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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 387 - 2 de Novembro de 2014

JORGE LEITE DE OLIVEIRA
jojorgeleite@gmail.com
Brasília, DF (Brasil)

 
 

Reflexões sobre a vida,
o amor e a sabedoria


Vivemos como se, em uma única vida, fôssemos eternos, ou quase isso. Quando o tempo passa, porém, e com ele surge a velhice, constatamos ter-nos enganado sobre a extensão de nossas existências. Principalmente na juventude, a possibilidade de tudo acabar de uma hora para outra nem passa pela nossa cabeça. O jovem gosta da vida e a curte tão intensamente que, às vezes, é surpreendido pela desencarnação. É quando surge a constatação: a vida humana é breve, muito breve. 

Quanto mais novos, mais arraigado parece ser, nos seres vivos, o instinto de sobrevivência. Certamente, esse instinto de preservação é muito útil a todos nós, qualquer que seja a nossa idade. Sem ele, o número de suicídios no mundo seria enorme. Por outro lado, se buscarmos desfrutar proveitosamente nossos dias na Terra, certamente o peso das lutas da vida não nos atormentará tanto quanto se não o fizermos. 

Mas quando sabemos que um simples vegetal pode viver até cinquenta vezes mais do que o ser humano mais longevo, podemos refletir melhor sobre a brevidade de nossa passagem terrestre. Segundo reportagem da revista Veja, de 30 de abril de 2003, existe na Califórnia um pinheiro com 4.600 anos de existência. De acordo com as informações científicas, é a árvore mais antiga do mundo, embora também haja muitas outras com milhares de anos. 

Tal constatação, se, por um lado, nos faz refletir no quanto é curta nossa existência física, por outro nivela as pessoas de todas as idades. Se uma simples árvore pode viver tanto, de que vale o orgulho e a vaidade humana na juventude e a arrogância ou o desencanto na idade madura? Afinal, por maior que seja a diferença de idade entre duas pessoas, isso nada é em relação à existência milenar de um simples vegetal. Por isso, devemos sempre nos tratar com o respeito e o amor exigidos de alguém consciente da brevidade de sua vida terrena. 

Muitas pessoas ainda acreditam que só temos uma única vida na Terra. Se assim fosse, Deus teria em muito mais valor a existência de uma árvore do que a de um ser humano. Isso sem nos referirmos a determinados animais, que, em certas circunstâncias, podem sobreviver durante séculos. Determinados animais, como certas espécies de tartarugas, vivem muito mais tempo do que os seres humanos. 

Os jovens devem respeitar os mais velhos, que possuem toda uma experiência de vida que aqueles ainda não adquiriram. E as pessoas maduras devem praticar a empatia com os jovens, em virtude de também já terem passado por esse período de entusiasmo, nem sempre prudente e refletido. É importante aconselhar, sem, entretanto, impor coisa alguma. Se algum imprevisto não lhes encurtar a existência, a experiência a todos mostrará se a decisão a respeito de qualquer conduta em suas vidas foi a mais acertada. 

Embora a juventude faça ouvidos moucos aos sermões de seus pais, parentes ou pessoas mais experientes, sábio é aquele que procura escutar os bons conselhos. A este, o apelo de Salomão, embora de alguns milhares de anos, ainda é atual, como o pinheiro da Califórnia: "Filho meu, não te esqueças da minha lei, e o teu coração guarde os meus mandamentos. Porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz [...]. Bem-aventurado o homem que acha sabedoria e o homem que adquire conhecimento". (Provérbios, 3:1-2 e 13). Até porque, entre os dias de nossa juventude e os da idade madura, bem como entre estes e os da ancianidade, pouco tempo existe, na relatividade da vida física. É, pois, sábio buscar conquistar, desde cedo, os bens maiores desta vida: a sabedoria e o amor.

Léon Denis, n'O Problema do Ser, do Destino e da Dor, edição da FEB, cap. XIX, que trata sobre "A lei dos destinos", esclarece-nos que "As vidas impuras, a luxúria, a embriaguez e a devassidão conduzem-nos a corpos débeis, sem vigor, sem saúde, sem beleza. O ser humano que abusa de suas forças vitais, por si mesmo se condena a um futuro miserável, a enfermidades mais ou menos cruéis".

Como vemos, a beleza física nem sempre está relacionada à idade. Há jovens de aspecto físico até mesmo repugnante, e idosos belos, simpáticos, agradáveis, que pautam sempre suas vidas pelo equilíbrio, pelo respeito ao seu e aos corpos físico e espiritual alheios.

A Doutrina Espírita, como Consolador prometido por Jesus, segundo o Evangelho de João (14:16-17), se bem compreendida e aplicada, não somente nos dará a perfeita noção sobre a brevidade da vida, mas também sobre a sua importância na conquista da própria felicidade. Quanto mais nos conscientizarmos de que nossa existência não se resume nos breves oitenta, cem anos de uma única vida, porém que esse tempo é precioso minuto para o Espírito imortal, melhor será a qualidade de nossos anos na Terra.

Por isso, o lembrete do Espírito de Verdade, emissário maior do Cristo, que já o anunciara há dois mil anos, deve ser meditado e aplicado a cada dia de nossas vidas, não somente com os companheiros de fé, mas com todos os irmãos de jornada: amai-vos e instruí-vos. Até porque, em seguida, ele nos esclarece: "[...] No Cristianismo, encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: 'Irmãos! nada perece. Jesus Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade". (In: Kardec, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. 117 ed., Rio de Janeiro: FEB, 2001, cap. VI, item 5, p. 130.)


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita