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Clássicos do Espiritismo
Ano 8 - N° 393 - 14 de Dezembro de 2014
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Fatos Espíritas

William Crookes

(Parte 18)

 
Continuamos o estudo metódico e sequencial do clássico Fatos Espíritas, de William Crookes, obra publicada em 1874, cujo título no original inglês é Researches in the phenomena of the spiritualism.

Questões preliminares

A. Nesta obra são citados outros fenômenos em que os Espíritos materializados foram reconhecidos?

Sim. Um desses fenômenos verificou-se em São Francisco, na América do Norte, sendo médium a Sra. Moore. Quem solicitou a sessão foi o Sr. H. J. Brown. Na sessão realizada os pais do Sr. H. J. Brown materializaram-se e foram reconhecidos. A governanta dos seus filhos, a Sra. Réa, viu também e reconheceu vários parentes, inclusive um sacerdote que ela conhecera oportunamente e cujo falecimento ignorava até aquele momento. (Fatos Espíritas – Materialização de diversos Espíritos, que são reconhecidos.)

B. Um fato marcou em especial a aparição do sacerdote citado na questão precedente. Que fato foi esse?  

A aparição apontou para a garganta, dando a entender que não podia falar; depois desapareceu. Como foi dito, a Sra. Réa não sabia que esse sacerdote havia falecido. Mais tarde, chegando a Nova Iorque, soube que ele havia falecido de um cancro doloroso na garganta. (Obra citada - Materialização de diversos Espíritos, que são reconhecidos.)

C. Que circunstância cercou a manifestação de um ex-operário do Sr. Brown, que falecera na Austrália anos antes?

O operário chamava-se Charlie. Fora um mecânico que trabalhava com o Sr. Brown, na Austrália. Ao acidentar-se por imprudência, foi conduzido moribundo para Melbourne e ali faleceu. Numa sessão realizada na América, sendo médium a Sra. Moore, ele se materializou, mas o Sr. Brown não o reconheceu. De repente, sua mulher, presente no recinto, exclamou: “Mas este é o homem acidentado em nosso estabelecimento!” O Espírito mostrou um semblante satisfeito e fez sinal afirmativo com a cabeça; depois, aproximando-se, disse-lhe em voz baixa: “Obrigado, obrigado”. O curioso no fato é que a aparição não se produziu na Austrália, logo após o incidente, mas muito tempo depois, na América, durante uma viagem, e quando esses detalhes estavam esquecidos. (Obra citada - Materialização de diversos Espíritos, que são reconhecidos.)

Texto para leitura

316. O Sr. Keulemans desenhou também diferentes luzes, que aparecem nessas sessões de materialização. A temperatura das luzes encarnadas é a do sangue humano quente; são espécies de discos brilhantes, que são muitas vezes seguros por mãos luminosas. Certas partes desse discos assemelham-se exatamente à matéria cinzenta do cérebro; seu poder radiante é mais ou menos notável. Pode-se supor que esses discos sejam a matéria radiante ou a matéria ódica de Reichenbach, mas a mão luminosa que os segura torna a questão mais complexa. “Algumas vezes, diz o Sr. Keulemans, essas luzes tomam a forma de uma cruz.”

317. Materialização de diversos Espíritos, que são reconhecidos – Havendo em São Francisco uma excelente médium, a Sra. Moore, tratou o Sr. H. J. Brown, com ela, uma sessão particular, à qual só a sua família assistiria. A Sra. Moore fez que fosse examinado o quarto e o lugar onde ela se devia localizar.

318. Os pais do Sr. H. J. Brown materializaram-se e foram reconhecidos. A governanta dos seus filhos, a Sra. Réa, viu e reconheceu vários parentes, porém o mais curioso fenômeno foi a aparição de um sacerdote, que a Sra. Réa havia conhecido; ele apontou para a garganta, como se não pudesse falar, depois desapareceu. Nessa época, a Sra. Réa não sabia que esse sacerdote tinha morrido; soube mais tarde, chegando a Nova Iorque, que ele havia falecido de um cancro doloroso na garganta.

319. O lado característico dessa sessão é que os assistentes acreditavam que, apontando para a garganta, a forma materializada do sacerdote queria dar a entender que não podia falar, ao passo que seu fim era indicar que ela tinha sido afetada na garganta. Os dois fatos, reunidos, completam-se de maneira admirável.

320. Em outra sessão, com as mesmas pessoas, houve uma materialização não menos interessante. Um mecânico chamado Charlie, que trabalhava com o Sr. Brown, na Austrália, acidentando-se por imprudência, foi conduzido moribundo para Melbourne e não pôde pronunciar senão alguma palavras; o Sr. Brown compreendeu que ele lhe recomendava a sua mulher, que, graças a uma subscrição, pôde manter uma pequena loja para não cair na miséria. “Empreguei tantos operários, diz o Sr. Brown, que certamente não podia pensar no que me aparecia materializado”. Assim, quando a sua forma materializada apareceu diante dele, não a reconheceu. De repente, sua mulher, que a tinha examinado, exclamou: “Mas este é o homem acidentado em nosso estabelecimento!”

321. A forma materializada mostrou um semblante satisfeito e fez sinal afirmativo com a cabeça; depois, aproximando-se, disse em voz baixa: “Obrigado, obrigado”. O que há de mais curioso nesse fato é que a aparição não se produziu na Austrália, após o incidente, mas muito tempo depois, na América, durante uma viagem, e quando esses detalhes estavam esquecidos.

322. Narração de uma experiência científica feita por Crookes e Varley – O fato se deu em uma das sessões de materialização do Espírito de Katie King. O Sr. Aksakof, ao relatar o fato, diz que, para ter certeza de que a médium Srta. Cook estava no interior do gabinete, durante o tempo em que Katie se apresentava diante dos assistentes, fora do gabinete, o Sr. Varley concebeu a ideia de fazer atravessar o corpo da médium por uma fraca corrente elétrica, durante todo o tempo em que a forma materializada estivesse visível, e de fiscalizar os resultados, assim obtidos, por meio de um galvanômetro colocado no mesmo aposento, fora do gabinete. A experiência realizou-se na residência do Sr. Luxmoore.

323. O compartimento do fundo, que devia servir de câmara escura, foi separado do da frente, por meio de uma cortina, para impedir a entrada da luz. Antes da sessão, a câmara escura foi examinada cuidadosamente e as portas foram fechadas à chave. O compartimento da frente estava iluminado por uma lâmpada de parafina, com um para-luz que peneirava a luz. O galvanômetro foi colocado sobre o fogão, à distância de 11 pés da cortina. Os assistentes eram os Srs. Luxmoore, Crookes, a Sra. Crookes e a Sra. Cook com a filha, os Srs. Tapp, Harrison e Varley.

324. A médium Srta. Cook ocupava uma poltrona no aposento do fundo. Fixou-se, com borracha, a cada um dos seus braços, um pouco acima dos punhos, uma moeda de ouro, à qual estava soldada uma extremidade de fio de platina. As moedas estavam separadas da pele por três folhas de papel mata-borrão branco, de forte espessura, umedecido com uma solução de cloridrato de amônio. Os fios de platina passavam ao longo dos braços até às espáduas e foram atados por meio de cordões, de maneira a deixar aos braços a liberdade dos movimentos. As extremidades exteriores dos fios de platina foram reunidas a fios de cobre, envoltos em algodão, e que chegavam até ao quarto iluminado onde se achavam os experimentadores. Os fios condutores foram ligados a um aparelho de verificação.

325. Quando tudo estava preparado, fecharam-se as cortinas, deixando assim a médium (a Srta. Cook) na escuridão. A corrente elétrica atravessou o corpo da médium, durante toda a sessão. Essa corrente, começando nos dois elementos, passava pelo galvanômetro, sobre os elementos de resistência, pelo corpo da Srta. Cook e voltava em seguida à bateria. Antes da introdução da Srta. Cook na corrente e enquanto as duas moedas, que formavam os polos da bateria, estavam reunidas, o galvanômetro marcava uma declinação de 300°.

326. Depois da introdução da Srta. Cook, as moedas de ouro foram colocadas nos seus braços, um pouco acima do punho, e o galvanômetro não marcou mais de 220°. Assim, pois, o corpo da médium, introduzido na corrente, oferecia uma resistência à corrente elétrica equivalente a 80 divisões da escala.

327. O fim principal dessas experiências era precisamente conhecer a resistência que o corpo da médium podia oferecer à corrente elétrica. O menor deslocamento dos polos da bateria, que estavam fixados aos braços da Srta. Cook por borrachas, teria inevitavelmente produzido uma mudança na força de resistência oferecida pelo corpo da médium.

328. Assim, foi nessas condições que a figura de Katie apareceu várias vezes na abertura da cortina, mostrou as mãos e os braços, depois pediu papel e lápis e escreveu à vista dos assistentes.

329. Se as moedas e o papel mata-borrão tivessem sido deslocados para as espáduas, de maneira a ficarem libertados os braços da médium, o trajeto percorrido pela corrente elétrica, no corpo dela, teria sido diminuído pelo menos de metade e, por consequência, a resistência oferecida pelo corpo da médium teria também diminuído de metade, ou seja, de 40°, e a agulha do galvanômetro se elevaria de 220° a 260°. Entretanto, deu-se o contrário: desde o começo da sessão, não somente não houve nenhum aumento no desvio, mas ainda constante e gradualmente diminuiu até ao fim da experiência, sob a influência do dessecamento do papel molhado, circunstância essa que aumentou a resistência à corrente elétrica e diminuiu o desvio de 220° a 146°.

330. É certo que se uma dessas moedas de ouro tivesse sido deslocada, ainda que fosse de uma polegada, a declinação teria aumentado e a fraude da médium teria sido desmascarada; mas, como se disse, o galvanômetro não deixou de abaixar.

331. Ficou, pois, absolutamente demonstrado que as chapas de ouro, aplicadas nos braços da médium, não se deslocaram nem de um milímetro, que os braços que apareceram e que escreveram não eram os da médium e que, por consequência, o emprego da cadeia galvânica, para demonstrar a presença da médium atrás da cortina, deve ser considerado como garantia suficiente.  (Continua no próximo número.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita