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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 388 - 9 de Novembro de 2014

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)

 
 

O fogo sagrado do devotamento
e da abnegação

O verdadeiro espírita não se intimida ante os obstáculos
com que tope no caminho

“(...) e, se qualquer te obrigar a caminhar uma milha, vai com ele duas.” -         Jesus.  (Mt., 5:41.)

Segundo Emmanuel[1], a palavra abnegação pode traduzir-se por: “tudo que excede ao dever”.

Pelas palavras de Lucas que passaremos a transcrever, não podemos compreender outra coisa senão que, apenas cumprindo o dever, não estaremos atendendo às expectativas dos Céus.  Necessário ir além[2]: “porventura o senhor dá graças ao servo, porque ele fez o que lhe foi mandado? Creio que não! Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos foi mandado, dizei: “somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer”.

A lição da “segunda milha”, ministrada por Jesus, é um altissonante libelo à abnegação e ao devotamento.

Ratificando essas milenares palavras, disse o Espírito de Verdade[3]: “a abnegação e o devotamento são uma prece contínua e encerram um ensinamento profundo. A sabedoria humana reside nessas duas palavras. Possam todos os Espíritos sofredores compreender essa verdade, em vez de clamarem contra suas dores, contra os sofrimentos morais que neste mundo vos cabem em partilha. Tomai, pois, por divisa estas duas palavras: devotamento e abnegação, e sereis fortes, porque elas resumem todos os deveres que a caridade e a humildade vos impõem. O sentimento do dever cumprido vos dará repouso ao Espírito e resignação. O coração bate então melhor, a Alma se asserena e o corpo se forra aos desfalecimentos”.

Entendemos, assim, que a abnegação e o devotamento são, ao mesmo tempo, a profilaxia e a cura das mazelas geradas pelo egoísmo.

Atentemos para as palavras do Codificador do Espiritismo[4]: “(...) as duas paixões humanas mais difíceis de vencer são: o orgulho e o egoísmo. Nem mesmo a própria Doutrina Espírita triunfa imediatamente sobre elas...

Entre os adeptos convictos, não há deserções, na lídima acepção do termo, visto como aquele que desertasse, por motivo de interesse ou qualquer outro, nunca teria sido sinceramente espírita; pode, entretanto, haver desfalecimentos. Pode dar-se que a coragem e a perseverança fraqueiem diante de uma decepção, de uma ambição frustrada, de uma preeminência não alcançada, de uma ferida no amor próprio, de uma prova difícil. Há o recuo ante o sacrifício do bem-estar, ante o receio de comprometer os interesses materiais, ante o medo do que dirão; há o ser-se abatido por uma mistificação, tendo como consequência, não o afastamento, mas o esfriamento; há o querer viver para si e não para os outros, o beneficiarem-se da crença, mas sob a condição de que isso nada custe.

Sem dúvida, podem os que assim procedem ser crentes, mas, sem contestação, crentes egoístas, nos quais a fé não ateou o fogo sagrado do devotamento e da abnegação.  Às suas almas custa o desprenderem-se da matéria. Fazem nominalmente número, porém não há contar com eles.

Todos os outros são espíritas que em verdade merecem esse qualificativo.  Aceitam por si mesmos todas as consequências da Doutrina e são reconhecíveis pelos esforços que empregam para melhorar-se. Sem desprezarem, além dos limites do razoável, os interesses materiais, estes são, para eles, o acessório, não o principal; não consideram a vida terrena senão como travessia mais ou menos penosa; estão certos de que do emprego útil ou inútil que lhe derem depende o futuro; têm por mesquinhos os gozos que ela proporciona, em face do objetivo esplêndido que entreveem no além; não se intimidam ante os obstáculos com que topem no caminho; veem nas vicissitudes e decepções provas que não lhes causam desânimo, porque sabem que o repouso será o prêmio do trabalho.  Daí vem que não se verificam entre eles deserções, nem tampouco falências.

Por isso mesmo, os bons Espíritos protegem manifestamente os que lutam com coragem e perseverança, aqueles cujo devotamento é sincero e sem ideias preconcebidas; ajudam-nos a vencer os obstáculos e suavizam as provas que não possam evitar-lhes, ao passo que, não menos manifestamente, abandonam os que se afastam deles e sacrificam a causa da verdade às suas ambições pessoais”.      

 

[1] - XAVIER, F. Cândido.  Pensamento e vida. 5. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1980.

[2] - Lucas, 17:9 e 10.

[3] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 125. ed. Rio: FEB, 2006, cap. VI, item 8.

[4] - KARDEC, Allan. Obras Póstumas. 25. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1990, p. 250-251. 




 


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