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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 385 - 19 de Outubro de 2014

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 

 

Teria acontecido?


Na revista VEJA, edição 2390 de 10 de setembro de 2014, páginas 80 a 83, encontramos uma reportagem intitulada COMO SE PERDE UM FILHO PARA O TERROR.

Vejamos um trecho: “Ao pai e à mãe de Nicolas, seu filho fez uma operação explosiva com um caminhão no vilarejo inimigo de Homs. Que Deus o aceite como mártir”.

Essa a mensagem que os pais receberam escrita em francês, foi enviada para Dominique Bons, de 60 anos, em dezembro passado. Apenas cinco meses antes, ela fora pega de surpresa ao ver o filho Nicolas, de 30 anos, em um vídeo na internet em que afirmava ser membro do grupo terrorista Estado Islâmico.

“Conhecido como um garoto calmo que jogava bola como atacante, gostava de andar de bicicleta e cuidava bem da avó de 88 anos, Nicolas começou a estudar o Corão por conta própria. Converteu-se em 2010. A mãe, que vive em Toulouse, no sul da França, é ateia e conversava esporadicamente com o filho sobre religião.”

Não sabemos o que se passou pela cabeça dessa mãe ao tomar conhecimento da morte trágica do filho nessas circunstâncias, mas coração de mãe é sempre coração de mãe: não fica insensível diante da morte de um filho em nenhuma condição, muito menos na descrita na reportagem.

O jovem teria tomado essa decisão ou seguido esse rumo optando pelo extremismo, se a mãe não fosse ateia e conversasse com ele sobre o lado espiritual da vida que extrapola as aparências transitórias do mundo físico representado pela fugaz realidade que conseguimos enxergar? Se não podemos afirmar que sim, também não podemos negar tal possibilidade.

Esse fato nos lembra um acontecimento vivenciado por Chico Xavier, tempos antes de seu corpo começar a apresentar graves problemas cardíacos, levando-o a reduzir o seu contato mais direto com o público que o procurava como a última esperança de encontrar a vida onde a morte se fizera presente. Num determinado dia, uma mãe desesperada o procurou em busca de alguma migalha de consolo. Sua dor extrapolava tudo o que Chico já havia visto até então. Essa mãe demonstrava tal desespero que o Chico afirmou que nunca tinha presenciado tamanha dor em uma pessoa. O casal era materialista e gozava de projeção na sociedade. O único filho que tinham havia cometido suicídio dentro da própria casa. Esse jovem acreditava em Deus. Procurava conversar com os pais sobre a salvação oferecida por Jesus de acordo com a concepção religiosa que ele possuía. Tudo em vão. Para os pais ateus, não havia espaço para o diálogo sobre o assunto. Num determinado dia o moço presenciou, na hora do almoço, uma discussão entre o casal. Mais uma vez procurou falar sobre Jesus não tendo sido escutado. Levantou-se da mesa, foi até ao quarto do pai que portava uma arma dentro desse local da residência e desferiu um tiro letal contra o próprio crânio. O Espírito que animara o corpo precocemente ceifado em sua existência não tinha condições de comunicar-se. Chico tentou de todas as maneiras dizer àquele coração materno as palavras de consolo que a gravidade do fato comportava. Entretanto, a aridez do terreno emocional, provocada pela descrença em algo além dos valores materiais, encontrava tremenda dificuldade em receber o socorro de que aquela senhora tanto necessitava.

Novamente a pergunta inicial volta à tona: a conversa amiga com o filho teria evitado o lamentável suicídio que aqueles pais presenciaram dentro do próprio lar? Provavelmente sim. Só que agora era tarde. O fato estava consumado. O que a consciência daquela mãe e daquele pai pode ter cobrado de cada um, somente eles mesmos poderiam descrever.

Quantos casos mais a vida se nos apresenta de descaminhos tomados por jovens, pela falta de uma estrutura e de uma orientação que extrapole os valores materiais fornecidos dentro do próprio lar que os recebe na atual reencarnação?

Os filhos não retornam como enfeites dessa ou daquela casa, ou para a realização reprodutiva desse ou daquele homem ou mulher. São filhos de Deus aos quais confeccionamos um uniforme para que estagiem na escola da Terra. Na verdade, são nossos irmãos que retornam a um novo corpo através da nossa participação como cocriadores juntos à Providência Divina. O que temos feito com essa enorme responsabilidade que um dia aceitamos assumir? Quantos casais não perdem os filhos para as drogas, para o mundo de crimes os mais variados ou para o próprio materialismo por falta de um diálogo mais aberto e amplo sobre os valores materiais transitórios e a realidade espiritual que a todos aguarda?

Que nunca tenhamos que responder diante de nossa própria consciência se isso ou aquilo que desabone um de nossos filhos tenha ocorrido por omissão nossa junto à sagrada missão de encaminhá-los melhorados à Casa do Pai.


 

 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita