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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 385 - 19 de Outubro de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 32)

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. Foi o brusco afastamento do seu obsessor que determinou o falecimento de Alberto. Casos assim são comuns?

Sim. Respondendo a essa questão, Dr. Bezerra de Menezes disse: “Muito mais constante do que se pode imaginar. A minha primeira experiência, nessa área, ocorreu quando me encontrava na Terra. Compreendo a dor dos pais de Alberto, porquanto minha esposa e eu a sofremos nos recônditos da alma, quando um ser querido nosso e nós e seus familiares passamos por idêntico transe. Sensibilizado pelas nossas lágrimas, num diálogo que mantivemos com alguém que fora prejudicado pelo nosso amigo querido e que se lhe convertera em inclemente cobrador, ao suplicar que se compadecesse de todos nós, ele anuiu, após demorada conversação, porém nos alertou: ‘Sem mim, ele morrerá, tanto depende a sobrevivência do seu corpo do teor de energias que lhe forneço...’  E, prometendo não mais retornar para o seu lado, aconteceu a ruptura dos liames físicos do rapaz, que desencarnou...”. (Loucura e Obsessão, cap. 20,  pp. 265 e 266.)

B. Por que o enfermo não resiste à separação brusca do obsessor?  

Eis a explicação dada por Dr. Bezerra: “Interrompendo-se, repentinamente, o concurso desse fator energético, o perispírito do hospedeiro sofre abalo violento e os seus centros vitais se desajustam, refletindo-se no sistema retículo-endotelial e nos gânglios linfáticos, que respondem, no plasma sanguíneo, pelo surgimento das hemácias e dos leucócitos, dos trombócitos, macrófagos e linfócitos que são o resultado de incontáveis grupamentos que se originam nos laboratórios complexos e extraordinários do baço, da medula óssea, do fígado e de todo o conjunto ganglionar... O organismo físico se desarmoniza, e a mente em desconcerto nada pode fazer em favor do reajuste e funcionamento das peças celulares, ocorrendo a expulsão do Espírito encarnado...”. (Loucura e Obsessão, cap. 20,  pp. 266 e 267.) 

C. Por que a morte prossegue gerando tantos dissabores e infortúnios entre as pessoas?  

Não possuindo os homens a visão correta sobre a realidade da vida, geralmente investem no corpo e nos objetivos imediatos da existência física o máximo de valores, esquecendo-se de colocar na sua planificação a inevitável ocorrência da desencarnação. Como consequência, quando deparam com essa fatalidade, são tomados, quase sempre, de estupor ou desespero, de amargura ou revolta. É por isso que, ao interromper os programas estabelecidos, a morte propicia frustração e amargura naqueles que permanecem no corpo, em razão das conjunturas em que se encontram. O egoísmo fá-los anelar pela permanência física dos seres queridos, ainda que enfermos ou limitados, sem que sejam consideradas as bênçãos que os aguardam após a libertação. São poucos os que lembram que, do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar de onde viemos, antes da reencarnação. (Loucura e Obsessão, cap. 21,  pp. 268 a 270.)

Texto para leitura 

125. No velório – Durante o velório de Alberto foram chegando familiares e amigos para os cumprimentos de solidariedade, sendo que alguns, lamentavelmente, perturbavam o clima espiritual na câmara mortuária. Não fossem a presença dos Benfeitores espirituais e as preces sinceras de algumas pessoas sensatas, a irresponsabilidade, o descaso e o desrespeito pela dor dos pais, por parte desses visitantes, teriam atraído Espíritos perniciosos e exploradores das energias finais do corpo. Companheiros da Casa espírita, que Anselmo dirigia, vieram auxiliar a família com o apoio fraternal e a prece de intercessão amorosa, e, minutos antes da saída do féretro, Anselmo, visivelmente inspirado por Emerenciana, propôs-se a dizer algumas palavras, que captaram a atenção dos presentes. Em sua alocução, após reportar-se à felicidade que domina o prisioneiro que se liberta, ao reencontrar os que o precederam na viagem ao país da luz, o genitor dirigiu-se a Alberto, que, embora não captasse as palavras, naquele momento, sentia-as como ondas sucessivas de harmonia e bem-estar. Depois que o féretro partiu, Miranda e outros Espíritos seguiram, sob a direção do Dr. Bezerra, ao Hospital-Colônia, na esfera espiritual, onde Alberto ficaria por algum tempo internado. (Loucura e Obsessão, cap. 20,  pp. 263 e 264.) 

126. Casos como o de Alberto são bastante comuns – Concluída essa etapa, Miranda perguntou ao Dr. Bezerra se esse fato – a desencarnação do enfermo em razão do afastamento do obsessor – era frequente. O Benfeitor respondeu: “Muito mais constante do que se pode imaginar. A minha primeira experiência, nessa área, ocorreu quando me encontrava na Terra. Compreendo a dor dos pais de Alberto, porquanto minha esposa e eu a sofremos nos recônditos da alma, quando um ser querido nosso e nós e seus familiares passamos por idêntico transe. Sensibilizado pelas nossas lágrimas, num diálogo que mantivemos com alguém que fora prejudicado pelo nosso amigo querido e que se lhe convertera em inclemente cobrador, ao suplicar que se compadecesse de todos nós, ele anuiu, após demorada conversação, porém, nos alertou: ‘Sem mim, ele morrerá, tanto depende a sobrevivência do seu corpo do teor de energias que lhe forneço...’  E, prometendo não mais retornar para o seu lado, aconteceu a ruptura dos liames físicos do rapaz, que desencarnou...” – “E como se dá a desencarnação, nesses casos?”, indagou Miranda. – “Sabemos – esclareceu Dr. Bezerra – que o perispírito é o corpo que transmite ao soma o indispensável para a sua manutenção. Sendo a parasitose obsessiva o resultado da ligação do perispírito do encarnado com o do Espírito, o intercâmbio de energias faz-se automaticamente. Ora, à medida que se torna mais acentuado o intercâmbio fluídico, a energia invasora passa a influenciar as células sanguíneas e as histiocitárias, que começam a produzir anticorpos e defesas imunológicas no nível que lhes corresponde, alterando o equilíbrio fisiopsicossomático do paciente. Às vezes, aquela energia deletéria facilita a invasão bacteriana, favorecendo a instalação de vários processos patológicos de efeitos irreversíveis, que encontram apoio na consciência culpada.” (Loucura e Obsessão, cap. 20,  pp. 265 e 266.) 

127. Porque o enfermo não resiste à separação brusca do obsessor – Feita ligeira pausa, Dr. Bezerra prosseguiu: “Interrompendo-se, repentinamente, o concurso desse fator energético, o perispírito do hospedeiro sofre abalo violento e os seus centros vitais se desajustam, refletindo-se no sistema retículo-endotelial e nos gânglios linfáticos, que respondem, no plasma sanguíneo, pelo surgimento das hemácias e dos leucócitos, dos trombócitos, macrófagos e linfócitos que são o resultado de incontáveis grupamentos que se originam nos laboratórios complexos e extraordinários do baço, da medula óssea, do fígado e de todo o conjunto ganglionar... O organismo físico se desarmoniza, e a mente em desconcerto nada pode fazer em favor do reajuste e funcionamento das peças celulares, ocorrendo a expulsão do Espírito encarnado... No processo desencarnatório de Alberto, contribuímos em seu favor, considerando-se toda a carga de dor que aceitou antes da reencarnação, desejoso de recuperar-se, e tendo em vista os valores morais granjeados  pelos pais e a ele oferecidos em razão do imenso amor que os vincula. Ele fora mau e traidor para aquele que lhe padeceu a sanha; entretanto, possuía valores positivos que ofereceu a outros tantos que lhe passaram a amar. Ninguém há, tão ruim, que a alguém não ame. E quando este amor parece não existir, encontrá-lo-emos soterrado sob os escombros das ilusões e dores, que diversas circunstâncias avolumaram ao longo do percurso evolutivo. Eis por que o nosso sentimento de amor não deve cessar de crescer; tampouco, jamais desfalecer ante quaisquer circunstâncias ou acontecimentos diversos. O amor é luz que se não deve apagar nunca”. Miranda perguntou, então, se Dr. Bezerra havia encontrado no mundo espiritual o rapaz a quem se referira. “Sim, ele nos aguardava: à família e a nós”, respondeu o Mentor. “Convivemos sob as bênçãos do Senhor, por vários anos. Logo depois, aceitando o desafio do progresso, que não cessa, e convidado a crescer pelo amor de Deus, voltou à Terra, onde hoje se encontra reencarnado, junto a quem prejudicara antes e que, por sua vez, o prejudicou – liberando, a fim de que a fraternidade, o desprendimento e a ação do bem a ambos eleve e integre no organismo coletivo do amado planeta que nos constitui colo materno, e que deveremos promover a ‘mundo de regeneração’, portal da felicidade sem dor, nem mágoa, nem pesar.” (Loucura e Obsessão, cap. 20,  pp. 266 e 267.) 

128. Até para morrer é preciso, muitas vezes, possuir merecimento – A morte, examinada do ponto de vista terrestre – assevera Miranda –, prossegue sendo a grande destruidora da alegria e da esperança, que gera dissabores e infortúnios entre os homens. Interrompendo os programas estabelecidos, propicia frustração e amargura naqueles que permanecem no corpo, em razão das conjunturas em que se encontram. Não possuindo os homens a visão correta sobre a realidade da vida, investem no corpo, e nos objetivos imediatos da existência física, o máximo de valores, esquecendo-se de colocar na sua planificação a inevitável ocorrência da desencarnação. Como consequência, quando deparam com essa fatalidade, são tomados, quase sempre, de estupor ou desespero, de amargura ou revolta. O egoísmo fá-los anelar pela permanência física dos seres queridos, ainda que enfermos ou limitados, sem que sejam consideradas as bênçãos que os aguardam após a libertação. Ocorre que, do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede, antes da reencarnação. Desse modo, em expressivo número de vezes, para morrer é necessário possuir merecimento. Foi, de certo modo, o que sucedeu com Alberto. Concluída a prova expiatória, ressarcido seu débito, ele recebeu o aval para a libertação, e o conhecimento da vida espiritual pelos seus genitores facultou a aceitação e o consolo em torno da ocorrência, evitando-se dramas pungentes, que somente complicariam a situação. Internado Alberto no Hospital-Colônia, Felinto e Miranda permaneceram na casa de Anselmo e D. Clotilde, intentando preservar o clima de paz e resguardá-la da surtida de Entidades viciosas ou perversas. Eles puderam então acompanhar o diálogo que se travou entre os pais saudosos do filho que partira. “Não lhe parece bom – indagou Anselmo –, agora que o nosso filho se encontra em liberdade, que nos aproveitássemos deste momento para homenageá-lo, repartindo com os necessitados tudo aquilo que lhe pertenceu, enquanto esteve conosco?” D. Clotilde, colhida de surpresa, respondeu: “Já?! Não poderíamos deixar isso para mais tarde? Eu gostaria de preservar o quarto do meu filho, guardar os seus pertences, manter o ambiente conforme ele o deixou...” Anselmo replicou: “Parece-me medida carinhosa, incompatível, no entanto, com aquilo que temos aprendido, com o que já sabemos. Tornar útil para os carentes o que ficaria morto em armários fechados, favorecer os necessitados com aquilo que permaneceria como adorno sem sentido, creio, é o mais expressivo testemunho de amor ao nosso filho, fazendo que a sua morte estimule a vida e a sua libertação propicie felicidade a quantos experimentam penúria, que o bendirão, agradecendo-lhe o socorro...” (Loucura e Obsessão, cap. 21,  pp. 268 a 270.) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita