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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 392 - 7 de Dezembro de 2014

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 
 

Onde está o animal?


O crime dos animais racionais contra seus irmãos do reino inferior prossegue, conforme podemos constatar em mais uma reportagem sobre o assunto, estampada na revista VEJA, edição 2398, de cinco de novembro de 2014, páginas 114 a 117.

Vamos a um trecho dela: “Há três semanas ocorreu uma morte chocante: a de Suni, aos 34 anos, um rinoceronte-branco-do-norte, macho, um dos quatro da espécie, vivendo na reserva 01 Pejeta, no Quênia. Até quarta-feira da semana passada, ainda não se sabia se ele tinha sido morto por caçadores, se perdera a vida em um acidente ou se morrera de causas naturais. Por que a importância? Suni era um dos dois últimos exemplares machos no mundo. Sobrou apenas Sudan, que mora no mesmo local, mas tem 40 anos (idoso para um rinoceronte) e é tido como incapaz de reproduzir-se. A esperança de ver o nascimento de filhotes está guardada em outro lugar, no Instituo Leibniz para Pesquisa em Zoologia e Vida Selvagem, em Berlim. Lá permanecem congelados potes de esperma colhido de machos. Com esse material, cientistas esperam engravidar as últimas cinco fêmeas que restam, ou criar clones. A espécie teve sua população reduzida pela caça. É mais uma vítima da estupidez humana: eles são mortos por causa de seus chifres, que valem 57.000 dólares no mercado negro. Quem os compra? Representantes da pseudomedicina chinesa, que lhes atribui propriedades mágicas. O rinoceronte-branco-do-norte é o exemplo máximo de como é preciso combater os abusos da delicada relação entre o homem e a natureza”.

Aliás, essas crendices existentes na China e, talvez, também em outros países, são responsáveis pela morte de outros animais, tal como o tigre-de-sumatra cujas partes do corpo são vendidas em determinadas farmácias daquele país como se tivessem propriedades mágicas. É o ser humano que continua buscando soluções mais fáceis para os seus problemas do que encontrar as soluções dentro de si mesmo, local onde a maioria não gosta de entrar porque aí estão mazelas milenares registradas no “computador” do ser imortal. Então, busca-se fora, “doa a quem doer” e o quanto doer, soluções que estão no interior de cada um. Não me recordo de outro animal que tenha a bile extraída da sua vesícula, também na China, estando ele ainda vivo e padecendo todo o sofrimento que esse ato de crueldade provoca, porque se acredita em propriedades miraculosas desse fluido retirado através da crueldade do assim chamado “ser humano”, animal racional!

Enquanto Divaldo, altas horas da madrugada, senta-se em algum local da Mansão do Caminho para meditar, para fazer a autoanálise sugerida por Santo Agostinho na questão de número 919 de O Livro Dos Espíritos, como um mecanismo indispensável para a evolução do ser humano, outros empunham armas que tiram a vida desses indefesos animais, escondidos atrás da covardia que caracteriza essas pessoas. Divaldo utiliza-se do Amor. Os matadores lançam mão da violência de suas armas, violência essa que, muitas vezes, é direcionada contra o próprio semelhante.

Muitas pessoas insensíveis argumentam que se trata apenas de animais. Sim, de animais que sentem dor, fome, sede e padecem de doenças como o “bondoso” ser humano. Não se trata de seres inanimados insensíveis a tudo e a todos, mas sim de animais que não são criação do homem, mas criaturas de Deus com direito à vida onde foram colocados pelo Autor do Universo. Porém, o problema maior não é esse. É preciso atentar para o mal maior que está por trás dessa matança animal. É indispensável tomar consciência da violência que está no indivíduo e que o leva a essa volúpia, a esse prazer de destruir como se fosse o mais poderoso dos deuses! Volúpia essa, prazer esse que pode ser mobilizado contra o próprio homem, como está sendo utilizado para a destruição do planeta que habitamos: poluição de rios, da atmosfera, desmatamento, explosões de armas nucleares no interior do planeta para testar o poder de destruição e, sabe-se lá o que mais se passa às ocultas do nosso ingênuo conhecimento.

Recentemente ocupou espaço, na imprensa de todo país, um homem rotulado como serial killer  por ter feito várias vítimas quando sentia vontade de matar. “Simplesmente” isso: sentia vontade de matar e não passava vontade! É a violência que aceitamos seja despejada contra os animais, contra a Natureza como um todo e que acaba por atingir o próprio ser humano, quando, então, transforma-se num “Deus nos acuda”!

Quando um animal é morto por razões vis, onde está o verdadeiro animal: naquele que empunha a arma ou naquele que recebe o projétil mortal? E quando se trata de um crime vitimando um ser humano, onde está o verdadeiro animal aos olhos das Leis soberanamente justas e incorruptíveis?

Se você achou essa pergunta muito difícil, deixo uma outra, talvez, mais fácil: estava Francisco de Assis totalmente errado ao considerar os animais como seus verdadeiros irmãos, ou certos estaremos nós que despejamos sobre os seres menores da Criação toda a dose de maldade que ainda nos caracteriza?
 



 


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