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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 389 - 16 de Novembro de 2014

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 


“O homem mais feliz do mundo”


“A felicidade relativa é possível e se encontra ao alcance de todos os indivíduos, desde que haja neles a aceitação dos acontecimentos conforme se apresentam. Nem exigências de sonhos fantásticos, que não se corporificam em realidade, tampouco o hábito pessimista de mesclar a luz da alegria com as sombras densas dos desajustes emocionais...

O amadurecimento psicológico, a visão correta e otimista da existência são essenciais para adquirir-se a felicidade possível.” – Joanna de Ângelis.

O francês Matthieu Ricard decidiu abandonar a tese de doutorado em biologia molecular no renomado Instituto Pasteur, para se dedicar a uma vida de contemplação como monge budista. No começo dos anos 2000 ele se submeteu a uma equipe de pesquisadores da Universidade de Wisconsin para investigar o efeito da meditação no cérebro. Para tal finalidade, ficou três horas dentro de um aparelho de ressonância magnética que mapeou determinadas regiões do seu cérebro. O resultado de tal pesquisa foi a constatação de que esse monge era a pessoa mais feliz do mundo. Como se chegou a tal constatação? Os pesquisadores tabelaram a felicidade em uma escala de 0,3 (muito infeliz) a - 0,3 (muito feliz), de acordo com a movimentação ou não das regiões do cérebro que ativam emoções positivas ou negativas. O índice obtido pelo monge foi de – 0,45! Essas informações estão contidas em uma reportagem da revista VEJA, edição 2394, de oito de outubro de 2014, páginas 118 e 119.

Matthieu Ricard que optou pela vida de monge budista se manifesta na reportagem sobre o sofrimento, afirmando que o sofrimento acontece de qualquer maneira, a questão é o que você faz com ele: se vê como vítima, ou o usa como catalisador de uma transformação pessoal. Sofrimentos nunca são desejáveis, mas é possível transformar a dor em desespero, ou usá-la para progredir. Uma estratégia, continua ele ensinando, é se voltar ao altruísmo, fazer coisas significativas para os outros, em vez de se focar na sua dor.

Diante dessa afirmativa, nos lembramos de Chico Xavier que vivenciou tantos problemas particulares, alguns conhecidos e outros que permaneceram na sua intimidade, e conseguiu ser feliz segundo ele mesmo afirmou em diversas ocasiões em que manifestou a sua situação como ser humano nessa sua última existência física. Problemas de saúde que tanto nos preocupam acompanharam o Chico por quase toda a sua vida terrena. Problemas na área familiar da mesma forma estiveram presentes como sobejamente é do conhecimento de todos. Isto é, aqueles que o médium mineiro chegou a revelar. Sabe Deus quantos outros manteve em silêncio?! No entanto, Chico dizia que o espírita deveria enxugar as lágrimas derramadas ocultamente, colocar um sorriso nos lábios e ir atender aos sofredores. Ele utilizava, portanto, a técnica sugerida pelo monge da citada reportagem: se voltar ao altruísmo, fazer coisas significativas para os outros, em vez de se focar na sua dor. Qual seria o índice que o Chico alcançaria se submetido tivesse sido ao mesmo teste do monge?

Sobre Divaldo Pereira Franco também poderíamos fazer o mesmo raciocínio. Por quantos sofrimentos deve ter passado? Que sabemos nós que apenas temos notícias sobre a vida desse missionário espírita através dos dados biográficos que os livros nos fornecem, ressalvando, obviamente, aquelas pessoas que desfrutam e desfrutaram da sua intimidade?

O que passou Francisco de Assis? Será que o nosso egoísmo nos permite fazer suposições do que esse Espírito de escol sofreu para ensinar, servindo a todos daquele tempo e dos tempos porvindouros, por amor a Jesus?

E Jan Huss que foi devorado pela fogueira infame de homens que se atreviam a falar sobre Deus enquanto queimavam o próprio semelhante a quem deveriam amar?

E a jovem heroína traída pelo próprio representante do seu povo, Joana D´Arc? Já imaginaram o que padeceu nas mãos de homens rudes, embrutecidos pela ausência do amor, vazando ódio por todos os poros e que se julgavam dignos representantes da Providência Divina?

No entanto, todos eles triunfaram quando fizeram do seu sofrimento um motivo para o exercício do altruísmo como bem sugeriu o monge, ao invés de se sentirem vítimas da própria dor.

Qual seria o índice de felicidade que o aparelho de ressonância magnética acusaria, se essas abençoadas pessoas e tantas outras que iluminaram o céu escuro da indiferença humana fossem submetidas a uma pesquisa semelhante à do monge budista?

Será que o aparelho suportaria tanta felicidade presente nesses dignos representantes do Criador, ou explodiria de alegria ao constatar que na humanidade já existem dignos representantes do Amor de Deus entre os homens?

Você se submeteria a esse tipo de exame com essa finalidade ou temeria pelo resultado que pudesse ser encontrado?
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita