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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 388 - 9 de Novembro de 2014

DIAMANTINO LOURENÇO RODRIGUES DE BÁRTOLO
bartolo.profuniv@mail.pt
Venade - Caminha
,
 Viana do Castelo (Portugal

 
 

Religião: uma alternativa
para a paz?


Nem só de ciência, de técnica e de recursos materiais vive o homem. Para além daquelas capacidades e possibilidades, existe mais vida, mais mundo, mais alternativas que podem contribuir para o bem-estar da humanidade em geral, e de cada pessoa em particular. Ignorar, por preconceito, por descrença, por agnosticismo, ou por quaisquer outras razões, a dimensão religiosa do homem é dificultar o processo para a pacificação, mesmo para aqueles que argumentam que a religião também está na origem de muitos conflitos.

Ao invocar-se a dimensão religiosa da pessoa humana, pretende-se sensibilizar cada um “de per si”, e de todos em geral, para a doutrina social das diversas religiões, excluindo-se, portanto, os fundamentalismos dogmáticos, os radicalismos mais sectários e as posições exacerbadas, aliás, estes excessos de algumas correntes também precisam da ajuda dos moderados, e estes têm o dever, não só de compreender tais posições extremadas como, e principalmente, proporcionar as condições que conduzam ao diálogo, ao bom senso e à pacificação entre os grupos desavindos.

Pensando, portanto, nos interesses das novas e emergentes gerações, onde se incluem, porventura, os filhos de quem, neste momento, analisa este artigo e reflete sobre estes temas, urge desencadear ações que aproveitem ao objetivo último de, a curto prazo, se vislumbrarem melhorias no inter-relacionamento da humanidade.

A dimensão religiosa do homem crente deve ser colocada ao serviço da educação e formação destas novas gerações, a começar na família, porque o ser humano tem imensas dimensões, capacidades e possibilidades de as exercer, no seio do grupo e da sociedade, desejavelmente, no sentido do bem comum.

A educação religiosa é, por tudo isto, essencial na construção de pessoas que, se também se pretendam íntegras, possuam a liberdade de se autodeterminar, com responsabilidade e generosidade, para com os seus semelhantes.

A preocupação por uma educação e formação integrais deve ser uma constante em todos aqueles que, de alguma forma e a um qualquer nível social, têm responsabilidades em preparar o futuro, porque: «Quando educamos os nossos filhos, todos pretendemos fazê-los partilhar das nossas mais profundas convicções e enriquecê-los com o que nos parece mais válido. Cada um, segundo a sua própria escala de valores, dar-lhes-á, antes de mais nada, com prioridade absoluta, o que lhe parece importante. (…). Quando os pais são crentes, a sua fé em Deus é, certamente, desta ordem; eles têm, se são coerentes com as suas convicções, uma outra dimensão, uma outra óptica dos acontecimentos que os rodeiam. Pensamos que é importante fazê-la partilhar pelos nossos filhos desde a sua infância e falar-lhes muito cedo de Deus» (D’ARNUY, 1977:172).

O mundo, cada vez mais profanizado, precisa de Deus; os homens não podem viver e não conseguem resolver todos os problemas à margem da Bondade e Sabedoria Divinas; a humanidade será reduzida à sua mais brutal animalidade se continuar a rejeitar Deus. O caminho seguro, que poderá conduzir à pacificação do mundo, tem de passar por Deus, e muitos seres humanos sabem que não há outra alternativa.

Excluir Deus do processo de pacificação é prosseguir o caminho para a destruição total da humanidade. Não se pretende, nem seria compatível com a natureza pró-científica deste trabalho, profetizar o apocalipse, ou uma escatologia do Juízo Final condenatório de toda a humanidade. O que se pretende desmontar, pela observação participante, é a condição frágil, insegura e indefinida do ser humano.

A demonstração da necessidade de Deus na formação da pessoa humana igualmente se comprova, sem dificuldades, nem argumentos científicos, porque a humanidade, na sua esmagadora maioria, busca Deus e n’Ele a solução para todos os problemas que a ciência e a técnica ainda não resolveram.

A educação e formação religiosas são um argumento poderosíssimo para que os sistemas educativos integrem nos seus cursos, currículos e conteúdos programáticos, os valores religiosos, aceitando que: «Os ensinamentos de uma religião devem influir na personalidade e na conduta diária do crente. Assim, a conduta de cada pessoa, normalmente, será um reflexo, num maior ou menor grau, de formação religiosa dessa pessoa» (SOCIEDADE TORRE DE VIGIA DE BÍBLIAS E TRATADOS, 1990:12).

Acontecimentos que comprovam, inequivocamente, a importância da religião, para se alcançar a pacificação, surgem, frequentemente: a preocupação dos mais altos dignitários das religiões maioritárias, em estabelecerem o diálogo ecumênico inter-religioso; as grandes reuniões da juventude, por iniciativa pontifícia que, regularmente, ocorrem em locais diferentes da Terra; as peregrinações de milhões de crentes, todos os anos, aos santuários e outros locais sagrados; o crescente número de peregrinos que, mundialmente percorrem os caminhos da Fé; a intervenção das Igrejas nos domínios sociais, assistência humanitária e moderadora de conflitos.

No contexto da pacificação da humanidade, o papel da religião e das boas relações humanas, a todos os níveis, é fundamental, não se excluindo os conhecimentos que a ciência pode proporcionar e o recurso à técnica e seus instrumentos, no que se refere a melhorar as condições de vida das comunidades, nas quais a origem dos conflitos se localiza em determinadas insuficiências e/ou carências de ordem social/material: saúde, educação, trabalho, habitação, segurança social e uma velhice tranquila.

Toda esta complexidade levanta, porém, algumas interrogações que se deixam para reflexão: Ciência, Técnica e Religião são incompatíveis? A pacificação da humanidade pode dispensar alguma daquelas, entre outras, dimensões do homem? E, afinal, as disciplinas sociais e humanas, bem como os domínios ditos não científicos, qual o estatuto que lhes será reconhecido? A interdisciplinaridade será possível, desejável, útil, ou cada ciência vai manter-se na sua redoma?

 

Bibliografia: 

D´ARNUY, Jo, (1977). Nós e os Nossos Filhos. Trad. António Agostinho Torres. Porto: Editorial Perpétuo Socorro.

SOCIEDADE TORRE DE VIGIA DE BÍBLIAS E TRATADOS, 1990:12.


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