totalidade, sem saltar-se de uma para outra apressadamente, torna os seus prisioneiros cada vez mais ávidos de novidades, por se lhes apresentar o mundo assinalado pela sua fugacidade...”.

Termina nos dizendo:

... “Se experimentas esse vazio interior, desmotivado para viver ou para laborar em favor do bem-estar pessoal, abre-te ao amor e deixa-te conduzir pelas suas desconhecidas emoções, que te plenificarão com legítimas aspirações, oferecendo-te um alto significado psicológico e humano”.

Jesus foi enfático ao abordar psicologicamente o significado existencial, propondo: “Buscai primeiro o reino dos Céus e sua justiça, e tudo mais vos será acrescentado”, deixando claro que a destruição do corpo pelo fenômeno biológico da morte é inevitável, restando ao ser espiritual prosseguir na marcha pelos infinitos caminhos da imortalidade. O motivo da vida é amar e aprender para evoluir.

O ensino de Jesus “Não sairás dali enquanto não pagares o último ceitil” pode agora ser sentido não como castigo, mas como processo de educação. “Conhece-te a ti mesmo” e “Conhece a verdade e essa te libertará” nos mostra essa visão mais espiritual da vida e “Eu sou o caminho, a verdade e a vida, ninguém vai ao Pai senão por mim” encerra toda profundidade de Suas palavras.

Assim vamos entendendo que os ensinos de Jesus têm um significado muito mais profundo em nossas vidas, principalmente como norma de conduta e bem viver.

Assim podemos ver que o Espiritismo mostra com muita propriedade o sentido existencial de cada um de nós.  

 

 


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