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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 8 - N° 395 - 4 de Janeiro de 2015
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)
 

 
Soraia de Cássia Compri: 

“Em nossa cidade o preconceito contra o Espiritismo é ainda
muito grande”

 A coordenadora geral das atividades do Centro Espírita Pátria
do Evangelho fala sobre a instituição, sua origem
e as dificuldades enfrentadas
 

Soraia de Cássia Compri (foto), natural de Espírito Santo do Pinhal (SP), reside em Albertina (MG), na zona rural, onde é professora. Pedagoga e espírita desde criança, atua no Centro Espírita Pátria do Evangelho como coordenadora geral das atividades. Nesta entrevista ela nos fala sobre seu trabalho na seara espírita e as dificuldades que os

espíritas da cidade têm enfrentado. 


Situe para nós a cidade de sua residência e sua situação geográfica, demográfica e social. 

O município de Albertina situa-se no Sul do Estado de Minas Gerais, na divisa entre os Estados de MG e São Paulo. Faz parte da microrregião de Poços de Caldas e está localizada a 220 km da cidade de São Paulo. Lugar de serras e boas nascentes, possui uma população de aproximadamente 3.000 habitantes. Sua área é de 57,7 Km² e densidade demográfica de 52,39 hab/Km². A economia, basicamente, é agrícola, com predomínio da agricultura cafeeira. A emancipação política do município se deu em 1º de março de 1963. 

Como é residir numa cidade pequena e atuar com um centro espírita? Os espíritas da cidade enfrentam preconceitos? 

É um desafio, pois realmente existe muito preconceito com relação ao Espiritismo, devido ao fato de predominar na cidade a religião católica. Em pleno século XXI, é quase inacreditável, mas ainda existem pessoas que têm medo de passar na rua em frente à Casa Espírita. 

Constituindo-se num grupo pequeno, como é a experiência de atuar em um grupo reduzido?

Embora atuemos em um grupo reduzido, com cinco a sete pessoas frequentes regularmente, podemos afirmar que o trabalho de assistência da espiritualidade é imenso. Nas reuniões mediúnicas, muitos são os desencarnados da cidade que são trazidos à reunião, principalmente padres e políticos que, quando encarnados, não aceitavam e não acreditavam no Espiritismo.

Quais as atividades que a instituição executa para o público não espírita da cidade?

Oferecemos a reunião pública com o estudo do Evangelho, passes, vibrações e fluidificação da água. Também promovemos palestras mensais aos domingos à tarde. Algumas vezes, procuramos realizar palestras em locais públicos a fim de que as pessoas não sintam tanto receio e possam participar.

Algo marcante que gostaria de relatar na história do movimento espírita da cidade?

Em meados do ano de 2012, em uma das reuniões mediúnicas, recebemos uma mensagem psicofônica através do médium Oscar Dionísio Compri (meu pai). O Espírito comunicante se apresentou muito emocionado e nos disse que, há muito tempo, aguardava o momento de falar conosco. Disse-nos que queria nos informar como aquela casa espírita havia sido construída. Contou-nos que era casado e formavam um casal muito unido e amoroso. Com os filhos ainda pequenos, sua estimada esposa apresentou uma grave doença e veio a falecer. Logo após a sua desencarnação, ele a via constantemente em seu lar. Todas as orações proferidas não amenizavam a sua presença. Um certo dia, já um tanto desolado, recebeu a intuição de rogar a Deus que, se a sua esposa encontrasse o caminho da paz e compreendesse que já havia desencarnado, ele construiria em suas terras um centro espírita. E assim ocorreu. O tempo passou, tudo se harmonizou e a promessa se cumpriu no final da década de 1930. Com muito esforço e dedicação, tijolo por tijolo, a humilde casa espírita começou a ser construída. Narrou-nos, ainda, muito comovido que, naquela época, não tinham sequer acesso a livros e foi muito difícil adquirir O Evangelho segundo o Espiritismo.

Sobre os pioneiros do movimento espírita na cidade, o que gostaria de relatar?

Pesquisando os documentos antigos do centro, pudemos constatar que o referido Espírito comunicante chamara-se José da Silveira Campos, cujo nome se encontra registrado como doador na escritura pública de promessa de doação do terreno, com data de 16/10/1943, na qual consta que já estava construído o prédio. Nessa ocasião, o centro recebeu a denominação de “Centro da Caridade Pátria do Evangelho” e foi representado por seu presidente, o comerciante, Sr. Francisco Rinco. Convém ressaltar que o centro ficou fechado por períodos longos ou, se funcionava, não encontramos registros. Somente em 9 de agosto de 1964 foi realizada a ata de sua fundação e constituído o Estatuto, pelo qual a casa recebeu oficialmente a denominação de “Centro Espírita Pátria do Evangelho”. Alguns membros que participaram dessa reunião eram descendentes do Sr. José da Silveira Campos: seu filho Aurindo Silveira Campos, sua filha Zoraide Silveira Ramalho, seu genro Durvalino Elias Ramalho e seu neto Paulo Elias Ramalho. Outros eram de Espírito Santo do Pinhal, inclusive o Sr. Acácio Carcioffi, que hoje reside em Campinas (SP), o qual foi o principal responsável pelo registro de todos os documentos.

Os eventos de divulgação espírita, além das paredes do centro espírita, como são recebidos pelo público leigo?

Quando acontecem as palestras, divulgamos o fato por meio de cartazes, em todas as repartições públicas da cidade, e também convidamos verbalmente as pessoas. Posso dizer que recebem o convite com respeito, dizem que gostariam de participar, que têm interesse, porém são raros os que comparecem.

A literatura espírita é bem conhecida na cidade?

Muito pouco. As pessoas que visitam a Casa Espírita pela primeira vez sempre recebem um exemplar d´O Evangelho segundo o Espiritismo e d´O Livro dos Espíritos. O nosso pequeno acervo é sempre colocado à disposição de todos, porém somente as pessoas que frequentam as reuniões regularmente fazem uso dele.

Suas palavras finais.

Reconheço que nosso trabalho é muito singelo e que há muito por fazer. Penso que as portas do centro deveriam ficar abertas por mais tempo, inclusive durante o dia, e realizar as atividades de atendimento fraterno e visitas a enfermos. E deveríamos também ser mais ousados, colocando uma banca de livros espíritas na praça da cidade. No momento, isso é ainda um mero sonho, pois nos faltam recursos humanos, todavia acredito que tudo acontecerá no seu devido tempo.


 
 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita