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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 396 - 11 de Janeiro de 2015

JANE MARTINS VILELA
jane.m.v.imortal@gmail.com
Cambé, PR (Brasil)   

 
 
 

Inteligências despercebidas


Diante de nós encontrava-se um jovem adolescente, um menino de treze anos de idade, bem apessoado, moreno, bem sério. Entrou calado com o pai. Sentou-se quieto, após um bom dia formal. O pai nos apresentou um parecer da escola dizendo que o referido menino apresentava traços de hiperatividade e que necessitava de um neurologista. Sem emitir julgamentos ou condenações, tem sido muito comum o pedido de neurologistas, embutido aí o desejo de introdução do medicamento Ritalina, que favorece a concentração e mantém muitas crianças mais quietas. Sabe-se, pela psicologia, que a grande maioria das crianças que estão usando essa medicação mais necessita de limite e educação do que de medicação.

Observamos o menino, Guilherme. Quieto, sentado, educado. Ponderamos com o pai que ele não era hiperativo. “Não! Eu sou hiperativo!” – disse o Guilherme. Percebemos uma rebeldia no ar. Ele não é hiperativo, reafirmamos ao pai. “Eu sou hiperativo, sim!” – insistiu o Guilherme. “Você está afirmando isso” – nós lhe dissemos. Perguntamos a ele: “você quer ser hiperativo?” “Eu não” – disse ele –, “mas estão dizendo que sou.” “E de quanto tempo para cá, só agora, com treze anos? E antes?” – perguntamos. “Como era?” “Sem reclamações” – disse o pai. Voltamo-nos para o Guilherme e perguntamos como eram suas notas. “Todas de oitenta para cima” – disse ele. “Deixe-nos então adivinhar” – comentamos com ele. “Você é muito inteligente, termina as tarefas propostas em cinco minutos, faz tudo certo e não tem paciência de ficar esperando seus colegas terminarem, levanta-se, fica inquieto, conversa, atrapalha os outros.” “É isso mesmo” – disse ele – “não tenho paciência, já falo espanhol, estudo à tarde por minha conta, não aguento. Aí, argumento com os professores e eles acham que sou rebelde, sou hiperativo...”

Temos grande respeito pelos professores; são uns verdadeiros heróis em nosso país, mas aqui fazemos um relato do que se passou com o Guilherme e, salvo exceções, tem acontecido muito. Nosso interesse é apenas esclarecer, não polemizar. Voltamos para o pai do Guilherme e comentamos com ele que pela avaliação mundial de ensino o Brasil está nas últimas colocações, infelizmente. Dissemos a ele: “Seu filho é muito inteligente, isso não está sendo visto. Ele precisa ter colegas muito inteligentes junto a ele, para ter estímulos, ou seja, precisa de uma escola difícil, porque o nível de inteligência é alto”. “Viu, pai, eu não disse? Faz mais de um ano que estou pedindo isso! Minha mãe não quer me ouvir, insiste que vou ficar nessa escola até acabar a oitava série! Eu quero uma escola mais difícil!” A rebeldia estava explicada. Ele não estava sendo ouvido. Recomendamos ao pai algumas escolas de excelência na região, que fornecem bolsas de estudos no fim do ano, mediante avaliações. Pedimos a ele que, pelo bem do Guilherme, procurasse ajudá-lo no que necessitava. Orientamos o Guilherme a usar a inteligência dele a seu favor e conquistar pelo diálogo, pela educação e pela gentileza, e não pela rebeldia, que deporia contra ele. Após isso, foi o pai que se voltou para o filho e lhe falou: “Viu? Eu não disse?” Já o havia aconselhado a isso. Mandamos um bilhete para a escola com uma orientação muito simples. Se o Guilherme era tão inteligente que acabava muito rápido e não aguentava esperar, que a professora levasse material extracurricular que atraísse sua atenção e o mantivesse entretido até seus colegas terminarem as tarefas. Nada mais simples!

Esse exemplo ilustra vários casos que recebemos semelhantes, ao longo do ano. Estamos com uma geração de crianças brilhantes. Algumas delas estão aprendendo a ler sozinhas com três anos de idade, sem ajuda de terceiros e sem estarem em escolinhas. Temos casos assim, chegam ao “pré” sabendo tudo e, até serem reconhecidos como superdotados, alguns perdem o estímulo, fazem o famoso “bloqueio”, param tudo, não vão em frente. Precisamos reconhecer nossas crianças inteligentes, ajudá-las a desenvolver seu potencial e ampará-las para que possam desenvolver sua inteligência com o amor no coração. Inteligência sem amor pode ser geradora de sofrimento e destruição. Essa geração necessita de muito amor e muita disciplina. Espírito desobediente demais. que se revolta e não sabe se comportar aonde vai, pode ser inteligente, mas está carente de sentimentos mais elevados. Ensinemos nossas crianças a amar seus semelhantes, para que tenhamos um mundo melhor amanhã.

Jesus, o mestre amado, demonstrou desde o berço a superioridade moral que o caracterizava, antes ensinando do que precisando aprender, deixando os doutores do templo impressionados com sua sabedoria. Ele é o governador espiritual da Terra. A maioria de nós, seres vinculados ao planeta, somos muito necessitados. Precisamos aprender a amar. O revoltado demonstra orgulho, e a humildade é virtude. Façamos as avaliações com amor e ajudemos nossas crianças, tanto quanto nós mesmos, a limpar as arestas de nossos defeitos, que prejudicam a luz que brilha em nós. “Vós sois luzes” – disse o Mestre. “Que brilhe vossa luz diante dos homens.” Apaguemos a ignorância e teremos um mundo melhor, mas o amor deve estar sempre à frente. Que amemos mais e sejamos verdadeiros cristãos. Pensemos sempre em Jesus, a luz do mundo. Amemo-nos uns aos outros e sejamos felizes por amar. 

 

 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita