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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 379 - 7 de Setembro de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 26)

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. É verdade que ninguém se encontra sozinho, por mais que o deseje?

Sim, é verdade. Foi exatamente isso que D. Emerenciana disse ao jovem Carlos: “Tudo é vida, são bênçãos, e ninguém se encontra sozinho, por mais que o deseje. O nosso irmão Empédocles, por exemplo, está aqui conosco, acompanhando todas as suas ansiedades e dores, intercedendo ao Pai em favor de ambos. Tem razão, a nossa filha, ao afirmar: ‘como se ele ainda estivesse aqui conosco’. A morte não apaga sequer as lembranças, quanto mais a vida. Prosseguimos, além do corpo, rumando para Deus, conforme ensinam todas as religiões, com pequenas variantes. A vida é, desse modo, um tesouro de alto preço, que nos cumpre valorizar cada vez mais”.  (Loucura e Obsessão, cap. 17, pp. 218 a 220.)

B. D. Emerenciana, ao conversar com Lício, informou-o de forma clara sobre os fatos ocorridos naqueles dias?

Sim. Além de se reportar aos acontecimentos que já relatamos, ela lhe disse que havia tomado providências para interromper a cilada que fora programada pelo Espírito que o perseguia. “Tratava-se de um estratagema do mal, para apressar a tragédia”, disse-lhe Emerenciana. “Você ainda não está livre de novas circunstâncias afligentes, sendo-lhe necessário vigiar e orar muito, até vencer este período de adaptação emocional e orgânica. Conforme você se recorda do sonho, naquela noite decisiva, a sua vida atual é o refluir dos atos passados, quando Annette e Filipe se comprometeram...” Enunciados esses nomes, Lício recordou-se do encontro espiritual, agora se conscientizando dele. Auxiliando-o na evocação das cenas, a Benfeitora completou: “O seu tio é o companheiro de desditas, por duas vezes perturbador do seu antigo esposo, a quem você igualmente infelicitou”.  “Isto, no entanto, é o passado e o que agora nos importa são as realizações presentes em favor do futuro.” (Loucura e Obsessão, cap. 17, pp. 221 e 222.)

C. Por que D. Emerenciana recomendou ao jovem Lício estudar o Espiritismo com base nas obras de Allan Kardec?  

Essa pergunta foi feita também pelo autor deste livro ao Dr. Bezerra de Menezes, que assim respondeu: “A verdade é universal e não é patrimônio, que saibamos, de ninguém. Allan Kardec foi o missionário escolhido para trazer ‘O Consolador’, unir a Ciência à Religião, colocar a ponte entre a Razão e a Fé, legando à Humanidade essa Obra ímpar, que é o Espiritismo. Ora, da mesma forma que os homens – Espíritos encarnados – o estudam, na Terra, nós outros – Espíritos desencarnados – compulsamos os seus livros para aprender, como você também o faz, e aprofundar observações e estudos maiores, em razão de nos encontrarmos no mundo das causas, vivenciando experiências mais especiais. A Benfeitora assim procedeu porque conhece essa Fonte inexaurível, que é o Espiritismo, e encaminha, quantos lhe podem assimilar e viver o conteúdo, a Instituições Espíritas fiéis à Codificação, aplicando a caridade maior, que é a de iluminar as consciências humanas, a fim de não mais se comprometerem.” (Loucura e Obsessão, cap. 17, pp. 222 a 224.)

Texto para leitura 

101. Carlos relata para sua mãe os dois sonhos – “Mamãe! – exclamou Carlos, surpreso. – A senhora não está metendo-se com essas coisas, pois não? Elas são muito perigosas!” D. Catarina disse-lhe que inicialmente pensava assim, mas precisava fazê-lo. “Era como se uma força superior me impelisse a tanto”, explicou a genitora.  “Desacostumada àquele gênero de culto, senti-me um tanto confusa, no começo. Logo após, observando as reações fisionômicas dos que consultavam o médium, fui-me tranquilizando. Quando chegou a minha vez, orei com fervor, suplicando o divino auxílio que não me foi negado. O médium falava de uma forma tão real que eu podia sentir que ali defrontava, pela vez primeira, o mistério da sobrevivência. Era ele e não o era. A sabedoria e acuidade dos conceitos, o conhecimento do meu problema, tudo me indicava estar tratando com um Espírito de Luz portador de esperança e de paz.” Ciente de que ela fora buscar auxílio por causa de sua doença, Carlos meditou demoradamente, após o que disse: “É curioso tudo isso. Antes eu sofria pesadelos que não me davam trégua, toda vez que adormecia, raramente repousando. Durante estes dias, porém, houve uma diferença. Os sonhos continuaram, mas não me desequilibraram. Sentia-me num tribunal sendo julgado por crimes horrendos de que na hora eu me recordava. A acusadora era uma mulher-demônio; depois foi um homem-satanás. Diziam que eu os matei e o mesmo fizera a seu filho. Dentro de mim eu sabia que era verdade, apesar de agora não me recordar. Houve uma discussão forte, mas não agressiva, e ela me perdoou. Noutra noite foi a vez do homem, que terminou por fazer o mesmo... As pessoas do tribunal, juízes e advogados, eram benignas, sérias e muito justas. Nas vezes em que tal ocorreu, papai estava presente e intercedia por mim... Recordo-me bem de uma senhora negra e idosa, jovial e bondosa, que me sorria, me defendia e me amparava com um outro ser de barbas venerandas e incomparável doçura no olhar, na face, na voz...” Ao ouvir esse relato, a genitora de Carlos afirmou, com inteira convicção, que a senhora idosa e negra era a irmã Emerenciana, guia do médium com quem ela falara. “Os outros eu não sei quem são, mas tenho certeza que são anjos do bem.” A senhora Catarina levantou-se então, abraçou o filho e ambos choraram, combinando ir naquela noite à Casa que tanto bem lhes estava fazendo. (Loucura e Obsessão, cap. 17, pp. 217 e 218.) 

102. Ninguém se encontra sozinho, por mais que o deseje – Naquele momento o pai desencarnado envolveu o enfermo numa onda de coragem, e foi assim, estimulado por sua vibração positiva, que Carlos não só decidiu ir, mas também frequentar a Casa dirigida por irmã Emerenciana. Agradecendo a Deus pela transformação que sentia no filho, que despertava outra vez para a vida, a senhora Catarina pediu ao rapaz: “Procure fazer algo que lhe preencha os espaços mentais, a fim de que nada venha a perturbar os nossos planos. Leia algo bom, a Bíblia, o Novo Testamento, meu filho, isto mesmo, enquanto eu cuido da casa”. A alegria irrompera naquele lar onde o sofrimento se agasalhava por trás de uma cortina de sombras. Assim, à noite, no horário das consultas, dona Catarina e Carlos, devidamente acompanhados por Empédocles e seus cooperadores, deram entrada na Casa, onde, minutos depois, chegou também Lício, acompanhado dos seus fluidoterapeutas espirituais. Depois de diversos casos, chegou a vez da senhora Catarina, que exultava, enquanto Carlos, com o sistema nervoso um tanto abalado, observava com curiosidade. Irmã Emerenciana recebeu-os fraternalmente, deixando-os à vontade. “Ah! minha irmã! Deus seja louvado!”, exclamou a visitante. “A felicidade está entrando em nossa família outra vez. É como se meu marido ainda estivesse aqui conosco... Hoje eu trouxe meu filho Carlos, a quem convidei e ele aceitou.” Após saudá-lo e lembrar-lhe que ambos tinham estado juntos algumas daquelas noites, a Benfeitora esclareceu: “Jesus, meu filho, é o Médico Divino de todos nós. E ele nos permitiu trabalhar juntos em favor da sua saúde com outros companheiros, que não são juízes, mas irmãos da caridade”. Em seguida, ante um jovem surpreso por saber que Emerenciana estava a par de tudo o que ele vivenciara em sonho, a Diretora da Casa prosseguiu: “Tudo é vida, são bênçãos, e ninguém se encontra sozinho, por mais que o deseje. O nosso irmão Empédocles, por exemplo, está aqui conosco, acompanhando todas as suas ansiedades e dores, intercedendo ao Pai em favor de ambos. Tem razão, a nossa filha, ao afirmar: ‘como se ele ainda estivesse aqui conosco’. A morte  não apaga sequer as lembranças, quanto mais a vida. Prosseguimos, além do corpo, rumando para Deus, conforme ensinam todas as religiões, com pequenas variantes. A vida é, desse modo, um tesouro de alto preço, que nos cumpre valorizar cada vez mais”.  “Feliz é todo aquele que o compreende, e aplica esse conhecimento em favor de si mesmo.” (Loucura e Obsessão, cap. 17, pp. 218 a 220) 

103. Lício conversa com irmã Emerenciana – Na sequência, Emerenciana informou que Carlos se encontrava no limiar da saúde relativa que o Senhor lhe estava concedendo. “Uma grande carga de fatores que o angustiavam já foi retirada”, disse-lhe a Mentora. “Muito, porém, ainda lhe falta. Há de crescer no bem e no amor, a fim de reparar danos que foram causados pela imprevidência e que necessitam ser regularizados. Dependerá de você mesmo, dos investimentos de bondade e de autoiluminação que se permita fazer. A vida adquirirá sentido novo e tudo quanto lhe pareça valioso associe ao novo plano da sua existência. Lentamente irá compreendendo a realidade maior, que é a do Espírito eterno, e se instruirá nas Leis que regem os destinos, a fim de não mais tombar nos erros que infelicitam e degradam. Use a prece como um sustentáculo nas horas difíceis e não dê campo às ideias deprimentes, viciosas, que abrem brechas para o infortúnio.” Após dirigir palavras de incentivo e orientação a d. Catarina, que não ocultava a felicidade, encaminhou-os à câmara de passes, esclarecendo que Carlos, apesar das melhoras apresentadas, ainda necessitava de assistência médica. Logo que mãe e filho saíram, entrou na sala o jovem Lício, que estava mais seguro do que na ocasião anterior. A Benfeitora o recebeu com carinho e, ante a uma pergunta feita pelo rapaz, esclareceu que tivera, sim, conhecimento da estada do tio Nicomedes em sua casa e que tomara providências para interromper a cilada que fora programada pelo Espírito que os perseguia. “Tratava-se de um estratagema do mal, para apressar a tragédia”, disse-lhe Emerenciana. “Você ainda não está livre de novas circunstâncias afligentes, sendo-lhe necessário vigiar e orar muito, até vencer este período de adaptação emocional e orgânica. Conforme você se recorda do sonho, naquela noite decisiva, a sua vida atual é o refluir dos atos passados, quando Annette e Filipe se comprometeram...” Enunciados esses nomes, Lício recordou-se do encontro espiritual, agora se conscientizando dele. Os clichês mentais arquivados retornaram à sua memória, graças à indução daquelas palavras chaves, especialmente a que era a sua personalidade francesa. Auxiliando-o na evocação das cenas, a Benfeitora completou: “O seu tio é o companheiro de desditas, por duas vezes perturbador do seu antigo esposo, a quem você igualmente infelicitou”.  “Isto, no entanto, é o passado e o que agora nos importa são as realizações presentes em favor do futuro.” (Loucura e Obsessão, cap. 17, pp. 221 e 222.) 

104. A verdade é universal e não é patrimônio de ninguém – Aproveitando a oportunidade que se lhe apresentava, Lício indagou se podia confiar no seu tio, que lhe prometera ajuda quando necessário. Emerenciana respondeu: “Confiar, pode; porém, conviver, não. A convivência responde por muitos males, quando estão juntas as almas cujas feridas dos sentimentos ainda não cicatrizaram. O dia a dia diminui distâncias que o respeito impõe, e propicia a vulgaridade, a abjeção, quando os que estão muito próximos não se encontram forjados nos metais da honradez e do equilíbrio”. “Veja a grande maioria dos matrimônios, cujos cônjuges se diziam amar com eterno sentimento, e, ao se descobrirem, durante a vida em conjunto, não têm a necessária resistência ou consideração recíproca, como seria de desejar, partindo para a agressão e o despautério, o crime, a separação... Casar é muito fácil; difícil é manter o casamento.” A Benfeitora esclareceu, então, que Lício necessitava de amigos, não de um amigo especial, confidente, como é do agrado de toda pessoa em conflito. Conhecendo o seu problema e sabendo que suas raízes se encontravam em vidas passadas, ele deveria digerir com calma esse conhecimento e estudar o Espiritismo, conforme Allan Kardec o apresentou ao mundo, encontrando aí a estrutura cultural, racional e emocional para erguer a sua vida em termos diferentes. Conforme ensinou Jesus, é “necessário morrer o homem velho, para nascer o homem novo”, isto é, erguer sobre os escombros do passado os ideais eternos da vida. “Aqui – prometeu Emerenciana – estaremos dispostos a ampará-lo, tanto quanto outros Amigos o auxiliarão, caso você nos permita fazê-lo.” Logo que o rapaz foi encaminhado à sala de passes, Miranda perguntou ao Dr. Bezerra: “A irmã Emerenciana, para minha surpresa, sugeriu que Lício estudasse as Obras do Codificador do Espiritismo. Ora, trabalhando ela nesta Casa, não é de estranhar-se?” O Benfeitor respondeu: “Desculpe-me o amigo, mas não vejo onde colocar a estranheza.” “A verdade é universal e não é patrimônio, que saibamos, de ninguém. Allan Kardec foi o missionário escolhido para trazer ‘O Consolador’, unir a Ciência à Religião, colocar a ponte entre a Razão e a Fé, legando à Humanidade essa Obra ímpar, que é o Espiritismo. Ora, da mesma forma que os homens – Espíritos encarnados – o estudam, na Terra, nós outros – Espíritos desencarnados – compulsamos os seus livros para aprender, como você também o faz, e aprofundar observações e estudos maiores, em razão de nos encontrarmos no mundo das causas, vivenciando experiências mais especiais. A Benfeitora assim procedeu porque conhece essa Fonte inexaurível, que é o Espiritismo, e encaminha, quantos lhe podem assimilar e viver o conteúdo, a Instituições Espíritas fiéis à Codificação, aplicando a caridade maior, que é a de iluminar as consciências humanas, a fim de não mais se comprometerem.”  (Loucura e Obsessão, cap. 17, pp. 222 a 224.) (Continua no próximo número.)


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita