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Espiritismo para crianças - Célia Xavier Camargo - Espanhol  Inglês
Ano 8 - N° 389 - 16 de Novembro de 2014

 
 

 

Tesouros verdadeiros

 

Lucas era um menino que vivia descontente com a vida. De família amorosa, mas pobre, ele sentia-se inferior aos colegas da escola que tinham condição melhor que a dele.

Nesse dia especialmente ele voltou para casa triste e angustiado. Na hora da oração em conjunto que faziam todas as semanas — o Evangelho no Lar —, Lucas mostrava-se carrancudo, desgostoso.

Após lerem um trecho do Evangelho, em que Jesus falava sobre a necessidade de se fazer o bem ao próximo, cada um deu a sua opinião. Ao chegar a vez dele, Lucas disse cheio de irritação:
 

— Falar é fácil! Como fazer caridade se não temos nada? Nós é que precisamos da caridade das pessoas!... Pelo menos no dia das crianças eu gostaria de receber um presente!  

A mãe ouviu e depois, com seriedade, esclareceu:

— Eu sei, meu filho. Mas, como não temos nada? Falta comida em casa? Você e seus irmãos não têm o que vestir ou calçar? Falta-lhes material escolar, livros?

Os dois outros irmãos, José e Márcio, balançaram a cabeça negativamente:

— Não estou falando “dessas coisas” de todo dia, mamãe. Queria passear com os colegas, ter roupas novas, viajar, entende? Meus amigos sempre chegam contando o que fizeram no final de semana; eu fico calado porque nunca tenho nada para contar. Somos pobres! — responde Lucas, inclinando a cabeça.

O pai, que se mantivera calado, considerou:

— Como não temos nada, Lucas? Temos coisas muito mais importantes e verdadeiras que recebemos de Deus para administrar!

— O que, por exemplo, papai? — indagou o garoto irritado.

— Administrador não é só aquele que cuida de bens materiais, como dinheiro e autoridade. É também aquele que cuida dos recursos que lhe foram confiados por Deus, como o corpo perfeito, saúde, poder trabalhar, facilidade de aprender, amigos verdadeiros, nosso lar e, sem dúvida, o tempo que temos à nossa disposição. Todas essas coisas não são tesouros que Deus nos dá?...

— É verdade, pai. Mas eu me referia às coisas que eu gostaria de ter e que não tenho.

O pai sorriu de leve e lembrou:

— Eu sei, filho. Mas seus colegas de escola possuem todas essas dádivas? Pense! Todos eles estão bem? Estão em paz?

O menino pensou nos colegas e lembrou:

— Bem. O Vítor ganhou um skate e se machucou, quebrando a perna; está engessado. O pai do Fernando, que tem uma grande empresa, está sem dinheiro e vai fechá-la, foi o que ouvi dizer. O Tito e a família foram viajar esta semana e sofreram um acidente; felizmente, parece que estão bem. Ah, a Melina! Ela me contou que seus pais vão se separar... O Felício tem um irmão que tem problema e não consegue aprender! O Hugo...

O pai, que o ouvia em silêncio, considerou:

— Você vê como esses valores são importantes? A saúde, a união da família, saber lidar com os recursos que temos, entre outras coisas... Entendeu?

Lucas balançou a cabeça, concordando com o pai:

— É verdade, papai! Não havia pensado nisso. Nós temos menos dinheiro, mas nada nos falta. Estamos bem, com saúde, inteligência para aprender e estudar, temos um lar verdadeiro e nos amamos.

Lucas levantou-se e abraçou o pai, a mãe e os dois irmãos.

Em seguida, emocionado, o pai convidou a todos para a prece final, que Lucas fez questão de fazer:

— Senhor Jesus, nós te agradecemos por tudo que temos recebido em nossa vida. Especialmente pelo dia de hoje e pela nossa reunião. Vejo agora como somos felizes aqui em casa. Abençoa a todos os nossos parentes, colegas e amigos, e o emprego do papai, que nos dá meios de viver bem. Assim seja!  

Ao terminar a oração, todos estavam contentes, e Lucas completou:

— Tenho orgulho de pertencer a esta família! Obrigado, papai. Obrigado, mamãe! E, pensando na leitura que fizemos, lembrei que podemos fazer a caridade aos outros, através de nossos atos, do carinho, da atenção, de uma palavra amiga. 

O pai sorriu e, concordando:

— É isso mesmo, meu filho. Não precisamos de dinheiro para ajudar as pessoas. Basta boa vontade e desejo de servir. 

Depois, ele parou de falar e sorriu:

— Estava esquecendo que tenho uma surpresa para contar a vocês hoje. Sabem o que é? Recebi um aumento e pensei de irmos viajar para a casa dos avós. O que acham?

Todos pularam de alegria! Os meninos adoravam ir para a casa dos avós, que também ficariam felizes de poderem vê-los.

— Que bom! Será nosso presente do Dia das Crianças!

Naquela noite todos dormiram bem, especialmente Lucas, que se sentia agradecido a Deus por tudo que lhe dera.         

MEIMEI 

(Recebida por Célia X. Camargo, em 28/07/2014.)

                                                 
                                                   
 


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