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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 396 - 11 de Janeiro de 2015

JOSÉ ANTÔNIO V. DE PAULA
depaulajoseantonio@gmail.com
Cambé, PR (Brasil)

 
 
 

Arnaldo Rocha: uma experiência de vida


Em 2008, no 150º aniversário de fundação da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas e com o amparo da Espiritualidade Maior, foi fundada a Fraternidade de Estudos Espíritas Allan Kardec (FEEAK) para promover estudos e amparo espiritista na Terra, tendo sempre como leme a Doutrina codificada por Allan Kardec. Ela mantém o blog: “Chico Xavier, Diálogos Recordações”, de onde tiramos esta belíssima narração feita sobre um testemunho de Arnaldo Rocha sobre a desencarnação de Meimei e seu encontro com o médium mineiro. Ouçamos a narração:

Em uma noite inesquecível, o ilustre conselheiro da União Espírita Mineira e amigo de Chico Xavier, Arnaldo Rocha, proferiu uma palestra na abertura da Semana Chico Xavier no Grupo da Fraternidade Irmã Scheilla, na capital mineira. E o ex-consorte de Irma de Castro Rocha, o encantador Espírito de Meimei, atendendo prestimosamente ao convite da direção desse tradicional Centro Espírita, brindou o público com belas histórias inéditas do nosso querido médium de Pedro Leopoldo, Chico Xavier.

O Espírita Mineiro esteve presente para registrar o evento, reproduzindo resumidamente o inesquecível momento. Uma cena significativa. Arnaldo abre a sua sacolinha de plástico, retirando dela alguns livros, papéis e os distribuiu sobre a bancada, pediu para afastar o microfone, agradeceu por estar lá e começou a sua exposição.

Inicia a palestra falando o que ele era: de 10 a 24 anos de idade era lutador de jiu-jitsu, campeão de natação e pesava 80 quilos de massa musculosa. Materialista: toma lá, dá cá; um homem não leva desaforo para casa. Contou como conheceu Irma de Castro. Sua irmã a levou à sua casa. O apelido dela em casa era Naná. Foi o início de uma grande amizade. Ele fez questão de dizer que no começo era só amizade. Tinham muito em comum, ambos gostavam muito de ler. Quando não podiam comprar livros, iam à biblioteca pública para ler. Conta o primeiro dia em que se beijaram. Seu modo simples vai despertando alegria no público.

Explicou o apelido de Meimei: liam um livro “Momento em Pequim” de um filósofo chinês, Lyn Yutang, que havia fugido do domínio de Mao Tsé Tung; no final, no glossário, o significado da palavra Meimei – “a noiva bem-amada”.

Contou sobre a visita à Igreja São José e da oração de Meimei junto à imagem de Jesus carregando a cruz, suplicando que Arnaldo deixasse de ser fanático e autoritário. Lembra-se que, naquela época, já havia se acostumado com as “esquisitices” da amada: pensava que ela era muito imaginativa e meio maluca!

Falou de sua própria família: a mãe, Maria José de São Domingos Ramalho Rocha, católica, mas que via Espíritos; o irmão, Geraldo, era espírita. Conta que, quando foi à Igreja marcar o casamento, o padre quis saber se ele era católico. Ele disse que não e o padre se negou a casá-lo. Ele abriu o talão de cheques e o padre resolveu aceitar. Depois do casamento, ao entrarem na casa nova, Meimei prosseguiu de joelhos. Ele perguntou por que ela estava fazendo aquilo e ela respondeu que era para agradecer a Deus pela casa. Ele rebate: “O que é isso! Foi muito suor no trabalho para conseguir essa casa! Eu trabalhei muito pra isso!”

Sua franqueza despertou muitos sorrisos na assistência.

Arnaldo Rocha, com a voz embargada pela emoção, discorreu sobre o final de seu casamento, com a partida de Meimei para o plano espiritual. Suas expressões revelavam sinceridade e ternura que a cada instante cativavam o público atento. “Amigos, falou pausadamente, não fui ao enterro de minha querida esposa, e nem me preocupei com o local. Conheci a placa que sua mãe e irmãs mandaram fazer para ela, no Cemitério do Bonfim, 44 anos depois! Essa foi a maneira de viver minha dor. Eu era materialista e nada me importava. Não culpava a ninguém, pois na visão materialista a fatalidade vem para todos: plantas, animais… por que não para os homens?”

A depressão não tardou e cheguei a pesar 54 quilos; falavam que eu estava com tuberculose. Confesso, não foi fácil entrar em nossa casa “sozinho”. Fui recordando das maluquices de Meimei, antevendo aquela situação de profunda melancolia e de solidão inarredável que passou a fazer parte dos meus dias. Então o mundo espiritual iniciou uma intervenção maravilhosa em minha vida.

Um temporal levou-me à casa do mano, no 11º dia do desencarne de Meimei. Quando entrei, ensopado, deparei com um grupo de pessoas à mesa, então pensei: “Ih! Eles vão fazer uma sessão espírita!”. Entre os participantes, uma velha amiga da família, Eny Fassanelo. Costumo brincar: Era uma senhora italiana “mais enrugada que um maracujá”. Pronunciava um português “macarrônico”.

Então apagaram a luz. Eram quatro pessoas de um lado, quatro do outro, o mano em uma cabeceira e D. Eny na outra. Então fiquei sem ter como sair. Colocaram-me na ponta da mesa, perto da médium. Após alguns minutos teve início o transe mediúnico, através de D. Eny. Confesso que nos 50 anos de Espiritismo e de reuniões mediúnicas, nem com o Chico presenciei um fenômeno de transfiguração tão exuberante como o dessa noite! O rosto enrugado aos poucos foi ficando lisinho, com aparência de 20 anos de idade, um maracujá verdinho. O Espírito tira o casaquinho da mesma maneira que Meimei fazia. Depois inicia a fala pronunciando ‘rialmente’, palavra que Meimei dizia com dificuldade. A frase dita foi: ‘rialmente o meu Sozinho não vai entender’.

Neste ponto Arnaldo, pausadamente, explica o porquê do apelido de Sozinho: como ela dizia que a avó viria buscá-la, sabia que ele iria ficar “sozinho”. Relata, muito rapidamente, os outros fatos da reunião desse dia e de uma outra reunião que aconteceu no mesmo horário com a coordenação do Dr. Camilo Chaves, relatos que vieram corroborar a autenticidade do fenômeno e o início da sua conversão ao Espiritismo.

Com um cativante sorriso, ele conta o seu inesquecível encontro com Chico Xavier. “Subia a Avenida Santos Dumont, em Belo Horizonte, e, para desviar de duas senhoras, esbarrei no Chico. Quase joguei o jovem médium e os seus pertences no chão. Ao desculpar-me entregando a pasta para Chico, este passa a mão em meu rosto, em minha cabeça (aí eu pensei: Mas que intimidade é esta? Ele nem me conhece! – e a plateia ri). Chico coloca a mão no meu ombro, aperta-o (um gesto comum do futuro amigo) e pediu a foto ‘da nossa princesa’ que eu guardava na carteira. Chico disse: ‘Naldinho, não é assim que Meimei lhe chamava? Ela está aqui’. Amigos, eu fiquei estuporado, diante do inexplicável, por não conhecer a mediunidade da clarividência.”

O contador de Histórias dá uma parada, bebe um pouco de água. Reinicia as recordações, inserindo o seu grande amigo Francisco Cândido Xavier, em suas narrativas.


Fonte:
http://chico-xavier.com/dialogos-e-recordacoes/
 


 

 


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