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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 380 - 14 de Setembro de 2014

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)

 
 

Impulso dominante

A semente lançada na cova obedece ao impulso natural
de sempre procurar a luz

 “(...) No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” - Jesus (Jo., 17:33.) 


As cenas de violências de um modo geral e em especial as explosões de ódios político-raciais no Oriente Médio e em outras partes do mundo confrangem-nos o coração, e ficamos pensando quando, enfim, a paz e a harmonia imperarão, ante tanta beligerância a engendrar variegadas adversidades, desgraças, tragédias e misérias inomináveis desde milênios passados até os dias atuais, parecendo que uma caliginosa noite espiritual baixou para sempre em nosso planeta, atrasando a aurora da Luz do Evangelho de Jesus.

Sem embargo, a Natureza, da qual Ele retirou tantas lições, continua a nos oferecer variados exemplos de vitórias contra as adversidades: a semente frágil lançada na cova escura, suportando a pressão da terra e dos detritos, sufocada pelo odor fétido dos adubos, atravessa o chão escuro obedecendo ao seu impulso natural de sempre procurar a luz. Eclodindo na superfície da terra, nem a inclemência da canícula e tampouco as violentas intempéries são empecilhos para o seu trabalho de crescimento que se processa incessantemente na direção do fanal que lhe está assinado: a produção de frutos.

Assim também somos nós...  Devemos estar sempre impulsionados na direção da Luz Imperecível do Espírito, vencendo todos os obstáculos que porventura estejam em nosso caminho.

Não afirmou Jesus que a árvore se torna conhecida pelos seus frutos?   Pois se não produzimos frutos sazonados, vamos nos assemelhar àquelas sementes que permanecem estéreis e rebeldes ao impulso da ascensão. São essas as criaturas que, embora guardando o potencial divino na intimidade d`Alma, permanecem inúteis por enormes lapsos de tempo. Somente os “furacões e aguaceiros” das adversidades poderão renovar-lhes o posicionamento, ensejando a germinação, empós...

Não sejamos desses tais, isto é, não nos alinhemos com as criaturas que aguardam as tempestades renovadoras para iniciarem sua jornada de redenção.

Sem dúvida, não é fácil vencer as aflitivas injunções de um orbe de Provas e Expiações, vez que inúmeras vicissitudes intentam travar nossa caminhada. Sem embargo, municiados pelos alcandorados ensinamentos de Jesus, agora iluminados pelas luzes do Consolador, lograremos sucesso na romagem terrena.

Ensina o célebre escritor francês, Vitor Hugo[1]: “(...) Em tudo se faz presente um finalismo superior, que se inicia na organização dos elementos essenciais até o instante que, naturalmente, cessam as forças agregadoras, devolvendo-os às suas origens. A energia central responsável pela ação que leva à forma, que vitaliza e age com interação nos campos de vida e fora deles, precede àquela ação e continua, mesmo quando, aparentemente, a mesma cessa.

É o fator primordial, indispensável à vida, que, ao adquirir inteligência, após individualizar-se, permanece granjeando mais amplos recursos que aplica na sua evolução, objetivando a meta fatalista do aperfeiçoamento.

O declínio da fé responsável, nas mentes e nos corações, substituída pelo formalismo e pelas injunções sociais, deixou árido o sentimento humano e indiferente o raciocínio para as questões espirituais, anulando-as por parecerem destituídas de sentido, abrindo espaços emocionais para o gozo sem limite, numa sofreguidão irrefreável.

Como consequência, crescem o egoísmo, a insensibilidade afetiva, a insatisfação, a angústia, a insegurança e o medo, gerando carências superlativas, que armam os sentimentos com rebeldia, agressividade, luxúria, insensatez a caminho da loucura; os alicerces morais da sociedade ruem, e a decadência da civilização se apresenta inevitável; negam-se os valores morais dos homens e das Instituições, substituídos pelo individualismo, pelo poder de pessoas, de Agremiações e do Estado, em detrimento das conquistas elevadas do amor e da solidariedade, com os seus reflexos no bem-estar do homem e da sociedade.

Nesse contexto, o indivíduo progride na horizontal do imediatismo sem a resultante verticalista responsável pelo bem, pelo bom e pelo belo a benefício geral...

Os paradoxos se estabelecem propiciando o surgimento das sociedades ricas, pobres e miseráveis, que são habilmente denominadas como desenvolvidas, em desenvolvimento e subdesenvolvimento, esmagadas as últimas pela exagerada supremacia da primeira, que se alimenta nas carnes em decomposição daquelas, que se lhes exaurem nas garras arbitrárias.

Mesmo que, na aparência, a Humanidade se encontre em paz, os conflitos irrompem exagerados, denunciando a inquietação dos dominados e a insatisfação dos dominadores, que se arrojam nas justas íntimas, familiares, grupais, e, sucessivamente, ameaçando o mundo com guerras, cada vez mais destrutivas e impiedosas...

Em tal campo, todavia, encontravam-se as condições favoráveis para as mudanças que se ensaiam, qual ocorre em solo adubado por excremento, que, recebendo sementes selecionadas, em breve se converterá em jardim e pomar, ricos de bênçãos, alterando completamente a paisagem em abandono e desolação.

O mesmo se dá com a Humanidade contemporânea, que, exaurida e desnorteada, passa a buscar respostas mais profundas para os seus problemas, para as suas indagações, que se enraízam no Espírito, e somente a partir dele poderão ser equacionadas.

Deste modo surgem, por sua vez, movimentos esdrúxulos, na área do Espiritualismo, engendrados por mentes insanas, em que o absurdo confraterniza com o lógico, e o irreal, o fantasioso, se abraça ao real e possível.

Simultaneamente, reaparecem as Doutrinas grandiosas da Imortalidade, alterando o convencionalismo e iluminando as consciências com a claridade da razão, responsável pela fé libertadora que dá sentido e direção à vida, equilibrando o homem e auxiliando-o nos voos da inteligência e no crescimento do coração.

Face à nova conquista, o conceito de Deus, atualizado e compatível com a mentalidade hodierna, faculta o discernimento correto a respeito da existência humana, ensejando reformulações éticas e ideológicas que alterarão o comportamento da sociedade, então dirigido para a igualdade dos homens, a justiça e o bem-estar de todos, conforme os elevados ideais dos pensadores espiritualistas de todas as épocas, que em Jesus se refletem de forma incomum, pela excelência do Seu apostolado e pela inigualável grandeza da Sua Vida”.        


[1] - FRANCO, Divaldo. Antologia Espiritual. Salvador: LEAL, 1993, cap. 49.
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita