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Estudando a série André Luiz
Ano 8 - N° 384 - 12 de Outubro de 2014
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Mecanismos da Mediunidade

André Luiz

(Parte 41)

Damos prosseguimento ao estudo sequencial do livro Mecanismos da Mediunidade, obra de autoria de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1960 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Que fato se segue ao fenômeno da hipnose profunda?

Escapa-se abundantemente do tórax do “sujet”, caído em transe, um vapor branquicento que, em se condensando qual nuvem inesperada, se converte – habitualmente à esquerda do corpo carnal – numa duplicata dele próprio, quase sempre em proporções ligeiramente dilatadas. Conforme o potencial da vontade que o dirige, o sensitivo, desligado da veste física, passa a movimentar-se e, ausentando-se muita vez do recinto da experiência, atendendo a determinações recebidas, pode efetuar apontamentos a longa distância ou transmitir notícias, com vistas a certos fins. (Mecanismos da Mediunidade, cap. XXI, pp. 137 e 138.)

B. Se pudéssemos observar o “sujet” desprendido do corpo físico, que é que veríamos?

Vê-lo-íamos ligado constantemente ao corpo somático por um fio tenuíssimo, fio este muito superficialmente comparável, de certo modo, à onda do radar, que pode vencer imensuráveis distâncias, voltando, inalterável, ao centro emissor. Nessa fase, o paciente executa as ordens que recebeu, desde que não constituam desrespeito evidente à sua dignidade moral, trazendo informes valiosos para as realidades do Espírito. Enquanto o corpo físico detém-se, imóvel, a individualidade real, embora teleguiada, evidencia plena integridade de pensamento, transmitindo, de longe, avisos e anotações através dos órgãos vocais, em circunstâncias comparáveis aos implementos do alto-falante, num aparelho radiofônico. (Obra citada, cap. XXI, pp. 137 e 138.)

C. Que ocorre durante o sono de uma pessoa de evolução inferior?

Como se dá com o animal de evolução superior, no homem de evolução positivamente inferior o desdobramento da individualidade, por intermédio do sono, é quase que absoluto estágio de mero refazimento físico. Nesse caso, o sonho será invariável ação reflexa de seu próprio mundo consciencial ou afetivo. (Obra citada, cap. XXI, pp. 139 a 141.) 

Texto para leitura 

127. Desdobramento no sono artificial – No fenômeno da hipnose profunda entre o magnetizador e o sensitivo, quem possa observar além do campo físico reparará, à medida que se afirme a ordem do hipnotizador, que se escapa abundantemente do tórax do “sujet”, caído em transe, um vapor branquicento que, em se condensando qual nuvem inesperada, se converte – habitualmente à esquerda do corpo carnal – numa duplicata dele próprio, quase sempre em proporções ligeiramente dilatadas. Conforme o potencial da vontade que o dirige, o sensitivo, desligado da veste física, passa a movimentar-se e, ausentando-se muita vez do recinto da experiência, atendendo a determinações recebidas, pode efetuar apontamentos a longa distância ou transmitir notícias, com vistas a certos fins. Seguindo-o, vê-lo-emos, porém, ligado constantemente ao corpo somático por fio tenuíssimo, fio este muito superficialmente comparável, de certo modo, à onda do radar, que pode vencer imensuráveis distâncias, voltando, inalterável, ao centro emissor, não obstante sabermos que semelhante confronto resulta de todo impróprio para o fenômeno que estudamos no campo da inteligência. Nessa fase, o paciente executa as ordens que recebeu, desde que não constituam desrespeito evidente à sua dignidade moral, trazendo informes valiosos para as realidades do Espírito. Enquanto o corpo físico detém-se, imóvel, a individualidade real, embora teleguiada, evidencia plena integridade de pensamento, transmitindo, de longe, avisos e anotações através dos órgãos vocais, em circunstâncias comparáveis aos implementos do alto-falante, num aparelho radiofônico. À semelhança do fluxo energético da circulação sanguínea, a onda mental é inestancável no Espírito. Esmaecem-se as impressões nervosas e dorme o cérebro de carne, mas o coração prossegue ativo, no envoltório somático, e o pensamento vibra, constante, no cérebro perispirítico. (Cap. XXI, pp. 137 e 138.)

128. Desdobramento no sono natural – Na maioria das situações, a criatura ainda aparentada com a animalidade primitivista tem a mente como que voltada para si mesma, em qualquer expressão de descanso, tomando o sono para claustro remansoso das impressões que lhe são agradáveis, qual criança que, à solta, procura simplesmente o objeto de seus caprichos. Nesse ensejo, ela configura na onda mental que lhe é característica as imagens com que se acalenta, sacando da memória a visualização dos próprios desejos, imitando alguém que improvisasse miragens, na antecipação de acontecimentos a cuja concretização aspira. Atreita ao narcisismo, tão logo demande o sono, quase sempre se detém justaposta ao veículo físico, como acontece ao condutor que repousa ao pé do carro que dirige, entregando-se à volúpia mental com que alimenta os próprios impulsos afetivos, enquanto a máquina se refaz. Ensimesmada, a alma, usando os recursos da visão profunda – localizada nos fulcros do diencéfalo –, plenamente desacolchetada do corpo carnal, por temporário desnervamento, não apenas se retempera nas telas mentais com que preliba satisfações distantes, mas experimenta de igual modo o resultado dos próprios abusos, suportando o desconforto das vísceras injuriadas por ela mesma ou a inquietação dos órgãos que desrespeita, quando não padece a presença de remorsos constrangedores, à face dos atos reprováveis que pratica, porquanto ninguém se livra, no próprio pensamento, dos reflexos de si mesmo. (Cap. XXI, pp. 138 e 139.)

129. Sono e sonho – Qual ocorre ao animal de evolução superior, no homem de evolução positivamente inferior o desdobramento da individualidade, por intermédio do sono, é quase que absoluto estágio de mero refazimento físico. No primeiro, em que a onda mental é simplesmente fraca emissão de forças fragmentárias, o sonho é puro reflexo das atividades fisiológicas. No segundo, em que a onda mental está em fase iniciante de expansão, o sonho, por muito tempo, será invariável ação reflexa de seu próprio mundo consciencial ou afetivo. Evolui, no entanto, o pensamento na criatura que amadurece, espiritualmente, através da repercussão. Como no caso do sensitivo que, fora do envoltório físico, vai até ao local sugerido pelo magnetizador, tomando-se a ordem determinante da hipnose artificial pelo reflexo condicionado que lhe comanda as ideias, a criatura na hipnose natural, fora do veículo somático, possui no próprio desejo o reflexo condicionado que lhe circunscreverá o âmbito da ação além da roupagem fisiológica, alongando-se até ao local em que se lhe vincula o pensamento. O homem do campo, no repouso físico, supera os fenômenos hipnagógicos e volta à gleba que semeou, contemplando aí, em Espírito, a plantação que lhe recolhe o carinho. O artista regressa à obra a que se consagra, mentalizando-lhe o aprimoramento. O espírito maternal se aconchega ao pé dos filhinhos que a vida lhe confia. O delinquente retorna ao lugar onde se encarcera a dor do seu arrependimento. Atravessada a faixa das chamadas imagens eutópticas, exteriorizam de si mesmos os quadros mentais pertinentes à atividade em que se concentram, com os quais angariam a atenção das Inteligências desencarnadas que com eles se afinam, recolhendo sugestões para o trabalho em que se empenham, embora, à distância do corpo físico, frequentemente procedam ao modo de crianças conduzidas ao ambiente de pessoas adultas, mantendo-se entre as ideias superiores que recebem e as ideias infantis que lhes são próprias, do que resulta, na maioria das vezes, o aspecto caótico das reminiscências que conseguem guardar, ao retornarem à vigília. Nesse estágio evolutivo permanecem milhões de pessoas – representando a faixa de evolução mediana da Humanidade –, rendendo-se, cada dia, ao impositivo do sono ou hipnose natural de refazimento, em que se desdobram, mecanicamente, entrando, fora do indumento carnal, em sintonia com as entidades que se lhes revelam afins, tanto na ação construtiva do bem, quanto na ação deletéria do mal, entretecendo-se-lhes o caminho da experiência necessária à sublimação do porvir. (Cap. XXI, pp. 139 a 141.) 

Glossário

Diencéfalo – Parte do cérebro situada entre o prosencéfalo (porção anterior do cérebro) e o mesencéfalo (porção mediana do cérebro).

Eutóptica – O que é gerado por nossa imaginação ou em consequência de mecanismos psicológicos.

Hipnagógico - Diz-se das alucinações e visões que se têm ao cair no sono.

Hipnose – Psiq. Estado mental semelhante ao sono, provocado artificialmente, e no qual o indivíduo continua capaz de obedecer às sugestões feitas pelo hipnotizador. Fig. Modorra, sonolência, torpor.

Reflexo condicionado Psicol.  Resposta condicionada. Ação independente da vontade que se segue, de imediato, a uma excitação externa.




 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita