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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 394 - 21 de Dezembro de 2014

GEBALDO JOSÉ DE SOUSA
gebaldojose@uol.com.br
Goiânia, Goiás (Brasil)

 
 
 
 

“Fazei tudo o que ele
vos disser”

 “... a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram más.” João, 3-19.


O Natal convida-nos a pensar na vida extraordinária de Jesus; na Sua Doutrina de Amor.

Dela, destacamos o episódio das Bodas de Caná, que nos oferece ensinamentos sublimes, que envolvem Maria, discreta, mas presente e atuante em Sua vida, com desvelos de mãe carinhosa. Um deles, no belo e maternal conselho aos serventes daquela festividade: “Fazei tudo o que ele vos disser”. (João, 2-5)

O outro, no exemplo da obediência, da submissão de Jesus àquela observação carinhosa de Maria: “Eles não têm mais vinho”, ainda que não fosse chegada Sua hora e não Lhe coubesse responsabilidade, Ele atendeu ao apelo da mãe. Discretamente, agiu e solucionou o problema.

Essa passagem dá-nos a entender, também, que Maria estava familiarizada com aquelas transformações, que era para ela fato corriqueiro vê-Lo materializar alimentos... O que, afinal, se comprova posteriormente, na multiplicação de pães e peixes. Age com a segurança e a desenvoltura de um químico que conhece as substâncias e as combina, para atingir determinados objetivos. E o sublime conselho pode e deve ser estendido a todos nós, relativamente aos ensinos do Divino Mestre.

*

E que disse Jesus à Humanidade, há dois mil anos?

Existem as mensagens vivas dos exemplos: na manjedoura singela, o da humildade; em toda a vida, o do Amor ao próximo, curando enfermidades do corpo e da alma, ensinando as Leis de Deus; no alto da cruz, o do perdão e da submissão aos desígnios do Pai. E tantas outras!

E, em todo o Evangelho, aquelas grafadas pelos discípulos. Mensagens, ora de esperança:

“Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.”; “Tende bom ânimo.”; “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me conhecem a mim (...) haverá um rebanho e um pastor.”; “(...) não vos inquieteis com o dia de amanhã (...)”; “(...) eu não vim para julgar o mundo, e, sim, para salvá-lo.”; “No mundo passais por aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.”

Ora de consolo:

“Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados.”; “Vinde a mim, todos vós que estais aflitos e sobrecarregados, que eu vos aliviarei.”

Ora de advertência:

“Como é que vedes um argueiro no olho do vosso irmão, quando não vedes uma trave no vosso olho?... tirai primeiro a trave do vosso olho (...)”; “Não julgueis, a fim de não serdes julgados (...)”; “Não julgueis segundo a aparência, e, sim, pela reta justiça.”; “Nem todos os que dizem: Senhor! Senhor! entrarão no reino dos céus; apenas entrará aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus.”; “Meus bem-amados, não creiais em qualquer Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus, porquanto muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.”

Educador incomparável, em inúmeras oportunidades ensinando-nos a viver, a conhecer as Leis de Deus para que aprendamos a evoluir conscientemente, com a reta conduta moral:

“Ninguém pode ver o reino de Deus se não nascer de novo”.

“Se me amais, guardai os meus mandamentos...”

“Bem-aventurados os pobres de espírito, pois que deles é o reino dos céus; (...) os que têm puro o coração, porquanto verão a Deus; (...) os que são brandos, porque possuirão a Terra; (...) os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus; (...) os que são misericordiosos, porque obterão misericórdia.”

“Reconciliai-vos o mais depressa possível com o vosso adversário, enquanto todos estais a caminho (...).”

“Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra (...) mas ajuntai para vós outros tesouros no céu (...) porque onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração.”

“São os olhos a lâmpada do corpo. Se os vossos olhos forem bons, todo o vosso corpo será luminoso.”

“Aquele dentre vós que estiver sem pecado, atire a primeira pedra.”

“(...) conhecereis a verdade e a verdade vos libertará.”

“(...) não resistais ao mal que vos queiram fazer (...) se alguém vos bater na face direita, lhe apresenteis também a outra (...) se alguém quiser pleitear contra vós, para vos tomar a túnica, também lhe entregueis o manto (...) se alguém vos obrigar a caminhar mil passos com ele, caminheis mais dois mil.”

“Dai àquele que vos pedir e não repilais aquele que vos queira tomar emprestado.”

“Quando derdes esmola, não saiba a vossa mão esquerda o que faz a vossa mão direita.”

“Aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente que construiu sobre a rocha a sua casa.”

“Não são os que gozam saúde que precisam de médico.”

“Pedi e se vos dará; buscai e achareis; batei à porta e se vos abrirá (...)”

“Restituí a saúde aos doentes, ressuscitai os mortos, curai os leprosos, expulsai os demônios. Dai gratuitamente o que gratuitamente haveis recebido.”

“Quando quiserdes orar, entrai para o vosso quarto e, fechada a porta, orai a vosso Pai em secreto. E vosso Pai, que vê o que se passa em secreto, vos dará a recompensa.”

“Não cuideis de pedir muito nas vossas preces (...) porque vosso Pai sabe do que é que tendes necessidade, antes que lho peçais.”

“Onde quer que se encontrem duas ou três pessoas reunidas em meu nome, eu com elas estarei.”

Culminando Seus ensinos, fala-nos do amor a Deus e ao próximo:

“Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito, este o maior e o primeiro mandamento. E aqui tendes o segundo, semelhante a esse: Amarás o teu próximo, como a ti mesmo. – Toda a lei e os profetas se acham contidos nesses dois mandamentos”.

“Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.”

 “Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam, a fim de serdes filhos do vosso Pai que está nos céus (...)”

“Se somente amardes os que vos amam, que mérito se vos reconhecerá? (...)”

E ensina-nos a Regra Áurea:

“Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos façam, pois é nisto que consistem a lei e os profetas.”

*

Perspicaz, e inspiradamente, afirma Kardec1:

“Toda a moral de Jesus se resume na caridade e na humildade, isto é, nas duas virtudes contrárias ao egoísmo e ao orgulho. (...) Humildade e caridade, eis o que não cessa de recomendar e o de que dá, ele próprio, o exemplo. Orgulho e egoísmo, eis o que não se cansa de combater. E não se limita a recomendar a caridade; põe-na claramente e em termos explícitos como condição absoluta da felicidade futura”.

E, ao comentar a questão 625 de “O Livro dos Espíritos”2, assinala:

“(...) Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na Terra. (...) e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da lei do Senhor (...)”.

Jesus – Mestre por excelência; sábio, tolerante e bom – veio para nos ensinar a conhecer, amar e a observar as Leis de Deus. A essência de Sua mensagem é o Amor, a compaixão. Consciente de Sua missão, de Suas responsabilidades, afirma, categoricamente:

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim”. (João, 14-6.)

Clóvis Tavares3 – elegante, escorreito, claro e conciso – discorre sobre o mesmo tema, em bela página, inspirada em diálogos de trabalhadores humildes, que lhe reformavam a residência. Denominou-a “O mandamento de Maria”. Merece ser lida.

Aquela ordem de Maria aos serventes vale para nós, em todos os tempos. Será sempre atual.

É ordem. Mas é também conselho de Mãe!

Por isso, convém ser lembrada constantemente, e em especial nos períodos natalinos: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. A ela aditaríamos, sem pretensão: em todos os dias da vida, pela eternidade!

Obedecer a Jesus. Aí está a melhor forma de honrá-Lo, de comemorar Seu aniversário natalício!

 

Referências  bibliográficas:

1. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 115ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998. 435p. pp. 246-247: Cap. XV, it. 3.

2. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. 79ª ed. Rio de Janeiro: FEB, 1997. 494p. p. 308;

3. TAVARES, Clóvis. De Jesus para os que sofrem. Araras: IDE. 93p. pp. 39-42: Cap. 6.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita