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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 387 - 2 de Novembro de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 34)

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. É verdade que os Benfeitores espirituais só conseguem ajudar com êxito a quem se ajuda?

Sim. Se a pessoa necessitada de socorro não faz a parte que lhe compete, o auxílio é vão. Foi isso que a senhora Frida, que Miranda conhecera na última existência, disse ao autor desta obra, quando se referiu a um filho por quem ela orava, buscando socorrê-lo: “Somente podemos ajudar com êxito a quem se ajuda”. Trata-se de verdade que encontramos também nos ensinamentos de Jesus. Quem ignora o preceito: “Ajuda-te, que o céu te ajudará”? (Loucura e Obsessão, cap. 21, pp. 278 e 279.)

B. Não existe violência no processo evolutivo de ninguém. Que significa tal frase?  

Significa que não podemos violentar a consciência das pessoas. Comentando o caso da senhora Frida que, apesar de estar desencarnada há muito tempo, se mantinha apegada aos dogmas que cultivou na última existência, Felinto disse: “Não há violência, como esclareci há pouco, no processo evolutivo de ninguém. Cada ser galga o degrau do progresso com as próprias forças, embora os estímulos e auxílios que receba. Nossas irmãs, como se pôde constatar, vêm de um passado espiritual com profundas fixações católicas. Apesar dos largos anos que lhes assinalam a desencarnação, mantêm-se vinculadas aos antigos conceitos, que irão superando através do tempo”. “Como são diligentes e operosas, devotadas ao bem e assinaladas por uma fé honesta, adquirem títulos de enobrecimento e maturidade para as experiências mais felizes na área da renovação espiritual, no futuro.” (Loucura e Obsessão, cap. 21, pp. 279 a 281.)

C. A vivência do conhecimento adquirido é fundamental para a aquisição dos valores iluminativos que enobrecem o Espírito?  

Sim. A vivência do conhecimento é de suma importância no processo evolutivo do Espírito. Em razão disso, por mais respeitável seja o teórico, os seus conceitos, se não experimentados na prática, tornam-se adorno intelectual para a própria vaidade, sem que se revelem úteis para quem padeça urgente necessidade de recurso que solucione os desafios à frente. (Loucura e Obsessão, cap. 22,  pp. 282 e 283.)

Texto para leitura 

133. No meio espiritual há Espíritos que ignoram a lei da reencarnação – Depois de breve período, ambas as mulheres identificaram o autor deste livro, demonstrando satisfação e surpresa. “Já se encontra por cá, em definitivo?”, indagou uma delas, de nome Frida. “Sim” – respondeu Miranda –, há quase trinta anos.” Elas se admiraram com a notícia e informaram que já se encontravam no mundo espiritual havia quase quatro décadas. Só lentamente, porém, iam tomando conhecimento da realidade que as envolvia. A senhora Frida acrescentou que seu filho Henrique se encontrava na fase final do processo que precede a morte, o que deveria ocorrer dentro de dois dias. “Vimos à igreja orar, de modo a nos prepararmos para acompanhar-lhe o processo final”, esclareceu a amiga. “Estamos rumando ao seu lar e ali ficaremos participando das atividades concernentes à sua separação do corpo. Preocupamo-nos com o seu estado, porque o filho, que havia recebido orientação religiosa na infância, após o meu retorno passou por várias vicissitudes e, em razão do segundo matrimônio de Victor, meu marido, com uma jovem sem formação cristã, o menino terminou por abandonar a fé e, na idade adulta, aderiu ao materialismo, deixando que nele se desenvolvessem os sentimentos ateus, agressivos e amargos. Um câncer recente minou-lhe o organismo e, agora, sem qualquer apoio de ordem íntima, por falta de estrutura espiritual, debate-se na revolta, percebendo a chegada da hora final no corpo...” A genitora, respondendo a uma pergunta de Miranda, disse que intercedera pelo filho, por quem orava, buscando socorrê-lo, reconhecendo, contudo, que somente podemos ajudar com êxito a quem se ajuda... “Temos orado, buscado socorrê-lo e, graças a essas providências a situação não se lhe fez pior”, acrescentou a senhora Frida, que, nesse ponto da conversa, aludiu ao tema reencarnação, explicando a Miranda não ter ainda constatado a legitimidade desse conceito. “Estamos informadas – disse ela – que algumas almas são promovidas ao reino e que outras voltam a repetir o estágio terreno, mas, confessamos que não o compreendemos totalmente. De nossa parte, estamos completando o nosso período purgatorial, que, francamente, é melhor do que supúnhamos, a fim de sermos transferidas, como aconteceu com vários amigos, que foram mudados de nossa região por determinação superior.” (Loucura e Obsessão, cap. 21,  pp. 278 e 279.) 

134. Cada ser galga os degraus do progresso com as próprias forças – Miranda ficou surpreendido ante o desconhecimento da realidade espiritual de que davam mostras as amigas. É verdade que não fora aquela a primeira constatação desse fato. No entanto, quarenta anos de desencarnação eram tempo suficiente para uma mudança de atitude mental; daí a estranheza. Confirmavam-se, desse modo, as palavras de Felinto. Miranda contemplou-as então, percebendo-as confiantes e seguras nas suas convicções, mas nada disse, exceto que iria orar pelo feliz despertar de Henrique, o filho de Frida, após o transe da desencarnação. Dito isto, elas se despediram e seguiram em frente. Felinto, que acompanhara o diálogo, compreendendo o embaraço de Miranda, socorreu-o, dizendo: “Não há violência, como esclareci há pouco, no processo evolutivo de ninguém. Cada ser galga o degrau do progresso com as próprias forças, embora os estímulos e auxílios que receba. Nossas irmãs, como se pôde constatar, vêm de um passado espiritual com profundas fixações católicas. Apesar dos largos anos que lhes assinalam a desencarnação, mantêm-se vinculadas aos antigos conceitos, que irão superando através do tempo. Poder-se-á argumentar que, em se considerando a situação de Espíritos sem o envoltório material, seria fácil explicar-lhes, com clareza, a realidade na qual ora se movimentam. Todavia, se assim se procedesse, antigas ocorrências que lhes marcaram o estágio na Erraticidade seriam recordadas a prejuízo delas mesmas e da sua paz. Como são diligentes e operosas, devotadas ao bem e assinaladas por uma fé honesta, adquirem títulos de enobrecimento e maturidade para as experiências mais felizes na área da renovação espiritual, no futuro”. Miranda compreendeu, então, que Felinto o havia convidado ao passeio para demonstrar-lhe, com o fato, a legitimidade dos conceitos emitidos na conversação que tiveram, minutos antes, em casa de Anselmo. (Loucura e Obsessão, cap. 21,  pp. 279 a 281.) 

135. O socorro imediato é a primeira providência ante o desespero – A vivência do conhecimento, diz Miranda, é de suma importância para a real aquisição dos valores iluminativos que enobrecem o Espírito. Em razão disso, por mais respeitável seja o teórico, os seus conceitos, não experimentados na prática, tornam-se adorno intelectual para a própria vaidade, sem que se revelem úteis para quem padeça urgente necessidade de recurso que solucione os desafios à frente. O universo de cada ser humano prossegue vasto, para ser adentrado mesmo pelos profissionais das Ciências da alma. A identificação das causas dos fenômenos e episódios que ora ocorrem exige, além da habilidade do terapeuta, um seguro conhecimento da reencarnação, para se penetrar com equilíbrio nesse cosmo e, sem violência, auxiliar o paciente a deslindar-se das constrições a que se encontre atado. Ocorrências de hoje procedem dos fatores ocultos no ontem, que desencadearam as reações só agora aparecidas. Ansiedades e frustrações, afetos e animosidades, calma e pavor, confiança e suspeita, inquietação e segurança, que se manifestam no comportamento do indivíduo, têm a sua gênese, às vezes, na atual existência; todavia, na sua quase totalidade, são efeitos de ocorrências pretéritas, que o tempo arquivou na memória perispiritual, mas não consumiu. São semelhantes às ramas verdejantes que surgem à flor do solo, presas a tubérculos volumosos, que crescem e se desenvolvem ocultos, nas camadas inferiores da terra, e cuja vida aumenta, enquanto cessa a que permanece na superfície. No inconsciente, é certo, jazem muitos fatores que desencadeiam os episódios desconcertantes, decorrentes das vivências anteriores que o Espírito conheceu e registrou na memória extracerebral. Na área moral, são idênticos os acontecimentos: conforme a conduta numa fase, cada qual avança para os resultados que se manifestarão noutra. Ali, na humilde Casa da Caridade, dirigida por irmã Emerenciana, renovavam-se conceitos antes não vivenciados, ao contato de vidas em estiolamento que ressurgiam ao toque da palavra iluminada pelo amor, de que a Mentora se fazia instrumento. Miranda sabia, por experiência própria, que a primeira providência ante o desespero é a do socorro que restaura o equilíbrio, para depois auxiliar na técnica de remoção da causa danosa ou, pelo menos, enfrentá-la. E era o que, na Casa, sabiamente se fazia. (Loucura e Obsessão, cap. 22,  pp. 282 e 283.) 

136. Pessoas de todas as classes sociais recorrem aos Espíritos – Os casos que chegavam até irmã Emerenciana eram muitos e diversificados. Temperamentos forjados na revolta buscavam-lhe o recurso espiritual para revides e vinganças; sentimentos destroçados recorriam-lhe à ajuda para aquisições atormentadas; mentes desalinhadas pediam-lhe meios para cometimentos infelizes; esperanças mortas chegavam-lhe, desinteressadas pelo prosseguimento da vida; criminosos em potencial acercavam-se aguardando estímulo para a ação covarde, e ela a todos atendia, confortando-os e encorajando-os para a luta, sem defraudar-lhes a confiança, ministrando, porém, o auxílio conforme a real necessidade de cada um e a sua capacidade pessoal de entendimento e de digestão emocional. Socorrendo-os, mudavam-se-lhes as disposições íntimas, iluminavam-se-lhes os semblantes, reconfortavam-se. É certo que não resolvia os problemas apresentados, pois que estes são heranças pessoais, intransferíveis, sendo injusto e desaconselhável tentar fazê-lo. Contudo, predispunha aqueles que se lhes encontravam envolvidos a lutar pela solução, a não abandonar o esforço. À Casa acorriam também pessoas bem situadas no mundo, os que se consideravam ou eram tidos como poderosos, buscando amparo e diretriz... E a irmã Emerenciana atendia a todos, de forma natural, porquanto não havia ali privilegiados nem mais aquinhoados, e sim necessitados, que eram tratados com idêntica deferência afetiva, sem afetação, nem destaque, sem indiferença, nem desrespeito. Aliás, era assim que Jesus agia: nem consideração excessiva, nem desprezo pelos homens de destaque. Ele os via e atendia com igualdade, pois que neles identificava o Espírito realizando transitória experiência no seu processo evolutivo. Vendo tais personalidades naquele meio – fato que recriminava quando encarnado –, Miranda compreendia agora que, sendo todos nós Espíritos, traziam aquelas pessoas, em novo tentame evolutivo, as raízes fixadas naquele terreno espiritual, onde se completavam emocionalmente, retornando às origens, sem os pruridos que a vaidade e a soberba revelam nos fracos morais e a pretensão encarcera nas malhas da vacuidade. É que – afirma Miranda – o grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora. (Loucura e Obsessão, cap. 22,  pp. 283 a 285.) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita