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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 393 - 14 de Dezembro de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 40 e final)

Concluímos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. Que resposta D. Emerenciana deu a uma mulher que lhe pediu um trabalho com o objetivo de apressar a morte do próprio pai?

É evidente que D. Emerenciana não atendeu a semelhante pedido. Eis as palavras que ela disse à consulente, com serena franqueza: “É a primeira vez que sou convidada a participar de um parricídio, oferecendo meios para que o egoísmo e a ambição desenfreados assassinem, sem disfarce, o genitor probo, equilibrado, cujo crime a ser punido é o zelo pela filha ingrata, para quem só deseja toda a felicidade, inclusive tentando evitar que ela tombe na hipnose de um homem sem escrúpulos, que a explora, qual ave invigilante que cai no bote da serpente sutil e traiçoeira...”. Não só a apelante, mas também Manoel P. de Miranda se surpreendeu com tais palavras. (Loucura e Obsessão, cap. 26,  pp. 328 a 330.)

B. Além de vários conselhos, que mais foi dito por D. Emerenciana à consulente equivocada?

Continuando a lição dirigida à consulente, Emerenciana disse-lhe: “Você, filha, está doente, necessitando de urgente concurso médico especializado e terapia espiritual de modo a encontrar, para seguir, o roteiro que deve imprimir à sua existência. A nossa função é a de fomentar a vida para que alcance os cimos elevados. A morte não resolve problemas, especialmente deste porte. As moedas para a perdição têm o valor que lhes dão os que delas dependem para o uso maléfico das paixões. Transformadas em leite e pão, medicamento e agasalho, casa e abrigo para os necessitados, tornam-se bênção da vida para a dignificação humana. Não resolvem, porém, todos os problemas, pois que alguns são da alma, que somente através de meios próprios logra solucioná-los. Aqui, você encontrará ajuda para que o paizinho tenha os dias prolongados e felizes, você adquira um estado saudável e liberte-se da tentação que a perturba”. “Fazemos os trabalhos que o amor opera no coração, tornando-o afável e gentil, caridoso e amigo. Outros, desconhecemos, e, se alguém lhe forneceu informações diferentes, enganou-se e enganou-a.” (Loucura e Obsessão, cap. 26,  pp. 330 e 331.)

C. Ao despedir-se da Mentora, Dr. Bezerra de Menezes fez uma linda oração. Há em sua prece algo que mereça ser destacado?

Sim. Dirigindo-se ao Pai de todos nós, Dr. Bezerra pediu: “Não nos permitais o repouso que não merecemos, nem a felicidade, a que ainda não fazemos jus, enquanto a ignorância das vossas Leis junjam as criaturas ao sofrimento reparador, por considerarmos que descanso e júbilo pessoal diante da aflição do próximo torna-se desrespeito às necessidades deles”. Em seguida, falando a Deus sobre os servidores encarregados das tarefas mais humildes, Dr. Bezerra rogou-lhe: “Dignai-vos abençoar os vossos dedicados servidores que se encarregam das tarefas mais humildes, as recusadas, tornando-se serviçais dos servos com alegria e unção. São eles os edificadores dos alicerces do edifício do progresso, que ficarão ignorados, porém, sobre cujas doações se erguerão as construções de felicidade para a Humanidade do futuro”. Quando o Mentor espiritual concluiu, havia-se transfigurado e fulgurações diamantinas adornavam-no. (Loucura e Obsessão, cap. 26,  pp. 332 a 334.)

Texto para leitura

157. A prudência e o equilíbrio são medidas indispensáveis ao ser humano – Em todo e qualquer processo de alienação, seja qual for a sua etiopatogenia, é de bom alvitre que se não acenem esperanças exageradas, o que se deve ter em mente ao defrontar-se qualquer tipo de doença ou aflição, de problema ou necessidade. A prudência e o equilíbrio são medidas de boa conduta, jamais dispensáveis no relacionamento humano, aliás muito escassas. Salta-se, muitas vezes, de um entusiasmo vão para outro, sob estímulos momentâneos, assumindo-se compromissos e responsabilidades que perecem amanhã, ou acenando-se com promessas impossíveis de realizar-se, que também ficam esquecidas, o que logo depois dá lugar a mágoas e rancores, decepções e desgostos graves, que poderiam ser evitados. Após registrar essas reflexões, Miranda diz que chegara para ele, naquela noite, a hora das despedidas da Casa da Caridade. Os amigos Felinto, Anita e outros, com os quais ele convivera mais amiúde, cercaram-no de carinho e ofereceram-lhe novos esclarecimentos em torno de seus labores, mediante os quais estavam trabalhando pela conquista de um mundo mais feliz e em favor da edificação do homem melhor e consciente. Aquele era um momento importante para Miranda, mas, evidentemente, não havia ali tempo disponível para ser desperdiçado com as emoções pessoais, visto que na sala de consultas, entre outros enfermos que vinham à Casa pela primeira vez, encontravam-se Carlos e sua mãe, Aderson e seus pais, Lício e seus genitores, assistidos todos pelos vigilantes que haviam sido anteriormente destacados para ampará-los e auxiliá-los na batalha da redenção. Enquanto as angústias e a inquietação eram visíveis nos semblantes dos novos assistidos, os outros, nossos conhecidos, respiravam o júbilo e a paz de quem desperta para o bem e a verdade. Haviam sido dados os passos iniciais e os resultados eram positivos. O futuro da caminhada dependeria, todavia, do investimento que cada qual se dispusesse a fazer. Iniciada a reunião, observou-se o ritual conhecido, movimentando-se pela casa Entidades diversas, umas ruidosas, outras necessitadas, perturbadas algumas, agressivas outras, enquanto os clientes, sem o perceberem, recebiam ajuda de obreiros experientes, destacados para esse primeiro mister, a fim de que, quando entrassem na sala de consultas, estivessem todos beneficiados pela psicosfera da Casa. Incorporando Antenor, Emerenciana ministrou as instruções próprias para a noite e retirou-se, em seguida, para o lugar onde prestava habitualmente o atendimento aos seus consulentes. Acompanhando a primeira pessoa a ser atendida, Miranda recordou-se da experiência inicial e postou-se, aguardando o diálogo, enquanto Dr. Bezerra atendia mais ampla área de serviços, cooperando em socorros mais complexos. (Loucura e Obsessão, cap. 26,  pp. 326 e 327.)

158. Emerenciana responde com firmeza a uma proposta equivocada – Gesticulando e falando com esmero, a paciente, que provinha de classe socialmente abastada, foi direta ao assunto, falando com clareza: “Por incrível que pareça, eu creio nestas coisas, razão por que estou aqui. Falaram-me da excelência dos trabalhos da Casa, e por isso recorro à ajuda espiritual, em face de um grave problema que me aflige. Não desejo, porém, voltar aqui muitas vezes, e, considerando a urgência do meu drama, indago se serei convenientemente atendida”. A irmã Emerenciana sorriu, humílima, e indagou, bondosa: “E qual é o seu problema, que se lhe transforma num drama?” – “Uma herança... uma fortuna expressiva... Papai está idoso e nega-se a fornecer-me o que mereço. Estou amando um homem que ele detesta. Sou filha única. Ele está demorando em morrer...” A Mentora ouviu-a e pediu que continuasse. “Bem – disse a consulente –, não é que eu deseje a morte de papai... Todavia, somos levados, às vezes, a situações-encruzilhadas em que, infelizmente, temos que escolher: o outro ou nós, jamais ambos. Gostaria de saber se poderia ser providenciado um trabalho que facilitasse a partida dele, sem sofrimento, porém com segurança... Eu o amo a meu modo... Ele é egoísta e orgulhoso, chegando às raias da maldade, o que me leva a esta decisão. Concretizando-se este desejo, cujo compromisso morrerá em segredo, no silêncio deste cubículo, eu saberei ser generosa, e quando receber os bens a que tenho direito, sendo feliz com o homem amado dos meus sonhos, retribuirei, largamente, o favor que pleiteio.” Emerenciana reflexionou com cuidado e, porque lhe conhecesse o ser empedernido, respondeu com serena franqueza: “É a primeira vez que sou convidada a participar de um parricídio, oferecendo meios para que o egoísmo e a ambição desenfreados assassinem, sem disfarce, o genitor probo, equilibrado, cujo crime a ser punido é o zelo pela filha ingrata, para quem só deseja toda a felicidade, inclusive tentando evitar que ela tombe na hipnose de um homem sem escrúpulos, que a explora, qual ave invigilante que cai no bote da serpente sutil e traiçoeira...” Ante o assombro de Miranda e a surpresa da apelante, a Mentora prosseguiu: “Estamos certamente em um cubículo humilde onde se demora o crime, mas luz a caridade, sem tapetes nem adornos, porém, assinalado pelas claridades do respeito à vida e ao bem, onde são consideradas as criaturas sem distinção das quinquilharias que as tentam. O crer nestas coisas é sempre melhor para quem as aceita, que as deve ter na conta e no respeito que merecem os valores espirituais e eternos do ser imortal, de cuja fatalidade para o amor nenhum fugirá, assumindo responsabilidades inadiáveis, das quais resultam a paz íntima e a inteireza moral, respostas do esforço dirigido para o progresso e a perfeição”. (Loucura e Obsessão, cap. 26,  pp. 328 a 330.)

159. A humildade não prescinde da sinceridade sem rudeza, da energia sem violência – Continuando a lição dirigida à filha equivocada, Emerenciana concluiu: “Você, filha, está doente, necessitando de urgente concurso médico especializado e terapia espiritual de modo a encontrar, para seguir, o roteiro que deve imprimir à sua existência. A nossa função é a de fomentar a vida para que alcance os cimos elevados. A morte não resolve problemas, especialmente deste porte. As moedas para a perdição têm o valor que lhes dão os que delas dependem para o uso maléfico das paixões. Transformadas em leite e pão, medicamento e agasalho, casa e abrigo para os necessitados, tornam-se bênção da vida para a dignificação humana. Não resolvem, porém, todos os problemas, pois que alguns são da alma, que somente através de meios próprios logra solucioná-los. Aqui, você encontrará ajuda para que o paizinho tenha os dias prolongados e felizes, você adquira um estado saudável e liberte-se da tentação que a perturba”. “Fazemos os trabalhos que o amor opera no coração, tornando-o afável e gentil, caridoso e amigo. Outros, desconhecemos, e, se alguém lhe forneceu informações diferentes, enganou-se e enganou-a.” Em seguida, a Mentora deu-lhe vários conselhos, encaminhando-a, por fim, ao passe de socorro espiritual. A autoridade da irmã Emerenciana ali se exteriorizara com a força do bem, fazendo-se respeitar no justo lugar em que se situava. A humildade não prescindia da energia sem violência, da sinceridade sem rudeza, elementos de que necessitava a enferma presunçosa, a fim de que despertasse, mudando o comportamento ou, pelo menos, ficando inteirada de que, embora a dubiedade melíflua com que vestia suas palavras, não ocultava as intenções criminosas que objetivava, a serviço da insensatez. Encerrada a singular entrevista, a nobre Entidade continuou o ministério da caridade, devotada, entregue à terapia do amor, de acordo com as exigências que o amor impunha e conforme os recursos do amor para cada pessoa. Depois de atender várias outras pessoas, chegou a vez de Lício, o jovem em recuperação que, havendo confessado aos pais a felicidade que o invadia e a transformação interior que nele se operava, despertou nos genitores o desejo de conhecer a fonte generosa de onde jorrava a linfa do entusiasmo e do bem-estar que ele apresentava nas duas últimas semanas. (Loucura e Obsessão, cap. 26,  pp. 330 e 331.)

160. Em sua prece, Dr. Bezerra se transfigura e todos os presentes choram – Emerenciana cativou os pais de Lício, de imediato, pela justeza dos conceitos que emitiu, estribados no bom-senso e no conhecimento da vida. Aderson e os pais foram também acolhidos, logo em seguida, com gáudio e receberam estímulos e encorajamento para o prosseguimento da luta em que se empenhavam com ardor e sacrifício. Carlos e sua mãe, dona Catarina, foram recepcionados com igual estímulo e afeição. O rapaz foi abraçado com carinho confortador, recebendo orientação segura para o reequilíbrio e uma vida moderada, que lhe facultaria a reconquista dos valores malbaratados anteriormente. Encerrada a tarefa de benemerência, foi, como de hábito, realizado o labor final do culto. Em pouco tempo, os colaboradores encarnados se retiraram, de retorno aos seus lares, e a Casa ficou em silêncio, embora continuassem as atividades em outra faixa vibratória. Dr. Bezerra aproximou-se, então, de irmã Emerenciana, informando-a do encerramento do seu compromisso firmado com o amigo Empédocles, pai de Carlos, que se fazia presente. Feitos os agradecimentos cabíveis, o Mentor pediu à diretora da Casa licença para orar, agradecendo ao Pai e rogando-lhe suas bênçãos para a continuidade do trabalho em favor dos desvalidos. Eis um trecho da oração proferida pelo Médico dos Pobres: “Não nos permitais o repouso que não merecemos, nem a felicidade, a que ainda não fazemos jus, enquanto a ignorância das vossas Leis junjam as criaturas ao sofrimento reparador, por considerarmos que descanso e júbilo pessoal diante da aflição do próximo torna-se desrespeito às necessidades deles”. Falando a Deus sobre os servidores encarregados das tarefas mais humildes, Dr. Bezerra rogou-lhe: “Dignai-vos abençoar os vossos dedicados servidores que se encarregam das tarefas mais humildes, as recusadas, tornando-se serviçais dos servos com alegria e unção. São eles os edificadores dos alicerces do edifício do progresso, que ficarão ignorados, porém, sobre cujas doações se erguerão as construções de felicidade para a Humanidade do futuro”. Quando o Mentor espiritual concluiu, havia-se transfigurado. Fulgurações diamantinas adornavam-no. E música suave e doce pairava no ambiente bordado de luz, onde todos os presentes, trabalhadores do bem, choravam discretamente. Depois das despedidas, Miranda seguiu o amorável Benfeitor, na direção de novas tarefas, mas era-lhe possível, mesmo a distância, notar a luminosidade da Casa da Caridade, discreta e até ignorada no mundo, a derramar claridades abençoadas nas sombras espessas da noite. (Loucura e Obsessão, cap. 26,  pp. 332 a 334.)

Fim


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita