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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 380 - 14 de Setembro de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 27)

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. Fazer o bem é menos dorido do que o mal que praticamos?

Evidentemente. Embora muitos reclamem de que fazer o bem dá trabalho e às vezes impõe sacrifícios, a verdade é que o peso disso – da abnegação, do devotamento, da bondade e dos testemunhos de amor – é infinitamente menor do que o peso do remorso na consciência humana. (Loucura e Obsessão, cap. 18, pp. 227 e 228.)

B. Na seara do Pai, quanto mais se dá, mais se recebe. Como esse preceito evangélico se reflete na prática da mediunidade?

A resposta a essa pergunta se encontra nesta explicação dada por D. Emerenciana: “Os que aplicam as horas nos jogos das paixões dissolventes gastam as forças físicas e emocionais, como alguém que acende uma vela pelas duas extremidades, queimando excesso de combustível, o que acelera a sua extinção. Em nosso campo de atividade, conforme é do conhecimento do nosso Miranda, quanto mais se dá, mais se recebe. O intercâmbio mediúnico, em clima de amor e de serviço pelo próximo, proporciona permuta de forças que se renovam e estimulam, no organismo perispiritual, a regeneração celular, o surgimento de outras saídas, sem desgaste excedente de energias”. “Em tudo, a vigência das Leis da Causalidade... Conforme a criatura atua, assim se situa.” (Obra citada, cap. 18, pp. 229 a 231.)

C. Que importância tem o trabalho em nossa vida?

Sua importância é absoluta e total. Segundo Dr. Bezerra, a vida de Jesus constitui, também nesse sentido, um exemplo: “Dormia pouco e quase não repousava. Ganhando os minutos, aplicava-os todos no ministério iluminativo, libertador. Em momento algum se permitiu a ociosidade, lesando a dádiva do tempo”. “Desejando seguir-lhe o exemplo, não há outra alternativa, senão trabalhar sempre e sem cessar”, diz Dr. Bezerra. Manoel P. de Miranda confirmou a validade da assertiva, dizendo: “As melhores horas da minha última existência na Terra foram as da ação constante. Até onde me posso recordar, o trabalho constituía, em nosso lar modesto, a metodologia eficiente de valorização da vida. Incorporado ao cotidiano, tornou-se-nos um hábito salutar e não um dever desagradável como a muitos indivíduos parece”. “Recordando-me daqueles momentos, bendigo a Deus por havê-los valorizado, apesar de forma insuficiente”, acrescentou o autor deste livro. (Obra citada, cap. 18,  pp. 231 e 232.)

Texto para leitura

105. O trabalho do bem é de urgência, sobretudo para as pessoas em provação – Prosseguindo, Dr. Bezerra asseverou: “Aqui são realizados trabalhos muito úteis, numa primeira fase dos problemas humanos e espirituais. Todavia, para uma aprendizagem libertadora e geratriz do cabedal de luz, o conhecimento espírita constitui o repositório de sabedoria que ampara o indivíduo e o impulsiona montanha acima, no rumo dos acumes”. “A nossa irmã, conforme nos elucidou, mantém compromissos neste campo de ação, mas não retém pessoa alguma na retaguarda, sempre preocupada em impulsionar todos para a frente e para a Vida. Assim, age com tranquilidade.” A extraordinária melhora de Carlos não pôde ser considerada como prenúncio de sua total recuperação psíquica e física, porquanto as marcas dos erros cometidos no passado imprimiram-lhe limites orgânicos muito severos, que desencadearam o processo catatônico, cujos resultados viriam, como é natural, a largo prazo. O que o afastamento dos dois adversários permitiu foi liberá-lo espiritualmente da constrição alienante, ensejando-lhe um reencontro animador com a lucidez. Contudo, mesmo durante o dia e na entrevista com Emerenciana, permaneciam nele os sintomas da enfermidade, que a terapêutica médica iria auxiliando a corrigir, então, com maior eficiência, em razão de sua psicosfera haver-se modificado, desaparecendo a constante intoxicação fluídica e as perturbadoras presenças que o assaltavam durante o sono físico. Os adversários, encaminhados à renovação, liberavam-se, por sua vez, da própria desdita, o que não implicava anulação, para o seu infelicitador, dos males que lhes foram por ele infligidos. A provação de quem desrespeita os códigos da Soberana Justiça impõe-lhe a reparação dos prejuízos causados. A ação enobrecida se encarrega desse mister, razão por que o trabalho do bem é de urgência e conclama a todos para executá-lo, com o que se logrará a transformação moral para melhor e a aquisição de valores positivos que permitem ao devedor a quitação de seus débitos. (Loucura e Obsessão, cap. 17 e 18,  pp. 224 a 227.)

106. Fazer o bem pesa menos do que os atos danosos – Dessa forma, o homem deve ter em mente que o máximo de sacrifícios em favor do próximo e de si mesmo é sempre menos dorido do que os atos danosos praticados contra alguém, mesmo que de pequena monta. A renúncia, a abnegação, o devotamento e a bondade em largos testemunhos de amor pesam menos na consciência humana do que alguns gramas de remorso. Era o que se via no drama de Carlos, que deveria investir, com esforço mental e sacrifício pessoal, os valores ao seu alcance, a fim de granjear mérito para a mudança do seu quadro provacional. Na Casa, os trabalhos prosseguiam normalmente e Miranda observou que, não obstante a densidade vibratória das energias, mais físicas que espirituais, em razão do número de Entidades em trânsito nas faixas mais grosseiras, não ocorriam ali interferências maléficas, por estar o trabalho sob rigoroso controle, resultado de larga experiência naquela área da equipe de cooperadores desencarnados, Espíritos conscientes, esclarecidos e dedicados ao bem. Findas as consultas, Emerenciana dirigiu-se ao círculo onde as pessoas se encontravam, para os atendimentos e instruções finais. Aderson, o autista, novamente foi colocado no centro, auxiliado por dois companheiros encarnados. O olhar parado, a face pálida, refletindo-lhe a desvitalização, sem nenhuma reação aparente, era o Espírito encarcerado no corpo silencioso, que a consciência culpada construíra para a reabilitação. Tomando-lhe as mãos e fitando-o nos olhos, a Benfeitora repetiu a terapia descrita anteriormente, convocando-o à realidade, pois não tinha mais o que temer. A fuga já terminara e fazia-se mister enfrentar os efeitos dos males causados. Na ordem que lhe dava, Emerenciana expressava confiança e infundia-lhe fé no futuro. A princípio, Aderson em nada reagiu. Em seguida, à instância do convite, pareceu despertar de um longo letargo, alterando o ritmo respiratório, movimentando as pálpebras e os lábios. Um fluxo sanguíneo fê-lo, então, corar-se e já voltava ao estado anterior, quando a Diretora da Casa determinou: “Hoje é o nosso dia de despertamento, e você terá que reagir. Ouça-me, e não se esconda mais. Já lhe conhecemos a história. Recorde-se, enfrente-se, e viva! Aderson, viva!” Ao ouvir a ordem dada pela Instrutora, Aderson tremeu, como se fora vítima de uma ligeira convulsão; depois, debateu-se com agitação e voltou ao torpor habitual. (Loucura e Obsessão, cap. 18, pp. 227 e 228.)

107. Na seara do Pai,  quanto mais se dá, mais se recebe – Concluído o atendimento a Aderson, que dera importante passo na sua recuperação, Emerenciana conclamou todos os que ali estavam à reforma íntima e ao constante trabalho em favor do bem geral. “Não nos podemos deter, nesta Casa – concluiu Emerenciana –, nos jogos do verbalismo retumbante e vazio, nos debates filosóficos das várias escolas que se atribuem primazia umas sobre as outras, ou nas investigações científicas, nas quais elevados Mensageiros, na Terra e fora dela, se desincumbem com nobreza e proficiência. O nosso é o trabalho do consolo e do amparo imediatos ante a incidência crescente da loucura e do suicídio, que espreitam milhões de criaturas, além daquelas que já lhes tombaram nas intrincadas redes. Por isso, não temos tempo a perder. Todos marchamos para a Unidade, embora as diferentes trilhas e caminhos a percorrer. Cada qual realiza o melhor ao seu alcance, sem subestimar o que o outro executa. Nosso compromisso é com Jesus, que os homens tentaram submeter, e que, livre, mais tarde, após a crucificação, retornou, em triunfo, para auxiliá-los na ascensão que não conseguiam.” Dito isto, após sentida prece, os trabalhos foram encerrados. Liberando o médium, na sala de consultas, após aplicar-lhe forças restauradoras, a Benfeitora reuniu-se a Dr. Bezerra e Miranda. Este observou, então, que o medianeiro, que deveria encontrar-se extenuado pelas largas horas de psicofonia mui completa, apresentava-se bem e com ótimo aspecto físico. Emerenciana elucidou: “Os que aplicam as horas nos jogos das paixões dissolventes gastam as forças físicas e emocionais, como alguém que acende uma vela pelas duas extremidades, queimando excesso de combustível, o que acelera a sua extinção. Em nosso campo de atividade, conforme é do conhecimento do nosso Miranda, quanto mais se dá, mais se recebe. O intercâmbio mediúnico, em clima de amor e de serviço pelo próximo, proporciona permuta de forças que se renovam e estimulam, no organismo perispiritual, a regeneração celular, o surgimento de outras saídas, sem desgaste excedente de energias”. “Em tudo, a vigência das Leis da Causalidade... Conforme a criatura atua, assim se situa.” Miranda concordou inteiramente com a assertiva da Benfeitora, perfeitamente convencido do postulado evangélico por ela evocado. O amor de Deus – lembra-nos ele – estua em toda parte, convidando todos ao crescimento íntimo, à ação em favor do progresso, e, qual sol permanente, não cessa de clarear as sombras, embora as nuvens das paixões que, com frequência, intentam bloquear-lhe a claridade em expansão. Na Casa orientada por Emerenciana estava pulsante a lição do trabalho cooperando em favor da ordem geral, sem jactância, no quase anonimato da verdadeira humildade. Os rostos das pessoas, que chegavam tensas e congestionadas no início das sessões, alteravam-se, logo terminadas as atividades. Iluminadas pela esperança e abastecidas de coragem que lhes infundiam valor, aquelas criaturas retornavam às lides do cotidiano, renovadas em espírito. É por isso que o bem não se circunscreve a limites, nem se submete a nominações, escolas ou grupos. Como o oxigênio puro, a tudo vitaliza e sem ele a vida perece. (Loucura e Obsessão, cap. 18,  pp. 229 a 231.)

108. Não nos resta outra alternativa senão trabalhar sempre e sem cessar – Na conversação que se seguiu, findos os trabalhos da noite, Dr. Bezerra afirmou: “Muito significativa a lição que Jesus nos legou. Quanto conhecemos de sua vida, reflete a ação contínua em favor dos homens. Mesmo quando, em solilóquio, mergulhava, através da meditação, no pensamento divino, fazia-o, auscultando a vontade do Pai, a fim de retornar ao convívio bulhento dos companheiros e necessitados que o buscavam. Dormia pouco e quase não repousava. Ganhando os minutos, aplicava-os todos no ministério iluminativo, libertador. Em momento algum se permitiu a ociosidade, lesando a dádiva do tempo”.  “Desejando seguir-lhe o exemplo, não há outra alternativa, senão trabalhar sempre e sem cessar.” Miranda confirmou a validade da assertiva, dizendo: “As melhores horas da minha última existência na Terra foram as da ação constante. Até onde me posso recordar, o trabalho constituía, em nosso lar modesto, a metodologia eficiente de valorização da vida. Incorporado ao cotidiano, tornou-se-nos um hábito salutar e não um dever desagradável como a muitos indivíduos parece. Na idade adulta, o conhecimento do Espiritismo levou-nos a uma visão mais profunda a respeito da atividade que fomenta o progresso, em face da penetração na realidade maior da vida, que não se encontra adstrita, apenas, à estreiteza material.... Recordando-me daqueles momentos, bendigo a Deus por havê-los valorizado, apesar de forma insuficiente”. O Benfeitor, que ficou conhecido no Brasil como o Médico dos Pobres, arrematou: “O Universo pulsante, que os modernos cientistas já afirmam ser não mais uma máquina, conforme os conceitos materialistas do passado, mas sim um Grande Pensamento, é o exemplo dessa ação incessante.... Nele, não há vácuo, nem repouso... A vibração da vida está presente, a tudo interpenetrando e movendo”. A conversação ia prosseguir, quando se anunciou o momento para o socorro a Aderson. Miranda e o Benfeitor retornaram então à pequena sala de consultas, onde Felinto e alguns outros auxiliares haviam armado um equipamento semelhante aos videocassetes modernos. Dois assistentes, adrede selecionados, haviam seguido o paciente e família, no retorno ao lar, a fim de o trazerem, mediante o desdobramento pelo sono, à reunião. Organizado um semicírculo em frente a duas cadeiras, em que se sentaram Emerenciana e Dr. Bezerra, este proferiu comovedora oração ao Terapeuta Divino, e a reunião teve começo, notando-se que Aderson mantinha a mesma facies, qual se fora uma máscara rígida incapaz de refletir as emoções e a vida. Tal como se apresentava no corpo, a mesma imobilidade persistia no seu estado espiritual.  (Loucura e Obsessão, cap. 18,  pp. 231 e 232.) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita