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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 379 - 7 de Setembro de 2014

JOSÉ LUCAS
jcmlucas@gmail.com
Óbidos, Portugal

 
 


O mundo está louco…
(estará?)


É convicção que o mundo… está louco! Quem o diz é cada um de nós, mas qual será o mundo louco? O que vemos? O dos outros, ou nós também fazemos parte desse mundo? E nós, como estamos, como habitantes desta grande nave terrestre?

As pessoas são unânimes: “o mundo está louco”, dizem, “está tudo doido”, “guerras e mais guerras, mortes, violência brutal, escândalos, roubos, mentira, falsidade”.

Aparentemente, não existe esperança no horizonte, não há volta a dar.

O medo espalha-se, qual vírus contagioso.

Os direitos humanos foram pela sarjeta abaixo.

Os princípios ético-morais foram substituídos pelo materialismo caduco e feroz que transformou o ser humano numa máquina de produção.

As doenças psicológicas campeiam, os casamentos destroem-se, os suicídios aumentam.

Busca-se a causa de tanta desgraça nos modelos macroeconômicos, nas políticas de direita ou de esquerda, no FMI, no BCE, no grupo de Bilderberg.

Procuram-se os “culpados” algures, fora de nós…

No entanto, nós fazemos parte da sociedade terrestre, do mundo louco que criticamos e contribuímos para que ele esteja como está, com os nossos pensamentos, sentimentos e atitudes.

Entretanto, veio a Física quântica e deu um golpe mortal no… materialismo.

Tudo é energia, não existe matéria, mas sim energia em diversos estados, alguns deles é que denominamos de “matéria”.

Os Espíritos já tinham informado isso há 157 anos (O Livro dos Espíritos) quando Allan Kardec compilou o Espiritismo (Doutrina Espírita ou Doutrina dos Espíritos), isto é, os ensinamentos dados pelos Espíritos, através de inúmeros médiuns, num trabalho exaustivo e científico, usando o método indutivo, o método experimental.

Ver o futuro pelos binóculos ultrapassados do materialismo é o mesmo que estudar ciências pelos livros do século XIX.

Há que estarmos atentos aos novos paradigmas que a sociedade nos apresenta e que os cientistas têm atestado mundo afora, vindo de encontro aos postulados espíritas: a vida continua após a morte do corpo físico, a comunicabilidade com o mundo espiritual é possível em certas condições, e a reencarnação é uma realidade científica.

Não há como fugir da realidade dos casos sugestivos de reencarnação (CSR), da transcomunicação instrumental (TCI), da transcomunicação mediúnica (TCM), das experiências de quase morte (EQM’s), das visões no leito de morte (VLM’s) e das experiências fora do corpo (EFC’s).

Remontando aos tempos de Jesus de Nazaré, ele apontava para o fim do mundo e para aqueles que herdariam a Terra.

Atualmente, os bons Espíritos explicam que esse ensinamento refere-se a um período de transição, ao longo do 3º milênio, onde haverá o fim do mundo de misérias morais e materiais, e que somente os Espíritos mais pacificados voltarão a reencarnar na Terra, havendo a separação do “trigo e do joio” e, assim, os Espíritos belicosos reencarnarão em planetas inferiores, servindo assim de expiação para os mesmos e, simultaneamente, de motor de desenvolvimento para as sociedades pouco evoluídas que encontrarem. 

Os tempos são, pois, de esperança, nunca houve tanto bem, tanto voluntariado, tanta solidariedade, mas isso não aparece nas televisões, que ainda são canais de notícias deprimentes e escandalosas, perturbando assim quem as vê.

Apesar das dificuldades por que quase todos passamos, os bons Espíritos são unânimes em incentivar-nos à calma, à esperança, à compreensão, à tolerância e ao entendimento, estimulando o ser humano a colocar em prática, nestes momentos de decisões difíceis, o ensinamento evangélico de “não fazermos ao próximo o que não queremos que nos façam”.

O Espiritismo tem como máxima “Fora da caridade não há salvação”, incentivando-nos à caridade para conosco e para com o próximo, objetivando, acima de tudo, a melhoria íntima, a superação dos defeitos e a amplificação das virtudes.

Não nos iludamos… É um trabalho urgente, intransferível e inevitável, mais cedo ou mais tarde!

Conhecendo-se, o homem pacifica-se e, pacificando-se, o desmoronar das más práticas sociais não o atormentam, antes, felicita-se por ver essa mudança, passo a passo, mas contínua, com a reencarnação de Espíritos mais evoluídos que já aí estão sob a forma de nossos filhos, e que trazem no bojo do seu subconsciente uma vontade férrea de mudar o estado em que se encontram as sociedades.

Dizem-nos, os bons Espíritos, que vivemos temporariamente num corpo de carne, numa grande nave com 7 bilhões de habitantes, e que nesta viagem breve de cerca de 80 anos devemos apostar o máximo que pudermos na nossa reforma íntima.

Evoluindo intelectual e moralmente, o homem vai ascendendo na sua escala evolutiva ao nível espiritual, tendo reencarnações cada vez mais felizes, assim faça por isso.

Os tempos são, pois, de esperança, nunca houve tanto bem, tanto voluntariado, tanta solidariedade, mas isso não aparece nas televisões, que ainda são canais de notícias deprimentes e escandalosas, perturbando assim quem as vê.

Nascer morrer, renascer ainda, progredir sem cessar, tal é a lei.

 

Bibliografia: 

Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita