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Clássicos do Espiritismo
Ano 8 - N° 381 - 21 de Setembro de 2014
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Fatos Espíritas

William Crookes

(Parte 6)

Continuamos o estudo metódico e sequencial do clássico Fatos Espíritas, de William Crookes, obra publicada em 1874, cujo título no original inglês é Researches in the phenomena of the spiritualism.

Questões preliminares   

A. A suposta inteligência que produzia as manifestações deu a William Crookes outras provas de sua existência e de sua presença no recinto?

Sim. Uma dessas provas foi dada no episódio que ele narrou assim: Crookes colocou o dedo sobre um exemplar do jornal Times, que estava atrás dele, numa mesa. Ele o fez sem olhar o jornal. Em seguida, pediu ao agente invisível que escrevesse a palavra que ele encobria com o dedo. A prancheta moveu-se e escreveu a palavra “however”. Crookes voltou-se e viu que a palavra however estava coberta pela extremidade do seu dedo, e mesmo assim fora vista pela inteligência invisível. (Fatos Espíritas – Casos particulares parecendo indicar a ação de uma inteligência exterior.)

B. Com Kate Fox também se produziam fenômenos de transporte?

Sim. Um dos casos ocorreu na própria residência de William Crookes, na presença dele e de uma senhora sua parenta. Kate Fox ficou à sua direita e a outra senhora à esquerda. Iniciada a sessão, ouviu-se o tilintar de uma campainha, não estacionária, que ia e vinha de todos os lados, na sala: ora perto da parede, ora outra vez em um canto distante; ora o tocava na cabeça, em seguida batia no soalho. Depois de ter assim soado, na sala, durante pelo menos cinco minutos, a campainha caiu sobre a mesa, muito perto das suas mãos. Enquanto durou o fenômeno, ninguém se moveu e as mãos da Sra. Fox ficaram perfeitamente imóveis. A campainha estava, antes do fenômeno, na biblioteca de Crookes, em cima de um livro, e fora vista por ele e por dois filhos que estudavam naquela oportunidade naquele recinto. (Obra citada – Manifestações diversas de caráter complexo.)

C. Que fenômeno produzido pelo Sr. Home intrigou de modo especial o autor desta obra?

O fato ocorreu em plena luz, num domingo à noite, com presença de vários membros da família de Crookes. Depois de obtidas muitas manifestações, a conversa veio cair sobre certos fatos que pareciam não se poderem explicar senão admitindo que a matéria podia realmente passar através de uma substância sólida. A esse propósito a comunicação que se segue nos foi dada alfabeticamente: “É impossível a matéria passar através da matéria, mas vamos mostrar o que podemos fazer”. Pouco depois uma aparição luminosa foi vista pairando sobre um ramalhete de flores. Em seguida, à vista de todos, uma haste de erva da China, de 15 polegadas de comprimento, que ornamentava o centro do ramalhete, elevou-se lentamente do meio das outras flores e, em seguida, desceu à mesa defronte do vaso, entre este e o Sr. Home. Chegando à mesa, essa haste atravessou-a em linha reta, e todos a viram muito bem até passar por completo. Logo depois da desaparição da erva, a mulher de Crookes, que estava sentada ao lado do Sr. Home, viu, entre ela e ele, uma mão estranha que vinha de debaixo da mesa e segurava a haste da erva com a qual lhe bateu duas ou três vezes sobre os ombros, com um ruído que todos ouviram; depois depositou a erva no soalho e desapareceu. (Obra citada – Manifestações diversas de caráter complexo.)

Texto para leitura

105. Caso talvez mais surpreendente é o seguinte: durante uma sessão com o Sr. Home, uma pequena régua atravessou a mesa para vir a mim, em plena luz, e deu-me uma comunicação, batendo-me em uma das mãos. Eu soletrava o alfabeto e a régua batia nas letras necessárias; a outra extremidade da régua repousava na mesa, a certa distância das mãos do Sr. Home.

106. As pancadas eram tão claras e tão precisas e a régua estava tão evidentemente sob a influência de um poder invisível que lhe dirigia os movimentos, que eu disse: “A inteligência que dirige os movimentos desta régua pode mudar o caráter dos seus movimentos e dar-me por meio de pancadas,  em minha mão,  uma comunicação telegráfica com o alfabeto Morse?”

107. Tenho todos os motivos para crer que o alfabeto Morse era inteiramente desconhecido das pessoas presentes e eu mesmo não o conhecia perfeitamente. Mal acabei de pronunciar aquelas palavras, o caráter das pancadas mudou; mas a comunicação continuou da maneira que eu tinha pedido. As letras foram-me dadas rapidamente, de modo que não pude apanhar senão uma ou outra palavra, e, por conseguinte, essa comunicação se perdeu; mas eu tinha visto o bastante para convencer-me de que na outra extremidade da régua havia um bom operador de Morse, qualquer que ele fosse.

108. Um outro exemplo: uma senhora escrevia automaticamente por meio da prancheta; experimentei descobrir o meio de provar que o que ela escrevia não era devido à ação inconsciente do cérebro. A prancheta, como o fazia sempre, afirmava que, ainda que fosse posta em movimento pela mão e pelo braço dessa senhora, a inteligência que a dirigia era a de um ser invisível, que se servia do cérebro da senhora como de um instrumento de musica e fazia, assim, mover-lhe os músculos.

109. Estabeleceu-se, então, o seguinte diálogo entre mim e essa inteligência:
– Vê o que há neste aposento?
– Sim – escreveu a prancheta.
– Vês este jornal e podes lê-lo? – acrescentei, colocando o dedo sobre um número do Times que estava em uma mesa atrás de mim, mas sem olhá-lo.
– Sim – respondeu a prancheta.
– Bem – disse eu –, se podes vê-lo, escreve a palavra que está agora coberta por meu dedo e dar-te-ei crédito.
A prancheta começou a mover-se lentamente, e com alguma dificuldade escreveu a palavra “however”. Voltei-me e vi que a palavra however estava coberta pela extremidade do meu dedo.

110. Quando fiz essa experiência, tinha evitado, de propósito, olhar para o jornal, sendo impossível à senhora, embora o tentasse, ver uma só das palavras impressas, porque estava assentada perto de uma mesa, além de que o jornal estava sobre outra, que se achava atrás de mim, e o meu corpo interceptava-lhe a vista.

111. Manifestações diversas de caráter complexo – Sob esse título me proponho fazer conhecer algumas das manifestações que, por causa do seu caráter complexo, não podem ser classificadas diferentemente. Entre mais de doze fatos, escolherei dois. O primeiro produziu-se em presença da Sra. Kate Fox e para torná-lo inteligível é preciso que entremos em alguns pormenores.

112. A Sra. Fox tinha-me prometido dar uma sessão em minha casa, numa noite de primavera do ano passado; enquanto eu a esperava, uma senhora nossa parenta e os meus dois filhos mais velhos, um de catorze anos e o outro de onze, achavam-se na sala de jantar, onde as sessões sempre se realizavam, e eu mesmo me achava só na minha biblioteca, ocupado em escrever.

113. Ouvindo uma carruagem parar e a campainha tocar, abri a porta à Sra. Fox, e conduzi-a logo para a sala de jantar, porque me disse ela que, não podendo demorar-se muito, não subiria. Colocaram numa cadeira o seu chapéu e o xale. Dirigindo-me então para a porta da sala de jantar, mandei que meus dois filhos fossem para a biblioteca estudar as suas lições; fechei a porta, dei volta à chave e, conforme meu hábito durante as sessões, meti a chave no bolso. Sentamo-nos.

114. A Sra. Kate Fox ficou à minha direita e a outra senhora à esquerda. Recebemos logo uma comunicação alfabética convidando-nos a apagar o gás; apagamo-lo, ficando em escuridão completa e durante a qual mantive, em uma das minhas, as mãos da Sra. Fox. Quase no mesmo instante uma comunicação nos foi dada nestes termos: “Vamos produzir um fenômeno que vos dará a prova do nosso poder” e, quase imediatamente depois, ouvimos todos o tilintar de uma campainha, não estacionária, mas que ia e vinha de todos os lados, na sala: ora perto da parede, ora outra vez em um canto distante; ora me tocava na cabeça, em seguida batia no soalho; depois de ter assim soado, na sala, durante pelo menos cinco minutos, a campainha caiu sobre a mesa, muito perto das minhas mãos.

115. Enquanto durou o fenômeno, ninguém se moveu e as mãos da Sra. Fox ficaram perfeitamente imóveis. Eu pensava que não podia ser a minha campainha que tocava, pois a tinha deixado em minha biblioteca. (Pouco tempo antes da chegada da Sra. Fox, tive necessidade de um livro, que se achava no canto de uma prateleira; a campainha estava sobre o livro e eu a tinha posto de lado para poder retirá-lo. Esse pequeno incidente me assegurava que a campainha estava na biblioteca.) O gás iluminava vivamente o corredor para o qual dava a porta da sala de jantar, de tal maneira que essa porta não podia abrir-se sem deixar a luz penetrar na sala onde nos achávamos; ademais, para abri-la, havia só uma chave e eu a tinha no bolso.

116. Acendi uma vela. Não havia dúvida; era realmente uma campainha que estava sobre a mesa, diante de mim. Fui direto à biblioteca; de um relance vi que a campainha não estava mais onde devia achar-se. Perguntei, então, a meu filho mais velho: – Sabes onde está minha campainha? Meu filho respondeu: – Sim, papai, ei-la – e apontou o lugar onde eu a tinha deixado.

117. Logo que pronunciou essas palavras, ele levantou os olhos e continuou assim:
– Não, ela não está ali, mas estava há bem pouco tempo.
– Que queres dizer? Que alguém veio buscá-la?
– Não – disse ele –, ninguém entrou; mas tenho certeza de que ela estava ali, porque logo que nos fizestes sair da sala de jantar, a fim de virmos para aqui, J... (o mais moço de meus filhos) começou a tocá-la com tanta força que eu não podia estudar minhas lições, e lhe disse que parasse.

118. J..., meu outro filho, confirmou essas palavras e acrescentou que depois de ter tocado a campainha a tinha colocado no mesmo lugar.

119. O segundo caso verificou-se à luz, em um domingo à noite, em presença do Sr. Home e de alguns membros de minha família. Minha mulher e eu tínhamos passado o dia no campo e trouxemos de lá algumas flores que havíamos colhido. Chegando a casa, entregamo-las à criada para pô-las na água. O Sr. Home chegou logo depois e todos nos dirigimos para a sala de jantar. Quando nos sentamos, a criada trouxe as flores que tinha posto em um vaso; coloquei-as no meio da mesa, cuja toalha tinha sido retirada: era a primeira vez que o Sr. Home via essas flores.

120. Depois de obtidas muitas manifestações, a conversa veio cair sobre certos fatos que pareciam não se poderem explicar senão admitindo que a matéria podia realmente passar através de uma substância sólida. A esses propósitos a comunicação que se segue nos foi dada alfabeticamente: “É impossível a matéria passar através da matéria, mas vamos mostrar o que podemos fazer”.

121. Esperamos em silêncio; uma aparição luminosa foi logo vista pairando sobre o ramalhete de flores; depois, à vista de todos, uma haste de erva da China, de 15 polegadas de comprimento, que ornamentava o centro do ramalhete, elevou-se lentamente do meio das outras flores e, em seguida, desceu à mesa defronte do vaso, entre este e o Sr. Home; chegando à mesa, essa haste não se demorou, mas atravessou-a em linha reta, e todos a vimos muito bem até passar por completo.

122. Logo depois da desaparição da erva, minha mulher, que estava sentada ao lado do Sr. Home, viu, entre ela e ele, mão estranha que vinha de debaixo da mesa e que segurava a haste da erva com a qual lhe bateu duas ou três vezes sobre os ombros, com um ruído que todos ouviram; depois depositou a erva no soalho e desapareceu. Só duas pessoas viram a mão, porém todos os assistentes perceberam o movimento da erva.

123. Enquanto isso se passava, podiam todos ver as mãos do Sr. Home colocadas tranquilamente sobre a mesa, que estava diante dele. O lugar em que a erva desapareceu ficava a 18 polegadas daquele em que estavam as suas mãos; a mesa era uma das de sala de jantar, com molas, abrindo-se por meio de um parafuso: não era elástica e a reunião das duas partes formava uma estreita fenda no meio; foi através dessa fenda que a erva passara; medi-a e achei que tinha apenas 1/8 de polegada de largura. A haste da erva era demasiadamente grossa para que pudesse passar através da fenda sem se quebrar; entretanto todos a tínhamos visto passar por ali, sem dificuldade, docemente, e examinando-a em seguida, vimos que ela não oferecia a mais ligeira marca de pressão ou de arranhão.
(Continua no próximo número.)



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita