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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 393 - 14 de Dezembro de 2014

ELSA ROSSI
elsarossikardec@gmail.com

Londres (Reino Unido)

 
 
 

Ensaios para o
desprendimento


Não pude conter a vontade de dividir com os meus amores mais próximos a experiência vivenciada na noite de 6 de agosto deste ano. Com o transcorrer dos anos, dado o estudo praticamente diário da Doutrina Espírita, passamos a conhecer melhor os fenômenos que se passam com nosso espírito nesta encarnação. Diferenciamos o sonho terrestre do sonho espiritual, se assim podemos rotular a diferença.

Um entardecer quente na velha Albion. Saímos para jantar, Janet Duncan e eu, para marcarmos a data de seu aniversário de 86 anos de idade. Dirigindo muito bem pelas ruas de Londres, fui até sua casa de trem, de Liverpool Street Station até a Estação Central de Walthamstow, bairro de sua residência, em apenas 15 minutos. Uma beleza a malha de trens no Reino Unido. Por várias vezes mencionei isso em diversas crônicas registradas em nosso Jornal O Imortal.

Janet tem um restaurante preferido, que é onde nos reunimos para o jantar de Natal, quando os nossos amigos Andréa e Marcos Amorim, do movimento espírita de Luxemburgo, vêm a Londres para essa finalidade, já por dois anos consecutivos.

Nesse dia quente de agosto, rumamos para o Toby Carvery, uma rede preferida de Janet, afinal ela era a aniversariante. Passamos pelo Epping Forest, uma região muito linda no norte de Londres, pegamos uma parte da Carriageway, Norte Circular, e chegamos ao Toby. Uma noite agradável, para os padrões londrinos; comer lá é superbarato. Conversamos muito, nos lembrando dos mais de 23 anos de amizade nesta encarnação. Após o jantar, Janet levou-me para minha casa e retornou à sua. Sempre peço que me dê um telefonema assim que chegar a casa, para eu ficar tranquila. Assim se deu.

Aquela noite, antes de cair nos braços de Morfeu, rememorei os momentos felizes com Janet, de quanto tenho aprendido com ela, das tarefas semanais que fazemos juntas em prol do trabalho espírita, dos livros que organizamos para publicação em inglês... enfim, adormeci.

Em dado momento, num sonho muito vívido, me vi num carro, sentada no banco do passageiro, e uma mulher dirigindo o carro. Não identifiquei Janet, só me lembro que teríamos de atravessar uma Motorway que sabemos ser de alta velocidade, onde não há sinaleiros ou semáforos. Sentindo segurança, a motorista avançou e, num segundo, só me recordo de sentir-me flutuando no ar, muito leve e uma felicidade imensa vibrava todo o meu ser. Lembro que pensei comigo mesma: Eu morri! Que paz maravilhosa, que momento único! Que sensação deliciosa, maravilhosa, constante! Morrer é isso. “Meu Deus, que sensação maravilhosa!”, era o que eu repetia.

Acordei no meio da noite, mas não despertei de todo. Lembrando-me do momento, da sensação de felicidade plena, da alegria interior, sem sentir nada que não fosse paz, imensa paz, queria contar aos meus filhos aquele sonho. Lembrei-me de Janet e iria contar a ela no dia seguinte.

Orei em agradecimento aos Benfeitores pela luz imensa e paz daquele sonho, apenas um sonho, mas também um ensaio para MORRER.

Se algum dia senti medo de morrer, com esse sonho, esse medo diluiu-se por completo. Tenho ainda mais cuidado com meus pensamentos e atos, e todas as noites, antes de deixar-me levar nos braços de Morfeu, lembro que dormir é um ensaio para deixar o corpo físico, e me alegro em poder rapidamente examinar a minha consciência e refazer meu dia, num átimo de segundo, agradecer a Deus, abençoar a todos que passaram por mim nesse dia, e coloco meus earphones, uma palestra espírita no YouTube, e lá vou eu… feliz, muito feliz.

Assim, dividi aqui com todos os meus irmãos e amigos de todas as terras, daqui e de além-mar, essa experiência onírica, que tem muito de verdade, faltando-nos ainda as ferramentas especiais para a decodificação.

Uma coisa é certa. Nascemos para morrer, e morremos para viver.

Meu abraço fraternal a todos.


ELSA ROSSI, escritora e palestrante espírita brasileira radicada em Londres, é membro da Comissão Executiva do Conselho Espírita Internacional (CEI).
 



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita