WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Correio Mediúnico
Ano 8 - N° 381 - 21 de Setembro de 2014
 
 

 

Reencontro no Natal 

Irmão X

 

A Senhora M. C., funcionária dos Correios de grande metrópole, atendia à seleção da correspondência recolhida pela manhã, prelibando a festa marcada para a noite.

A véspera do Natal lhe surgia excitante. Encontro alegre de amigos.

Separada do marido, depois de dois anos, promovia o desquite. Com ele, deixara o filho único e os ideais mais lindos de mulher. Escolhera uma profissão, vencendo as dificuldades por si mesma.

Agia com as mãos e pensava: “Hoje, renovarei o caminho. Um sonho diferente. Afinal, estou livre e posso aceitar obrigações para com outro homem. Partirei, de hoje em diante, para a formação de novo lar. Já disse tudo a ele e ele me compreendeu. É um rapaz desquitado, sofrido quanto eu mesma”.

Enquanto isso, os dedos tateavam cartas e jornais. Quase mecanicamente, revisava nomes, carimbos, anotações.

Escolhia material, aqui e ali.

Em dado momento, um papel dobrado, sem envelope, lhe caiu aos pés. Apanhou-o. Uma folha simples com endereço com letras desajeitadas: “Para Jesus - No Céu”.

A funcionária examinou o pequeno e estranho documento e, porque estivesse claramente aberto, mergulhou-se na leitura, de modo a inteirar-se de como devia agir e devorou o conteúdo, palavra por palavra:

Querido Jesus...

Soube que o Senhor é quem distribui presentes para todos no Natal. Muita gente acredita no Papai Noel, mas tia Belinda me disse que Papai Noel é o Senhor mesmo.

Vou colocar esta carta na caixa do correio, pedindo uma coisa. Vou explicar.

Não queria que o Senhor me desse brinquedos, nem mesmo o automóvel que vi na loja.

Queria que o Senhor me trouxesse minha mãe.

O Senhor sabe que ela nos deixou porque sofria demais. De noite, quando meu pai chegava da rua, fechava a porta com força e xingava muito, porque havia tomado bebidas fortes. Dava pontapés nas cadeiras e depois avançava para ela querendo bater e, às vezes, até batia.

Mamãe chorava, abraçada comigo, mas, uma noite, ela saiu e não voltou mais.

Fiquei muito triste e papai também. Ele é bom para mim, mas quando bebe diz que eu não presto, que vai me levar para um asilo ou para o hospital.

Estou doente, querido Jesus, mas estou na escola. Quando é de noite, sinto frio e tenho muita tosse. Tia Belinda e Dona Silvana cuidam de mim, mas não é a mesma coisa que minha mãe.

O Senhor poderá encontrar mamãe e trazê-la.

Se o Senhor falar com ela que estou doente, sem dormir de noite e tomando remédios, sei que ela virá.

Querido Jesus, não precisa mandar brinquedos nem bombons como no ano passado.

Traga mamãe para mim.

A Senhora M. C. leu a assinatura engasgada de emoção.

Chegara-lhe às mãos a missiva do filhinho de oito anos.

Recompunha o rosto, lavado em pranto, quando foi chamada ao telefone. Atendendo, disse apenas ao interlocutor que conversava no outro lado do fio:

– Agradeço, mas sinto muito. Não me espere mais. Tenho novos compromissos.

E, à noite, a senhora M. C. demandou o antigo lar.

Recebida alegremente pelas duas senhoras que lhe chefiavam agora a casa, passou na sala de visitas pelo esposo que, embora embriagado, a cumprimentou, surpreendido.

Rapidamente, alcançou o quarto do filhinho, com a ansiedade de quem reencontra um tesouro perdido e o pequeno, ao vê-la, ergueu-se do leito, exclamando, feliz:

– Ah! Mamãe!... Mamãe!... Então Jesus recebeu a minha carta e trouxe a senhora?!...

Ela somente respondeu, com o peito rebentando em lágrimas de ventura:

– Ah! Meu filho!... Meu filho!...

 

Do livro Os Dois Maiores Amores, obra mediúnica psicografada por Francisco Cândido Xavier.

 

 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita