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Clássicos do Espiritismo
Ano 8 - N° 389 - 16 de Novembro de 2014
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Fatos Espíritas

William Crookes

(Parte 14)
 

Continuamos o estudo metódico e sequencial do clássico Fatos Espíritas, de William Crookes, obra publicada em 1874, cujo título no original inglês é Researches in the phenomena of the spiritualism.

Questões preliminares

A. Dentre os fenômenos mencionados no Relatório da comissão de sábios, houve algum que podemos considerar inusitado, incomum?

Sim. Para terem certeza de que realmente estava em jogo uma mão humana, os pesquisadores fixaram na mesa, do lado oposto ao da médium, uma folha de papel enegrecida com fumaça, exprimindo o desejo de que a mão materializada deixasse nele uma impressão, que a mão da médium ficasse limpa e que o preto da fumaça fosse transportado para uma das mãos dos sábios presentes. Feita a experiência e acesa a luz, acharam no papel várias impressões de dedos e as costas da mão do Sr. Du Prel enegrecidas, enquanto que as mãos da médium estavam perfeitamente limpas. A experiência foi repetida três vezes, com idêntico resultado. (Fatos Espíritas - Relatório da comissão dos sábios - Impressão de dedos obtidos num papel enfumaçado.)

B. Qual dos fenômenos os sábios consideraram dos mais importantes e significativos?

Foi o fenômeno pelo qual ocorreu a elevação da médium sobre a mesa. A experiência foi efetuada duas vezes. A médium, que estava sentada à cabeceira da mesa, foi levantada com a cadeira e colocada com ela sobre a mesa, sentada na mesma posição, tendo sempre as mãos seguras e acompanhadas pelos seus vizinhos. (Obra citada - Relatório da comissão dos sábios – Elevação da médium sobre a mesa.)

C. Houve durante as experiências casos de contato entre a aparição e os sábios presentes?

Sim, e tais contatos foram sentidos pelas pessoas colocadas fora do alcance das mãos da médium. Em duas ocasiões distintas, os óculos do Sr. Schiaparelli foram tirados e colocados sobre a mesa, diante de outra pessoa. Esses óculos estavam fixados às orelhas por meio de duas molas e seria preciso certa atenção para os tirar, mesmo para quem opera em plena claridade. Foram, no entanto, tirados na escuridão completa, com tanta delicadeza e prontidão, que o ilustre sábio só percebeu quando não mais sentiu o contato habitual deles sobre o nariz e as orelhas e foi necessário apalpar-se para ter certeza da realidade do fato. (Obra citada - Relatório da comissão dos sábios – Contatos.)

Texto para leitura

246. Transporte de diferentes objetos enquanto as mãos e os pés da médium estavam amarrados aos dos seus vizinhos – Para terem certeza de que não eram vítimas de uma ilusão, ligaram-se as mãos da médium às dos seus dois vizinhos, por meio de cordel de três milímetros de diâmetro, de maneira que os movimentos das quatro mãos se verificassem reciprocamente. A ligação foi feita da maneira seguinte: ao redor de cada punho da médium deram-se três voltas bem justas com o cordel, apertadas a ponto de doer, e em seguida deu-se duas vezes um nó simples.

247. Isso feito, foi colocada uma campainha sobre uma cadeira, à direita da médium. Estabeleceu-se a cadeia e as mãos e os pés da médium foram, além disso, seguros como de costume.

248. Fez-se escuridão e os sábios exprimiram o desejo de que a campainha tocasse sem demora. Imediatamente eles ouviram a cadeira virar, descrever uma curva no soalho, aproximar-se da mesa e logo se colocar sobre ela. A campainha tocou; depois foi atirada sobre a mesa.

249. Tendo-se feito bruscamente luz, verificou-se que os nós estavam perfeitos. É claro que o transporte da cadeira não foi produzido pelas mãos da médium, durante essa experiência, que durou, no máximo, 10 minutos.

250. Impressão de dedos obtidos num papel enfumaçado – Para terem certeza de que realmente estava em jogo uma mão humana, os pesquisadores fixaram na mesa, do lado oposto ao da médium, uma folha de papel enegrecida com fumaça, exprimindo o desejo de que a mão materializada deixasse nele uma impressão, que a mão da médium ficasse limpa e que o preto da fumaça fosse transportado para uma das mãos dos pesquisadores presentes. As mãos da médium estavam seguras pelas dos Srs. Schiaparelli e Du Prel.

251. Feita a cadeia e a escuridão, ouviram logo uma mão estranha bater fracamente na mesa e, na mesma ocasião, o Sr. Du Prel anunciar que a sua mão esquerda, que segurava a direita do Sr. Fínzi, sentia dedos que a esfregavam.

252. Feita a luz, acharam no papel várias impressões de dedos e as costas da mão do Sr. Du Prel enegrecidas, enquanto que as mãos da médium estavam perfeitamente limpas. Essa experiência foi repetida três vezes, insistindo-se para se ter uma impressão completa; numa segunda folha obtiveram-se cinco dedos e numa terceira a impressão de uma mão esquerda quase inteira. Depois disso, as costas da mão do Sr. Du Prel estavam completamente enegrecidas, permanecendo as mãos da médium perfeitamente limpas.

253. Aparição de mãos sobre um fundo ligeiramente iluminado – Colocaram os sábios sobre a mesa um cartão embebido de substância fosforescente (sulfureto de cálcio) e outros sobre cadeiras, em diferentes pontos da sala.

254. Nessas condições, todos viram muito bem um perfil de mão que descansava sobre o cartão da mesa e sobre o fundo formado pelos outros cartões; e viram a sombra da mão passar e perpassar ao redor dos pesquisadores.

255. Na noite de 21 de setembro, um deles viu várias vezes, não uma, porém duas mãos ao mesmo tempo projetarem-se sobre a fraca luz de uma janela fechada somente com caixilhos (lá fora era noite, mas a escuridão não era absoluta). As mãos agitavam-se com rapidez, não tanto, todavia, que não pudessem distinguir nitidamente o perfil. Eram completamente opacas e projetavam-se sobre a janela, em sombras absolutamente negras. Não foi possível ajuizar-se sobre os braços, aos quais estavam ligadas, porque somente pequena parte desses braços, junta ao punho, se interpunha à fraca claridade da janela, no lugar em que era possível observá-la.

256. Esses fenômenos de aparição simultânea de duas mãos são muito significativos, porque não podem ser explicados pela hipótese de fraude da médium, que não teria conseguido, de nenhum modo, tornar livre senão uma das suas, graças à vigilância dos seus vizinhos. A mesma conclusão se aplica ao bater de duas mãos, uma contra outra, o que foi ouvido várias vezes no ar, durante o curso das experiências.

257. Elevação da médium sobre a mesa – Os sábios colocaram entre os fatos mais importantes e mais significativos essa elevação, que foi efetuada duas vezes, em 23 de setembro e 3 de outubro. A médium, que estava sentada à cabeceira da mesa, soltando fortes gemidos, foi levantada com a cadeira e colocada com ela sobre a mesa, sentada na mesma posição, tendo sempre as mãos seguras e acompanhadas pelos seus vizinhos.

258. Na noite de 28 de setembro, a mesma médium, enquanto suas mãos estavam seguras pelos Srs. Richet e Lombroso, queixava-se de mãos que a seguravam por baixo dos braços. Depois, em transe, disse com voz mudada, muito comum nesse estado: “Agora vou levar a médium para cima da mesa”. Ao cabo de 2 ou 3 segundos, a cadeira, com a médium que nela se achava sentada, foi levantada sem precaução e colocada em cima da mesa, enquanto os Srs. Richet e Lombroso asseveravam não terem ajudado em nada essa ascensão.

259. Depois de ter falado, sempre em estado de transe, a médium anunciou a sua descida. Nessa ocasião, o Sr. Fínzi substituía o Sr. Lombroso. A médium foi depositada no chão com inteira segurança e precisão, e os Srs. Richet e Fínzi acompanhavam, sem a ajudar em nada, os movimentos das mãos e do corpo e interrogavam-se a cada instante sobre a posição das mãos. Além disso, durante a descida, ambos sentiram, por vezes repetidas, mão estranha tocá-los levemente na cabeça. Na noite de 3 de outubro, o mesmo fenômeno se repetiu, em circunstâncias bastante semelhantes, estando os Srs. Du Prel e Fínzi colocados ao lado da médium.

260. Contatos – Alguns merecem notados, particularmente, por causa de uma circunstância capaz de fornecer alguma noção interessante sobre sua possível origem; e, antes de tudo, é preciso notar os contatos que foram sentidos pelas pessoas colocadas fora do alcance das mãos da médium.

261. No dia 6 de outubro, o Sr. Gerosa, que se achava à distância de cerca de um metro da médium, tendo elevado a mão para que ela fosse tocada, sentiu várias vezes uma outra que batia na sua para baixá-la e, como ele persistia, foi tocado com uma trombeta, que pouco antes tinha produzido sons no ar.

262. Além disso, é preciso notar que os contatos constituem operações delicadas, que não podem ser executadas na escuridão com a precisão que os sábios notaram. Duas vezes (16 e 21 de setembro), os óculos do Sr. Schiaparelli foram tirados e colocados sobre a mesa, diante de outra pessoa. Esses óculos estavam fixados às orelhas por meio de duas molas e seria preciso certa atenção para os tirar, mesmo para quem opera em plena claridade. Foram, no entanto, tirados na escuridão completa, com tanta delicadeza e prontidão, que o ilustre sábio só percebeu quando não mais sentiu o contato habitual deles sobre o nariz e as orelhas e foi necessário apalpar-se para ter certeza da realidade do fato.

263. Efeitos análogos resultaram de muitos outros contatos, executados com excessiva delicadeza, por exemplo, quando um dos assistentes sentiu acariciarem-lhe os cabelos e a barba. Em todas as inumeráveis manobras executadas por mãos misteriosas, jamais houve uma negligência ou um choque, o que é ordinariamente inevitável com quem opera na escuridão.

264. Contatos com uma figura humana – Tendo um dos pesquisadores manifestado o desejo de ser beijado, sentiu diante da própria boca o estalido rápido de um beijo, mas não acompanhado de contato de lábios: isso se produziu duas vezes (21 de setembro e 1° de outubro). Em três ocasiões diferentes aconteceu a um dos assistentes pôr a mão em uma figura humana que tinha cabelos e barba. O contato da pele era absolutamente o do rosto de um homem vivo, os cabelos eram muito mais ásperos e arrepiados do que os da médium e a barba, ao contrário, parecia muito fina.

265. Experiências de Zöellner sobre a penetração de um sólido através de outro sólido – Os pesquisadores ensaiaram sucessivamente três das experiências de Zöellner, a saber:

1°. O entrecruzamento de dois anéis sólidos (de madeira ou papelão), antes separados;

2°. A formação de um nó simples numa corda sem fim;

3°. A penetração de um objeto sólido numa caixa fechada, estando a chave guardada.

266. Nenhuma dessas tentativas foi, porém, bem sucedida, dando-se o mesmo com outra experiência que teria sido não menos convincente – a do molde da mão misteriosa na parafina derretida.(Continua no próximo número.)



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita