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O Espiritismo responde
Ano 8 - N° 378 - 31 de Agosto de 2014
ASTOLFO O. DE OLIVEIRA FILHO
aoofilho@oconsolador.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 
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ESPIRITISMO SÉCULO XXI
 


 
Em carta dirigida a esta revista, publicada na seção de Cartas desta edição, o leitor Isaias Fernandes escreveu:

Gostaríamos da opinião de O Consolador a respeito da obra "A Vida de Jesus ditada por Ele mesmo". São vários os comentários que exaltam a alta qualidade moral de suas páginas. Será que poderíamos realmente considerá-la como uma comunicação do próprio Cristo Jesus?

O livro mencionado pelo leitor foi escrito originariamente em francês. O texto de que dispomos é a 14ª edição brasileira publicada pela Editora e Distribuidora 33.

São muito poucas em nosso meio as referências à obra A Vida de Jesus ditada por Ele mesmo. Uma dessas referências o leitor encontra no livro O Corpo Fluídico, de Wilson Garcia, edições Correio Fraterno, em que Wilson Garcia reproduz um texto assinado por Jorge Rizzini, do qual extraímos as palavras que se seguem: 

Entre as obras mediúnicas que pretendem fazer revelações crísticas, mas que foram transmitidas por espíritos mistificadores, duas se nos afiguram as mais tenebrosas. São elas: "A Vida de Jesus ditada por ele mesmo" e "Os Quatro Evangelhos" organizados por J.-B. Roustaing.

"A Vida de Jesus ditada por ele mesmo" foi psicografada por uma mulher, no sul da França, na cidade de Avinhão. A primeira e única edição francesa foi feita em 1885 pela revista "Anti-Materialista", editada em Avinhão e dirigida por René Caillé. Na Itália, traduzida por um capitão do exército, Ernesto Volpi, que a editou por conta própria, teve, também, uma só edição. Dessa edição italiana Ovídio Rebaudi, médico paraguaio, residente em Buenos Aires, fez a tradução para o castelhano, mas, note-se, acrescentou à obra, tranquilamente, uma segunda parte por ele mesmo psicografada... E atribuiu-a a Jesus! A que nos leva a vaidade ... Isto (Rebaudi é quem o confessa) depois de haver sido procurado em certa noite pelo Cristo, a quem viu e com quem conversou de igual para igual... É evidente que o vaidoso médico não leu as obras de Allan Kardec, tão amplamente divulgadas na Argentina. Eis o que ele também confessa no prefácio:

"... como espiritualista independente, não estou preso a nenhum credo ou religião, aceitando o que me parece justo e verdadeiro, de onde quer que ele venha".

Quer dizer: a edição que circula na Argentina é feita de dupla mistificação e apresenta mensagens apócrifas com a assinatura não somente de Jesus, mas de Maria, Barnabé, Sara, Mateus, João, Paulo de Tarso...

Como amostra das aberrações que a obra contém (obra que é, antes de tudo, fruto da vaidade dos que a psicografaram) citemos esta observação maquiavélica do falso Cristo a respeito de mediunidade (pág. 255 da edição brasileira):

"As honras da mediunidade não se adquirem sem causar transtornos ao organismo humano e esses transtornos determinam frequentemente o desequilíbrio das faculdades mentais".

Quer dizer: os médiuns ficam doentes do corpo (...) e a doença física, ou seja, no organismo, poderá levá-los à loucura! E, assim, a cavilosa entidade, fazendo-se de Cristo e escamoteando "O Livro dos Médiuns", publicado vinte e quatro anos antes, afasta os leitores das sessões mediúnicas e do possível interesse pelo estudo da Doutrina Espírita. A obra monstruosa tem mais de quatrocentas páginas, mas as aberrações estão em quase todas. Vejamos mais esta (pág. 250) quando a entidade zombeteira faz a maior confusão entre alma e espírito:

"A morte desprende a alma da matéria e liga-a estreitamente ao espírito, de maneira que o espírito torna-se invulnerável por meio da alma".

O texto umbralino parece redigido por um débil mental. Inútil o leitor relê-lo. Não tem sentido. Mas, a intenção, como a de todo o resto da obra, é patente: perturbar a mente do leitor com tendência ao fanatismo, levando-o à obsessão.

"A Vida de Jesus ditada por ele mesmo” foi lançada no Brasil em 1935 em tradução feita da segunda edição em espanhol datada de 1909. Há quase cinquenta anos entre nós, a obra do anticristo teve, até agora, apenas seis edições – as seis vendidas, é inegável, fora do movimento espírita, não obstante a editora também apresentá-la, perfidamente, como "um compêndio didático do Espiritismo"... Vale a pena, ainda, registrar que um dos prefácios é de autoria do português Diamantino Coelho Fernandes, então residente no Rio de Janeiro. Ele foi, inconscientemente, devido ao seu misticismo cego, um corruptor da literatura mediúnica. Estimulado pela obra do anticristo, psicografou com as trevas livros que atribuiu a Paulo de Tarso, Maria e outras personalidades ligadas a Jesus. Diamantino Coelho Fernandes desencarnou, tragicamente, em um desastre. (O Corpo Fluídico, de Wilson Garcia, edições Correio Fraterno, pp. 11 e segtes.)

Cremos que as observações acima feitas por Jorge Rizzini dizem o suficiente para que não percamos tempo com obras como a citada, que nunca fez nem faz parte do corpo doutrinário do Espiritismo.

 


 
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