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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 396 - 11 de Janeiro de 2015

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
Brasília, DF (Brasil)

 
 
 

A lei do amor em sete regras


Amigo leitor, o amor, junto com a humildade são as duas virtudes essenciais à nossa evolução. Em vista dessa constatação, propomos sete regras básicas que, se bem executadas, nos ajudarão na prática do amor.

Em nosso relacionamento social, é comum encontrarmos pessoas com excelente audição. Consequentemente, falam baixo e, se alteamos um pouco a voz quando com elas conversamos, demonstram ficar incomodadas. Para quem não tem uma audição tão boa, como ocorre conosco, por vezes, é difícil dialogar com tais pessoas. Isso não significa que devamos falar aos gritos com outrem, mas que precisamos elevar o nível de nossa voz à compreensão alheia.

Outras criaturas há que, numa conversa, falam o tempo todo, interrompem seu interlocutor e não demonstram o mínimo interesse pelo que ouvem. A essas pessoas, principalmente, é que se destina a primeira regra: atenção para com todos, pois escutar bem é mais importante do que ouvir bem. Tais cidadãos ainda não aprenderam a diferença entre ouvir e escutar. Ouvir é registrar o som, reagir mecanicamente aos estímulos sonoros externos a nós. É uma ação passiva. Já escutar é prestar atenção e buscar entender esses sons. É uma ação ativa, que nos faculta interagir com o que ouvimos.

Ter atenção para com todos é respeitar as limitações de cada um. Para tal, é preciso não apenas ouvir outrem, mas escutá-lo. Há muita gente que ouve muito bem e escuta muito pouco e há algumas pessoas que, mesmo não ouvindo tão bem, escutam muito. Essas últimas são as pessoas que estão sempre atentas e demonstram interesse pelo seu próximo.

A segunda regra de vivência do amor é a da abnegação, que é o devotamento ao próximo. Quando nós aprendermos que nossa felicidade não prescinde do desejo sincero de fazer os outros felizes, estaremos nos libertando de uma das causas do nosso sofrimento: o egoísmo, que substituiremos pelo altruísmo. Dizem-nos os Espíritos superiores (KARDEC, 2013, questão 785) que os maiores obstáculos ao nosso progresso moral são o orgulho e o egoísmo. Por outro lado, o devotamento ao próximo, ou a abnegação, o desinteresse pessoal são as qualidades que mais demonstram nossa elevação espiritual (idem, q. 893).

Outra qualidade pouco exercitada, quando se é egocêntrico, é a discrição. Há pessoas que adoram falar de si mesmas: "Nunca antes, como agora, que estou na chefia desta casa, houve tanto progresso. Todas essas conquistas, espirituais e materiais devem-se ao meu esforço diuturno para que a minha empresa seja a melhor do mundo". Frases como essa são muito comuns, quando não se é discreto, ainda mesmo que a afirmação seja verdadeira. Enfim, falar de si mesmo, exaltando seus méritos e suas conquistas intelectuais e morais é, no mínimo, falta de discrição.

Junto à qualidade anterior está a humildade. Ser humilde não é ser humilhado sem qualquer reação, mas ser o servo de todos e ter o espírito de serviço e o de amor ao próximo como sentimentos que norteiam nosso comportamento na sociedade. O maior exemplo de humildade que conhecemos foi o de Jesus que, em Mateus, 23:12, nos afirmou: "o que a si mesmo se exaltar será humilhado e o que a si mesmo se humilhar será exaltado". Sua demonstração mais emocionante de como se deve servir está na passagem evangélica intitulada "lava pés", contida em João, 13: 1, 3 a 5 e 12 a 17, em que lava e enxuga os pés de seus discípulos e lhes recomenda servir, assim, ao seu próximo.

Dessa forma, o humilde está sempre preocupado em não se exaltar, e, sim, em valorizar o semelhante e jamais parecer ser mais do que é. Nunca perde a modéstia e a discrição, por saber que todo poder emana de Deus e que tudo, no mundo físico, é temporário, embora seja também oportunidade de elevação do Espírito.

Outra qualidade muitíssimo importante, no relacionamento com o próximo, é o respeito à autoestima alheia. Aqui, a regra áurea de Jesus nunca deve ser esquecida: "fazer aos outros aquilo que gostaríamos que eles nos fizessem" (Mateus, 7:12). Quando entendermos o verdadeiro sentido dessa lei áurea que, segundo Jesus, resume "toda a lei e os profetas", por simbolizar o amor em sua total pureza, muitas crianças crescerão sem problemas psicológicos, muitas pessoas perderão a timidez para expressar seu potencial espiritual e se mostrarão motivadas a trabalhar conosco, nos mais diversos setores da sociedade de um mundo mais fraterno e igual.

Temos também a simplicidade como outra regra de bem-estar e de progresso extremamente importante. Muitas descobertas surgiram, no meio científico, quando se encontrou a solução mais simples para o problema a ser resolvido. Ser simples não é, entretanto, ser simplório, nem superficial, é se fazer entender por todos sem afetar superioridade por meio de teorias complexas. Ser simples é ser modesto, relacionar-se com todas as pessoas sem distinções e sem discriminações de nenhuma espécie. É jamais se exaltar por supostas conquistas intelecto-morais, o que também demonstra falta de modéstia e de humildade. As pessoas simples, como Chico Xavier, são queridas por todos e sempre nos transmitem simpatia e solidariedade.

Por fim, precisamos buscar sempre a verdade em todos os nossos atos. É essencial ao nosso crescimento espiritual ser verdadeiros em tudo o que pensarmos, falarmos e agirmos. Não é verdadeiro quem prega a honestidade, mas finge que não viu o comerciante dar-lhe um troco maior do que o valor da compra. Não é verdadeiro quem prega a tolerância ao próximo e, no trânsito, mostra-se impaciente para com outros motoristas. Não é verdadeiro quem recebe e-mails de amigos, nem sempre oportunos, mas finge ignorá-los. Não é verdadeiro quem é informado de uma ligação telefônica e manda dizer que não está ou não pode atender, por se sentir incomodado. E assim por diante, nas mínimas coisas de seu cotidiano. Enfim, não é verdadeiro quem recomenda atitudes elevadas e não busca agir de acordo com isso. Ser verdadeiro é assumir os nossos princípios de honestidade e coerência de comportamento. É desse modo que demonstramos nossa condição de homens e mulheres de bem, pois tudo isso é apenas desdobramento da lei máxima ensinada por Jesus: a Lei do Amor.

Concluímos nossas considerações com nosso singelo poema, que destaca cada uma das sete regras propostas para a vivência dessa Lei:

Poema do bem

 

Ame seu próximo, dê-lhe atenção,

Pratique a caridade a cada dia,

Quem se devota ao bem é bom cristão.

 

Mas o fazer e agir sempre no bem,

Com abnegação, simplicidade,

São normas máximas na Terra e Além.

 

Amar a si e à humanidade inteira

Requer de nós postura de humildade,

Requer de nós conduta verdadeira.

 

O domínio teórico é metade

Dos ensinos que o Mestre nos deixou

Na implantação do império da Verdade.

 

Quem age aqui na Terra com bondade,

Recomendada há mais de dois mil anos,

Caminha firme para a santidade.

 

Fazer o bem nos torna um homem bom.

É bom quem faz brilhar a própria luz,

Faça, porém, o bem com discrição.

 

Ser bom é nunca desprezar ninguém,

É bom quem segue os passos de Jesus,

Só vive bem quem vive para o bem.


Referências:

A BÍBLIA Sagrada. Tradução de João Ferreira de Almeida. Rio de Janeiro: Sociedade Bíblica do Brasil, 1969.

KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Tradução de Guillon Ribeiro. 93. ed. (histórica). Brasília: FEB, 2013.


Acesse o blog: 
www.jojorgeleite.blogspot.com
 

 


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