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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 391 - 30 de Novembro de 2014

MARIA ANGELA MIRANDA
mangela@sucessolondrina.com.br
Londrina, PR (Brasil)

 
 

Fora da caridade
não há salvação

O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível

 
Caridade é um processo, ela nos transforma de ser egoísta para ser amoroso. O egoísmo é o oposto de caridade, é uma forma de comportamento na qual temos um desejo de estar bem, e nesta busca para estar bem não percebemos a diferença entre o estado de espírito em estar bem e em ser bem. Ser não é possuir. Estar não é ser. Viver por viver gera insatisfações. Viver para estar bem gera lacunas em nossa alma, não é possível estar bem o tempo todo e, nestes momentos, abrimos a porta de nossa alma para as síndromes, para as paranoias, para a infelicidade.

Perdemos tempo demais em vivências egoístas e só começamos a ampliar nossa visão da felicidade quando começamos a perceber que dependemos do outro para sermos felizes, quando começamos a sentir a fome das crianças abandonadas, o desespero dos desempregados, o medo dos sem-teto, a falta de sentido da vida dos viciados, a necessidade de atenção do idoso, a importância do consolo para aquele que sofre. A construção do amor em nós deve ser amadurecida em todas as camadas do nosso psiquismo, das mais superficiais  às mais profundas, somente assim entenderemos o sentindo de ser bem. A caridade é a ferramenta que nos auxiliará nesta construção. Podemos utilizá-la em todas as fases, quando distribuímos nossas sobras, seja  de dinheiro,  de comida ou até quando passarmos a dividir nosso dinheiro, nosso tempo, nossa comida, nosso consolo, de forma automática, sem reservas, simples como o próprio ato de respirar.

Kardec questiona aos luminares superiores n’O Livro dos Espíritos, questão 886, e pergunta qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus? “ Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”  Allan Kardec esclarece: “o amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe todo o bem que nos seja possível e que desejaríamos nos fosse feito. Tal o sentido destas palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros como irmãos. A caridade, segundo Jesus, não se restringe à esmola,  abrange todas as relações em que nos achamos com os nossos semelhantes, sejam eles nossos inferiores, nossos iguais ou nossos superiores. Ela nos prescreve a indulgência porque da indulgência precisamos nós mesmos, e nos proíbe que humilhemos os desafortunados”.

A vida nos oferece as mais variadas possibilidades de atuação no campo da Caridade. No amparo material, através do pão que alimenta; do abrigo que acolhe; do agasalho que ameniza o frio ou do recurso financeiro que suaviza a penúria
é a caridade material. Na intimidade do ser sob a forma do perdão silencioso que enobrece; da prece íntima que revigora ou do amor verdadeiro que liberta. São atitudes mentais que, em primeiro lugar, nos favorecem, e, lançadas no espaço, certamente beneficiarão todos a quem se dirijam, encarnados ou desencarnados é a caridade mental.

Nas palavras que proferimos. Muitas são as tragédias íntimas e coletivas que podemos evitar pela palavra que, quando sábia, orienta e edifica; quando suave, sufoca o pranto; quando indulgente, atenua a culpa; quando consoladora, dissipa o sofrimento; quando plena de amor, rompe o ódio ou, quando em forma de oração, nos aproxima de Deus é a caridade verbal.
Quando silenciamos ante uma ofensa provocada pelo desequilíbrio ou nos calamos para ouvir um desabafo de quem por tantas vezes não encontrou quem o fizesse
é a caridade passiva. No afago paternal que envolve uma criança; em um beijo carinhoso que aproxima as almas ou em um aperto de mão que faz brotar o sorriso num rosto antes amargurado é a caridade gestual. Na mediunidade, como recurso precioso de auxílio a encarnados e desencarnados, praticando a solidariedade através das faculdades mediúnicas de que dispusermos é a caridade mediúnica.

Assim continuamos a transformação lenta e gradual do orgulho e do egoísmo, o que só é possível através da prática da Caridade, em suas múltiplas e divinas manifestações. Fora dela, conforme a máxima eternizada pelo Espiritismo, não há salvação; salvação que representa para nós, espíritas, a inevitável purificação espiritual — única finalidade de nossas sucessivas existências.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita