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Clássicos do Espiritismo
Ano 8 - N° 396 - 11 de Janeiro de 2015
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Fatos Espíritas

William Crookes

(Parte 21)
 

Continuamos o estudo metódico e sequencial do clássico Fatos Espíritas, de William Crookes, obra publicada em 1874, cujo título no original inglês éResearches in the phenomena of the spiritualism.(1)

Questões preliminares

A. É verdade que William Crookes foi alvo de ironia dos seus próprios colegas de Academia, por haver admitido a veracidade dos fatos espíritas? 

Sim. Em seu depoimento em que admite também a veracidade dos fenômenos pesquisados por William Crookes, o doutor Ochorowicz alude ao fato e confessa que ele próprio assim também se comportou com relação ao grande físico. (Fatos Espíritas – Outros depoimentos de sábios.)

B. Que disse em seu depoimento o doutor Hodgson a respeito da médium Sra. Piper?

O doutor Richard Hodgson, vencido pelos fatos, admitiu que no começo ele apenas queria descobrir nela a fraude e o embuste. “Entrei em sua casa profundamente materialista, com o intuito de desmascará-la; hoje, digo simplesmente: Eu creio!”, afirmou Hodgson. “A demonstração me foi feita de modo a afastar a possibilidade da menor dúvida.” (Obra citada – Outros depoimentos de sábios.)

C. Na sessão de materialização realizada em 22 de julho de 1900, em Paris, conforme relato publicado pela Revue Spirite, quem foi a médium? 

A médium foi a Sra. Elgie Corner, a mesma Florence Cook que serviu de médium nas sessões de materialização de Katie King realizadas pelo sábio William Crookes. A Sra. Corner sentou-se numa cadeira. Em seguida, amarraram suas mãos que, em seguida, foram reunidas, deixando-se entre elas um intervalo de apenas dez centímetros. (Obra citada – Sessão de materialização em Paris.)

Texto para leitura

350. Outros depoimentos de sábios – Seguem-se depoimentos de inúmeros sábios que se dedicaram à pesquisa dos fenômenos espíritas.

351. O Doutor Ashburner declarou:

“Presenciei, muitas vezes, manifestações mediúnicas e, embora eu quisesse, não poderia repudiar as provas que tive diante dos olhos. Sinto-me feliz em dizer que atualmente há milhares de pessoas que, como eu, não podem duvidar do que viram.”

352. O Doutor Giuseppe Masucci, depois de ter assistido às sessões com a médium Eusápia Paladino, disse:

“Fui obrigado a demolir todo o edifício das minhas convicções filosóficas, às quais eu tinha consagrado parte da minha vida.”

353. O engenheiro Cromwel Varley, da Sociedade Real de Londres, afirmou:

“No Antigo e no Novo Mundo, não conheço exemplo de um homem de bom senso que, tendo estudado com cuidado os fenômenos espíritas, não se tenha rendido à evidência.”

354. Declarou o doutor Ochorowicz:

“Quando me lembro de que, em uma certa época, eu admirava a coragem de Crookes em sustentar a realidade dos fenômenos mediúnicos; quando reflito, sobretudo, que li as suas obras com o sorriso estúpido que iluminava o rosto dos seus colegas, ao mais leve enunciado dessas coisas, coro-me de vergonha por mim e pelos outros.”

355. Afirmou o doutor Oliver Lodge, da Sociedade Real de Londres:

“A barreira que separa os dois mundos – espiritual e material – pode cair gradualmente, como muitas outras barreiras, e chegaremos a uma percepção mais elevada da unidade da Natureza...”.

356. Em um discurso pronunciado na Sociedade Real de Londres, em 31 de janeiro de 1902, assim Lodge se exprimiu:

“Uma máquina elaborada, como o são os nossos corpos, pode ser empregada, no caso de transe, não somente pela inteligência que o formou, por assim dizer, mas também por outras inteligências, às quais se permite fazer uso dela. Naturalmente, isso só se realizaria por um certo tempo e com bastante dificuldade.”

357. Depoimento do doutor Richard Hodgson:

“Há doze anos que estudo a mediunidade da Sra. Piper. No começo, eu só queria descobrir nela a fraude e o embuste. Entrei em sua casa profundamente materialista, com o intuito de desmascará-la; hoje, digo simplesmente: Eu creio! A demonstração me foi feita de modo a afastar a possibilidade da menor dúvida.”

358. Sessão de materialização em Paris, em 1900 – A Revue Spiritetraz a descrição de várias sessões de materialização realizadas no ano de 1900, em Paris, com o concurso da Sra. Corner, a célebre Florence Cook que trabalhou com o sábio William Crookes.

359. Eis uma delas:

“No domingo, 22 de julho de 1900, às 9 horas da noite, reuniram-se em um hotel o Príncipe Wiszniewsky, a Princesa Wiszniewsky, o Sr. Doutor Bécour, as Sras. Bécour e Leymarie, o Sr. e Sra. Béra, o Sr. Côte, e o Sr. Martins Velho. Às 9:15 da noite, os convidados dirigiram-se para a sala das sessões.

O gabinete era formado, no ângulo da única porta da sala, por duas cortinas de pano espesso e preto, caindo do teto ao soalho. No interior do gabinete apenas havia uma cadeira, pregada no soalho; nessa cadeira é que a médium se sentava.

A Sra. Corner é uma mulher de cerca de quarenta anos de idade, morena, de cabelos muito pretos, de porte baixo, mas forte. Ela senta-se na cadeira; está com um vestido escuro, decotado, tem as mangas curtas, com renda branca flutuante. Amarram-se-lhe as mãos com uma fita que aperta, primeiro, cada punho, fortemente; depois, as mãos são reunidas, deixando-se entre elas um intervalo de cerca de dez centímetros. O corpo é amarrado por uma outra fita presa às costas da cadeira; por fim, a fita dos punhos é amarrada à do corpo. Todas as extremidades livres das fitas são seladas com um cartão. Nessa situação, a médium não pode levantar-se nem se servir das mãos a mais de dez centímetros do corpo; tem todavia a liberdade de se abanar, em vista do calor sufocante do gabinete.

Em seguida, apagam-se as luzes, exceto a que é produzida por uma lanterna guarnecida de papel vermelho. A claridade é suficiente para que ninguém possa deixar o lugar em que está, sem ser percebido por todos. Os assistentes estão sentados em semicírculo, formando a cadeia diante das cortinas.

Depois de dez minutos de espera, ouve-se a voz do capitão; é uma voz rouca e pouco natural. Ele só se exprime em inglês. O capitão repreende asperamente a médium por agitar o leque, e lhe diz que esses movimentos embaraçam o trabalho. Uma curta discussão se trava entre ele e a Sra. Corner, terminando pela queda do leque, violentamente projetado pela abertura das cortinas, em direção aos assistentes: o mesmo acontece com o colar da médium. Em seguida, um grande braço branco e descoberto aparece. Alguns instantes depois, Maria mostra-se na abertura das cortinas.

Maria, mais alta que a médium, traz um comprido vestido branco decotado e tem descobertos os braços, que parecem muito bem feitos. Ela cochicha em francês correto, mas diferente sensivelmente do francês da médium.

O Sr. Côte entregou a Maria uma caixa de joias e esta foi levá-la ao Príncipe W..., que disse ter podido tocar as suas mãos, seu rosto e seu peito; uma vez ele sentiu o contato de mão de homem, que supõe ser do capitão. Como sobre a mesa estivesse um papelão luminoso, Maria o tomou e o aproximou do rosto do Sr. Côte, depois ela apanhou um lápis e um papel que estavam na mesa e, com um ruído seco, automático e com os movimentos bruscos e mal regrados, conhecidos por todas as pessoas que têm assistido à escrita mecânica por médiuns, traçou rapidamente algumas palavras de despedida.

Nesse momento, ouve-se a voz de Su-Su, que deseja aparecer; depois de ligeira discussão, o capitão permite que ele apareça. Finalmente, um homem baixo e moreno é percebido, não muito bem, ao lado das cortinas; sua presença parece perturbar as manifestações, que se enfraquecem cada vez mais, apesar da recomendação feita aos assistentes de sustentarem uma conversação animada. O papelão luminoso é restituído pela abertura da cortinas e, logo, nesse lugar do gabinete, produzem-se fogos fátuos, que volteiam. Depois de longo repouso, o capitão anuncia o fim da sessão, recomenda os cuidados a ter com a médium e despede-se.

Clareia-se a sala e os assistentes verificam que a médium está sentada e ligada à cadeira, como no começo da sessão, estando intactos os nós e o lacre.” (Continua na próxima semana.)


(1) A obra que ora estudamos não é, propriamente falando, uma tradução de "Researches in the Phenomena of Spiritualism", pois contém textos colhidos em outras fontes, embora igualmente de autoria de William Crookes. O livro em exame apresenta também comentários de diferentes pesquisadores e obedece a um plano original feito por seu tradutor, Oscar D´Argonnel, que é, pois, além de tradutor, o organizador da obra.



 


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