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O Espiritismo responde
Ano 8 - N° 392 - 7 de Dezembro de 2014
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Em carta publicada nesta mesma edição, o leitor Reinaldo Cantanhêde Lima escreveu-nos o seguinte: 

Solicito na medida do possível explicar sobre bens materiais. Percebe-se que o Evangelho seja contra riquezas materiais: "É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico se salvar". Daí a minha inquietação: Deus é contra riquezas materiais? Nos templos católicos parece os padres se preocuparem com a pobreza! Nos Centros Espíritas existem as campanhas: enxugando lágrimas, sopões etc. Eu gostaria de neste espaço ler sobre o assunto em comento.

Não é verdade que o Evangelho seja contra a riqueza, muito menos o Espiritismo. Riqueza e miséria, tanto quanto beleza e fealdade, são provas, cada qual com um objetivo específico e igualmente necessárias no curso do processo evolutivo.

Lemos nas questões 814 a 816 d´O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec: 

814. Por que Deus a uns concedeu as riquezas e o poder, e a outros, a miséria? “Para experimentá-los de modos diferentes. Além disso, como sabeis, essas provas foram escolhidas pelos próprios Espíritos, que nelas, entretanto, sucumbem com frequência.”

815. Qual das duas provas é mais terrível para o homem, a da desgraça ou a da riqueza? “São-no tanto uma quanto outra. A miséria provoca as queixas contra a Providência, a riqueza incita a todos os excessos.”

816. Estando o rico sujeito a maiores tentações, também não dispõe, por outro lado, de mais meios de fazer o bem? “Mas, é justamente o que nem sempre faz. Torna-se egoísta, orgulhoso e insaciável. Com a riqueza, suas necessidades aumentam e ele nunca julga possuir o bastante para si unicamente.”  

Comentando o assunto, o Codificador do Espiritismo escreveu:  

“A alta posição do homem neste mundo e o ter autoridade sobre os seus semelhantes são provas tão grandes e tão escorregadias como a desgraça, porque, quanto mais rico e poderoso é ele, tanto mais obrigações tem que cumprir e tanto mais abundantes são os meios de que dispõe para fazer o bem e o mal. Deus experimenta o pobre pela resignação e o rico pelo emprego que dá aos seus bens e ao seu poder. A riqueza e o poder fazem nascer todas as paixões que nos prendem à matéria e nos afastam da perfeição espiritual. Por isso foi que Jesus disse: ‘Em verdade vos digo que mais fácil é passar um camelo por um fundo de agulha do que entrar um rico no reino dos céus’.” (O Livro dos Espíritos, nota aposta em seguida à questão 816.) 

O tema, dada a sua relevância, foi objeto de vários comentários inseridos por Allan Kardec no cap. XVI d´O Evangelho segundo o Espiritismo.

Eis um deles, de autoria do próprio Codificador: 

“Se a riqueza houvesse de constituir obstáculo absoluto à salvação dos que a possuem, conforme se poderia inferir de certas palavras de Jesus, interpretadas segundo a letra e não segundo o espírito, Deus, que a concede, teria posto nas mãos de alguns um instrumento de perdição, sem apelação nenhuma, ideia que repugna à razão. Sem dúvida, pelos arrastamentos a que dá causa, pelas tentações que gera e pela fascinação que exerce, a riqueza constitui uma prova muito arriscada, mais perigosa do que a miséria. É o supremo excitante do orgulho, do egoísmo e da vida sensual. E o laço mais forte que prende o homem à Terra e lhe desvia do céu os pensamentos. Produz tal vertigem que, muitas vezes, aquele que passa da miséria à riqueza esquece de pronto a sua primeira condição, os que com ele a partilharam, os que o ajudaram, e faz-se insensível, egoísta e vão. Mas, do fato de a riqueza tornar difícil a jornada, não se segue que a torne impossível e não possa vir a ser um meio de salvação para o que dela sabe servir-se, como certos venenos podem restituir a saúde, se empregados a propósito e com discernimento. (...)

Se a riqueza é causa de muitos males, se exacerba tanto as más paixões, se provoca mesmo tantos crimes, não é a ela que devemos inculpar, mas ao homem, que dela abusa, como de todos os dons de Deus. Pelo abuso, ele torna pernicioso o que lhe poderia ser de maior utilidade. É a consequência do estado de inferioridade do mundo terrestre. Se a riqueza somente males houvesse de produzir, Deus não a teria posto na Terra. Compete ao homem fazê-la produzir o bem. Se não é um elemento direto de progresso moral, é, sem contestação, poderoso elemento de progresso intelectual.” (O Evangelho segundo o Espiritismo, cap. XVI, item 7.)

Concluindo, transcrevemos a mensagem que compõe o cap. 150 do livro Caminho, Verdade e Vida, de Emmanuel, obra psicografada pelo médium Chico Xavier, em que o conhecido instrutor espiritual destaca também a importância da riqueza no mundo em que vivemos: 

“O caminho evolutivo está sempre repleto de aguilhões. De outro modo, não enxergaríamos a porta redentora.

Entrega-se Deus aos filhos da Criação inteira, reparte com todos os tesouros de seu amor infinito, estimula-os a se elevarem, através de mil modos diferentes; entretanto, existem círculos numerosos como a Terra, em que as criaturas não se apercebem dessas realidades gloriosas e paralisam a marcha, dormindo no leito da ilusão.

Perante tal inércia, os mensageiros da Providência, aos quais se confiou a tarefa de iluminação dos que estacionam na sombra, promovem recursos para que se verifique o despertar.

Cientes de que Deus dá tudo — a vida, os caminhos, os bens infinitos, os gênios inspiradores e só pede às criaturas se lhe dirijam aos braços paternais — esses divinos emissários organizam os aguilhões, por amor aos seus tutelados.

Nesse programa, criou Jesus os mais nobres incitamentos, para a esfera terrestre. A riqueza e a pobreza, a fealdade e a formosura, o sofrimento e a luta são aguilhões ou oportunidades instituídos pelo Cristo, a benefício dos homens.

Cada existência e cada pessoa têm a sua dificuldade particular, simbolizando ensejo bendito.

Analisa a tua vida, situa teus aguilhões e não te voltes contra eles. Se um espírito da grandeza de Paulo de Tarso não podia recalcitrar, imagina o que se pedirá do nosso esforço.” (Caminho, Verdade e Vida, cap. 150.) 

Em face de explicações tão claras, esperamos que as dúvidas do leitor fiquem devidamente sanadas.
 


 


 


 
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