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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 381 - 21 de Setembro de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 28)

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. Dizendo enfaticamente ser inocente, Aderson, em questão de minutos, admitiu sua culpa. Que fato o motivou a fazê-lo?

Como ele insistisse em declarar-se sem culpa, D. Emerenciana convidou-o a assistir a alguns lances de sua última existência corporal, selecionados para aquele momento. Em seguida, a um sinal da Diretora, uma fita gravada foi posta em um aparelho e as imagens passaram a refletir-se em uma tela de média proporção, com uma peculiaridade especial: a da terceira dimensão. Foi o que bastou para que Aderson reconhecesse seus erros. (Loucura e Obsessão, cap. 18,  pp. 233 a 235.)

B. Que características apresentava aquele vídeo, a ponto de impressionar até o autor da obra em estudo?

Foi a primeira vez que Manoel P. de Miranda assistiu a uma experiência de avaliação do passado por meio de um equipamento tão sensível. Ele conhecia já o cinemascópio, as ideoplastias vivas, os clichês mentais que ressumavam dos depósitos profundos do perispírito, as evocações por indução telepática e as espontâneas, menos aquela técnica fascinante, em que a vida retornava esfuziante e se podia penetrar no íntimo dos fatos, que eram o emocional e o mental de cada personagem apresentada. É que, simultaneamente às imagens vivas, era possível captar os pensamentos de cada momento, antes e durante a ação nefasta, que se irradiava de sua mente maldosa, enquanto as cenas se sucediam na tela. (Obra citada, cap. 18, pp. 235 a 237.)

C. A prática da regressão de memória, como a utilizada no caso de Aderson, apresenta perigo?

Anteriormente, Dr. Bezerra de Menezes havia dito que sim, que seria inútil ou perigoso aplicar essa terapia em casos como o de Aderson. Por que então a regressão de memória fora utilizada? Dr. Bezerra explicou: “Referíamo-nos, então, à terapêutica de tal natureza, porém, sob indução de um encarnado. A dificuldade maior, de início, seria a do autista não responder aos estímulos verbais do indutor. Além dessa, o desconhecimento da causa, por parte do mesmo, que o paciente se negava a admitir, não lograria arrebentar a parede invisível que o Espírito erguera, para esconder a culpa não aceita, embora existente no inconsciente profundo”. Dito isso, Dr. Bezerra esclareceu que esse excelente método não produz resultados positivos em toda e qualquer psicopatologia, e, se tal ocorresse, estaríamos diante de um fenômeno violador do equilíbrio das Leis de Causa e Efeito. É preciso, pois, cautela em sua utilização. (Obra citada, cap. 18,  pp. 239 e 240.)

Texto para leitura

109. Aderson desabafa afinal, mas se declara inocente – Irmã Emerenciana aplicou-lhe passes de dispersão fluídica, desintoxicando-o, numa tentativa de arrancá-lo do estado de hibernação profunda, no qual se recolhera buscando esconder-se da própria consciência. “Este é o dia do seu reencontro”, afirmou-lhe a Mentora. “Você tem compromisso com a vida e não poderá ficar, indefinidamente, detido na inconsciência. Todos conhecemos a sua história, que você se recusa a admitir. Você é suicida, que devia à existência física vários anos que não cumpriu. Você matou o corpo, mas não morreu...” As palavras finais ditas por Emerenciana foram repetidas: “Você matou o corpo, no entanto, continua vivendo. Recorde-se, Aderson... Suicida, você é suicida!” O choque produzido pela voz enérgica, numa indução poderosa, fez o Espírito agitar-se e, rompendo uma cadeia de forças que o imobilizavam, reagir, possesso: “Não!... Não me matei!... Eu nem esperava... ou queria morrer... naquele dia... Não me matei!...” A Benfeitora, aliviada por haver arrancado o rapaz daquele mundo cruel de silêncio e mumificação, prosseguiu: “Matou, sim, o corpo, mediante os tóxicos que você ingeriu ao largo do tempo, como decorrência do seu egoísmo e dos monstros a que deu guarida em seu mundo mental. Fora outro o seu comportamento, e viveria mais um decênio no corpo físico. Que fez, porém? Agasalhou a inveja e a perversidade, distante dos sentimentos de humanidade, sem compaixão, nem amor. Viveu para si, acumulou mágoas e insensatez, enquanto a vida o invitava à fraternidade, ao serviço do bem”. Aderson desabafou, em convulsão: “Ninguém me amou!” Emerenciana, porém, afirmou-lhe que ele assim dizia porque nunca tinha amado. “Temia dar-se e invejava aqueles que se doavam uns aos outros”, explicou a Benfeitora. “Não acreditava em pureza, pois que vivia em clima mental de perversão e promiscuidade, observando a conduta dos seus irmãos através das lentes distorcidas da sua enfermidade moral.” Ato contínuo, a Diretora da Casa explicou que não dizia tais coisas em forma de acusação, mas, sim, para que ele enfrentasse os acontecimentos, a fim de deles se libertar, porque fugir de si mesmo ou anestesiar a consciência é experiência inútil, que ninguém consegue lograr. Aderson ouviu-a, mas insistiu em dizer-se inocente, o que obrigou Emerenciana a lembrar-lhe os vários crimes que lhe pesavam na consciência, cobrando reparação. “As suas vítimas – afirmou a Benfeitora – sucumbiram, não somente na trama difamatória, mas no suicídio a que você levou mais de uma... Portanto é homicida igualmente, não resolvendo o seu problema o autoaprisionamento no corpo.” Como Aderson insistisse em que suas vítimas não se mataram por sua causa, Emerenciana convidou-o a assistir a alguns lances de sua última existência corporal, selecionados para aquele momento. Em seguida, a um sinal da Diretora, a fita gravada foi posta no aparelho e as imagens passaram a refletir-se em uma tela de média proporção, com uma peculiaridade especial: a da terceira dimensão. (Loucura e Obsessão, cap. 18,  pp. 233 a 235.)

110. A visão dos seus crimes faz Aderson admitir sua culpa – Aderson se apresentava na chamada idade da razão, quando começou o expediente infeliz das cartas anônimas difamatórias e o hábito de levantar, verbalmente, suspeitas destrutivas contra quem lhe caía sob a alça-de-mira da inferioridade. Simultaneamente às imagens vivas, era possível captar os pensamentos de cada momento, antes e durante a ação nefasta, que se irradiava de sua mente maldosa. Era a primeira vez que Miranda assistia a uma experiência de avaliação do passado de alguém, através de um equipamento tão sensível. Ele conhecia já o cinemascópio, as ideoplastias vivas, os clichês mentais que ressumavam dos depósitos profundos do perispírito, as evocações por indução telepática, as espontâneas, menos aquela técnica fascinante, em que a vida retornava esfuziante e se podia penetrar no íntimo dos fatos, que eram o emocional e o mental de cada personagem apresentada. As cenas sucediam-se na tela em ritmo crescente, enquanto o enfermo balbuciava defesas injustificáveis, passando do desespero convulsivo à revolta e à blasfêmia, para ir-se aquietando, desperto, conscientizando-se da gravidade dos atos praticados. Foi o suicídio da jovem a quem difamara, mediante carta criminosa ao seu enamorado, que mais o afligiu. Aderson acompanhou-lhe a onda mental, as dores que precederam o autocídio, a sua infinita amargura, e, porque ela o sensibilizava afetivamente, ele rendeu-se, suplicando: “Parem com isso! Interrompam a peça condenatória. Não podia imaginar, no começo, que tudo chegaria a este ponto... Quando me entreguei a esta loucura, eu era e sou ainda mais infeliz do que as minhas vítimas. Eu me encontrava louco, e não podia, não me queria deter. A volúpia dos desgraçados é sorver até a última gota a própria degradação. Oh! Deus meu!” Emerenciana ouviu-o com atenção e, depois, lhe disse: “Agora que você sabe, reorganize-se interiormente e reprograme a sua atual existência. Você buscou o encarceramento orgânico para fugir sem resgatar... Use o expediente para beneficiar-se, começando a reparação das faltas cometidas. Até agora você expiou em trevas íntimas, o que não é suficiente para recompor-lhe a paz. Indispensável a ação que regulariza o erro e ajuda aos prejudicados, erguendo-os  de acesso ao bem-estar pessoal. E se as vítimas, ao acaso, já se encontram em posição melhor do que a sua, é a hora de socorrer a outrem, não diretamente vinculado a você, todavia incurso em necessidades que poderão ser supridas”. – “Que pode um alienado fazer?”, indagou Aderson. Dr. Bezerra aproximou-se, então, e com imensa bondade e sabedoria explicou que, após cuidadoso exame que fizera em seu cérebro físico, não encontrara lesões que o impediam de manter, a partir daquele momento, uma vida com relativa normalidade. “Os limites e bloqueios que você lhe impôs – afirmou Dr. Bezerra –, são de ordem psíquica profunda, sem equivalentes danos nos equipamentos especiais que por ela respondem. Partindo para uma nova ação de pensamentos lúcidos do eu espiritual, com insistência, os neurocensores passarão a captá-los e, lentamente, irão transformando-os em ideias que fluirão, irrigando a mente consciente e estimulando-a às atividades que oferecem o retorno ao equilíbrio psicofísico.” (Loucura e Obsessão, cap. 18,  pp. 235 a 237.)

111. O processo de reajustamento emocional é lento – O Médico dos Pobres explicou ao rapaz que, a princípio, ele teria apenas lampejos rápidos, seguidos, depois, de tênue claridade, até alcançar o possível que lhe fosse permitido, em razão de não serem muitos os seus títulos de merecimento. “Durante o sono fisiológico, porém – afirmou-lhe Dr. Bezerra –, você receberá, no processo de desdobramento da personalidade, estímulos novos e constantes para mais perfeita fixação de propósitos. Ser-lhe-ão aplicados recursos especiais no perispírito, na área do centro cerebral, despertando-lhe as potencialidades ainda bloqueadas, para que se destravem os controles da memória, da razão, prosseguindo, no centro motor, de modo a recoordenar os movimentos, reestruturando os equipamentos nervosos, que serão melhormente utilizados em favor da sua própria reabilitação. O estacionamento não resolve o problema, nem a fuga, estimulada pelo remorso, auxilia na solução das dívidas. Assim mesmo, não será de aguardar-se resultado miraculoso. O processo de reajustamento emocional é lento como qualquer outro tipo de reequilíbrio.” O Benfeitor explicou-lhe então que, à medida que sua consciência liberasse energias positivas, regular-se-iam os ritmos da onda mental responsável pela ação coordenada entre a afetividade e a segurança interior, canalizando as forças psíquicas para o restabelecimento relativo da saúde. “Da mesma forma que a culpa edificou a prisão sem grades do remorso em desconcerto – acrescentou o Mentor –, o desejo de recuperação rompe as amarras que o retêm no presídio celular. Como providência complementar de relevo, estas impressões permanecerão luarizando-o em nome da esperança, que consolidará o seu equilíbrio. Por fim, estas sessões regressivas serão repetidas algumas vezes, de forma que sejam aceitas as injunções do sofrimento reparador mediante as quais se lhe desanuviará a razão ante os desígnios da Justiça.” Dito isto, o Médico arrematou: “Do ponto de vista neurológico não detectamos qualquer lesão de consequência irreversível. As sequelas serão mais de ordem psicológica, como efeito dos desmandos perpetrados, do que de outra natureza”. Aderson, então, indagou: “E se eu falhar?” Dr. Bezerra respondeu: “Repetirá a experiência aflitiva, em condições menos favoráveis, já que não há exceção para ninguém, nos Estatutos Divinos. Pensar na possibilidade de fracasso é gerar insucesso por antecipação. O agricultor seleciona as sementes e as plantas, confiando nos fatores climatéricos que lhe escapam, sem pensar em derrota... Assim também, na ensementação do bem, a todos nos cumpre desenvolver esforços máximos dentro do que nos é lícito fazer, porquanto o restante pertence a Deus”. Lágrimas silenciosas perolaram os olhos do paciente, agora submisso e resignado, afirmando, sem palavras, os propósitos salutares da realização libertadora. Foram-lhe então aplicados novos recursos fluídicos e ele adormeceu, sendo reconduzido, em seguida, ao seu lar. (Loucura e Obsessão, cap. 18,  pp. 237 e 238.)

112. A reencarnação é a mais abençoada oportunidade de redenção da alma – Minutos depois, logo que se apresentou oportunidade, Miranda indagou ao generoso Médico: “O que tivemos foi uma regressão de memória, embora a técnica se fizesse diferente. Anteriormente, o senhor afirmara da inutilidade ou perigo, caso lhe fosse aplicada esta terapia. Por quê?” Dr. Bezerra ripostou: “Referíamo-nos, então, à terapêutica de tal natureza, porém, sob indução de um encarnado. A dificuldade maior, de início, seria a do autista não responder aos estímulos verbais do indutor. Além dessa, o desconhecimento da causa, por parte do mesmo, que o paciente se negava a admitir, não lograria arrebentar a parede invisível que o Espírito erguera, para esconder a culpa não aceita, embora existente no inconsciente profundo. Dissemos, também, que o excelente método de recente aplicação não produz resultados positivos, como é natural, em toda e qualquer psicopatologia: e, se tal ocorresse, estaríamos diante de um fenômeno violador do equilíbrio das Leis de Causa e Efeito. Os logros alcançados são muito valiosos, favorecendo a uma ampla faixa de alienados, como ocorre com o psicodrama e outras terapêuticas valiosas que proporcionam campo ao resgate dos erros sem o encarceramento do endividado.” Lembrando que nas civilizações mais avançadas da Terra a preocupação com o delinquente é reeducá-lo, e não só puni-lo, o Benfeitor aditou: “Entre nós, diante dos Soberanos Códigos, é mais importante reparar do que expungir em lágrimas, reedificar do que aprisionar nos estreitos limites da impiedade vingativa... O mais importante é destruir o mal, conquistando o homem que lhe sofre a injunção. O amor de Deus se manifesta sempre em mil oportunidades de redenção e a reencarnação é, dentro de todas, a mais abençoada”. “Convém recordar, porém – arrematou Dr. Bezerra –, que, mesmo reencarnado, o Espírito renasce ou morre diversas vezes, durante o ciclo da vilegiatura carnal. Isto é, cada novo erro que comete torna-se-lhe uma forma de morte da oportunidade feliz, enquanto que toda conquista significa-lhe um novo renascimento para a verdade e para o bem.” (Loucura e Obsessão, cap. 18,  pp. 239 e 240.) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita