WEB

BUSCA NO SITE

Edição Atual Edições Anteriores Adicione aos Favoritos Defina como página inicial

Indique para um amigo


O Evangelho com
busca aleatória

Capa desta edição
Biblioteca Virtual
 
Biografias
 
Filmes
Livros Espíritas em Português Libros Espíritas en Español  Spiritist Books in English    
Mensagens na voz
de Chico Xavier
Programação da
TV Espírita on-line
Rádio Espírita
On-line
Jornal
O Imortal
Estudos
Espíritas
Vocabulário
Espírita
Efemérides
do Espiritismo
Esperanto
sem mestre
Divaldo Franco
Site oficial
Raul Teixeira
Site oficial
Conselho
Espírita
Internacional
Federação
Espírita
Brasileira
Federação
Espírita
do Paraná
Associação de
Magistrados
Espíritas
Associação
Médico-Espírita
do Brasil
Associação de
Psicólogos
Espíritas
Cruzada dos
Militares
Espíritas
Outros
Links de sites
Espíritas
Esclareça
suas dúvidas
Quem somos
Fale Conosco

Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 378 - 31 de Agosto de 2014

GUARACI DE LIMA SILVEIRA
glimasil@hotmail.com
Juiz de Fora, MG (Brasil)

 
 

 

Quantas confusões fazemos!


Atualmente, somos submetidos a uma chuva de informações tanto na mídia quanto nas redes sociais. As notícias chegam e costumam nos tirar do sério. Quase sempre não estamos preparados para ouvi-las. Assentamos confortavelmente num sofá defronte a TV e lá vêm os noticiários, programas de entretenimentos, novelas, entrevistas, enfim. Surgem do nada e vão entrando em nós, que, quase sempre despreparados formamos opiniões a partir das dimensões social e emocional como os fatos nos são passados.

Ao vermos uma notícia ou uma cena envolvente, com grande carga dramática, sempre há os que deixam suas lágrimas rolarem pelas faces, tornando-se um partícipe eficaz do evento. São os neurônios espelho que, ativados, nos fazem participar do evento. Caso a notícia ou a cena nos mostram vilões extorquindo vítimas, uma revolta interna ameaça tirar nossa paz. Se um comediante nos induz a caminharmos com ele pelas vilas das suas propostas de risadas soltas e, quem sabe, inconsequentes, lá vamos nós a rir até quase morrer. De sorte que em apenas alguns minutos defronte ao aparelho mágico da TV, e agora são de LED’S com transmissão digital, promovemos profundas transformações em nosso campo emocional, sem perceber e sem ao menos avaliarmos se vale mesmo a pena tanto desgaste.

Lendo o livro Evolução em Dois Mundos, notadamente no capítulo III onde o mentor nos conduz a uma viagem sobre a formação dos nossos corpos físicos e perispirituais a partir da evolução da mônada, até chegarmos à condição humana, nos encantamos com o processo. Desde as algas, amebas, répteis, mamíferos, isto sem contar os reinos mineral e vegetal, viemos galhardamente vencendo as etapas. Mas, houve um dia que surgiu a razão. Ótimo. É parte do progresso, é parte da evolução. Tínhamos mesmo que deixar os reinos dos instintos e adentrar os reinos da inteligência. O Córtex Frontal se formou. Então surgiu o livre-arbítrio, mas igualmente o determinismo divino. E começamos a experimentar. Até aí tudo bem. Experimentamos, pesquisamos, formamos culturas, alargamos conhecimentos, dimensionamos nossas estruturas psíquicas. Nossos corpos se embelezaram e se embelezam a cada geração. As propostas dos cosméticos ajudam a corrigir algumas falhas ou mesmo enfeitar ainda mais as mais belas faces. As cirurgias plásticas consertam os acidentes anatômicos. E vamos todos nesta onda da evolução, rindo e chorando quase sempre sem uma análise mais profunda do por que nos alternamos tanto entre uma e outra.

Agora, estamos vivendo o que os mentores nos informam ser o processo de seleção visando à implantação do mundo de regeneração em nossa amada Terra. Então surge o impasse, ou melhor, surgem perguntas. Como fazer apara atender a tantas necessidades dos tempos atuais que nos obrigam a comprar, que nos obrigam a embelezar a aparência física, que nos obrigam a ficar antenados com os últimos acontecimentos, que nos obrigam a ser “modernos” atendendo aos apelos sociais, que nos sujeitam a concordar mesmo discordando? Como atender as exigências do lar, da família tendo que sair para trabalhar, aumentar o status ou até mesmo garantir o pão de cada dia, se os meios de transportes quase sempre nos deixam amassados, tamanho o fluxo de pessoas, se as correntes naturais do fazer diário podem nos deixar estressados, desanimados, desesperançados, desiludidos até?

Vejo constantemente moças e senhoras retocando a maquiagem em plena via pública ou dentro dos veículos que as transportam para seus locais de trabalho ou estudo. E, por falar em estudo, o mercado de trabalho nos obriga a fazer carreira acadêmica e o fazemos, quase sempre às pressas, sem um aprofundamento necessário que nos torne um agente eficaz do assunto ao qual nos dedicamos.

Mas o processo seletivo está em curso. Se necessitamos cuidar do espírito, como fazê-lo perante tantas exigências do dia a dia solicitando nossa atenção, decisões rápidas e que demonstrem alta competência? E me pergunto: será que nos preparamos para os dias atuais? O que fizemos nas reencarnações passadas? Será que temos mesmo que dar um salto gigantesco entre as sombras da Idade Média, do Absolutismo, do proletariado nas grandes indústrias do século XVIII, o alvorecer de um novo tempo no século XIX, as voluptuosas energias dependidas durante o século XX onde buscamos a liberdade por caminhos que entendemos terem sidos os melhores, se saímos de um tempo de uma vida rural para uma vida urbana, agitada, superlotada, em tão pouco tempo?

Mas lá vem de novo a lembrança: estamos num tempo de seleção para o mundo de regeneração. As casas espíritas, talvez as únicas responsáveis por anunciar o novo tempo, falam sempre. Aconselham. Promovem seminários, congressos... Muitos vão para ver de perto aquele ou aquela oradora famosa, de verbo fluente, arrebatador. Rever amigos e amigas de outras terras, sentir-se importante por participar de tal acontecimento. Ótimo. Só que não devemos fazer desses momentos um encontro casual, de confraternização, abraços etc. e sim momentos causais que nos alimentem a alma, enriquecendo-nos de conhecimentos para melhor nos cuidarmos da evolução espiritual.

E daí a pergunta: o que compete ao espírita? Cuidar de quê e do quê? É-nos possível atender às exigências sociais e profissionais que o presente nos impõe e ao mesmo tempo nos prepararmos conscientemente para as auroras do mundo que se tornará regenerado dentro de algum tempo? Se julgo algum infrator que a mídia me mostra; se me encanto com as belezas e sensualidades que as novelas me facultam; se atendo sem um juízo de valor aos apelos de marketing e vou correndo comprar isto ou aquilo, aproveitando as promoções, muitas vezes chamariz aos incautos; se me alinho na frente dos regimentos que apoiam este ou aquele comportamento, notadamente estranhos aos ensinos que os mentores nos trouxeram e nos trazem; se entro nas perigosas faixas dos ganhos a qualquer custo. Isto me prepara mais para viver no mundo de provas e expiações que no mundo de regeneração. Mas o que é o mundo de regeneração?

O próprio nome nos induz a uma reflexão. Regenerar, segundo os dicionários, é restabelecer o que estava destruído, arruinado. Gerar ou produzir novamente. Revivificar, reorganizar, reformar, melhorar, restabelecer a atividade, porém o que mais me chama a atenção é a proposta do fazer-se de novo. Segundo Jung todos trazemos em nós o inconsciente coletivo. Representa ele o conjunto de informações adquiridas ao longo das nossas encarnações e/ou vivências no plano espiritual. Estamos quase que recém-saídos dos tempos das barbáries, do manda quem pode, obedece quem tem juízo. Das infindas lutas territoriais de defesa ou extensões do mesmo. Ainda muitos se comprazem nos mandamentos da corrupção tornando-se corruptores ou corruptíveis tentando enganar a sociedade, expondo-se com isto. Ora, a proposta da corrupção ou é para se chegar ao poder temporário da Terra ou é para enriquecer-se materialmente. Ambos ficam aqui no dia da nossa desencarnação. Muitos que foram mandatários do passado e que nesta encarnação perderam seus tronos incitam a sociedade a rebelar-se contra as propostas vigentes, muitas vezes com atos de vandalismos ou criando verdadeiras redes do crime, tentando mostrar tardiamente sua soberania. E os consumidores das drogas alucinógenas que mantêm o tráfico das mesmas. Quem são eles e quais destinos estabelecem para si? E eu, como espírita, cristão, como emito minhas opiniões a respeito de tudo isto? Será que estou ileso a esses comandos?

Fazemos ainda muitas confusões por quase sempre não estabelecermos metas concisas e confiáveis. Muitos reclamam dos tempos atuais, ora, com certeza tivemos oportunidades no passado para não vivermos nesta euforia anarquista que vemos, impávidos, acontecer perto ou longe de nós. Muitos Espíritos conscientes e que bem aproveitaram suas chances estão hoje no plano espiritual preparando-se para reencarnar no novo tempo. De forma que, se aqui estamos, é porque merecemos estar e devemos providenciar urgentemente uma proposta eficaz que nos coloque ao lado daqueles que foram sensatos. É preciso refletir. É preciso uma tomada de decisões, utilizando para isto e de forma eficiente o livre-arbítrio.  Lembramos aqui as palavras do Mentor Alexandre no livro Missionários da Luz, cap. 13, quando ele diz: “Todas as nossas obras, efetuadas de acordo com as leis divinas, sustentam-se por si mesmas e esperam-nos em qualquer tempo para a colheita de saborosos frutos de alegria eterna. Somente o mal está condenado à destruição e apenas o erro necessita laboriosos processos de retificação”.

Pensemos, analisemos e concluamos com soberana lucidez. Os barulhos do mundo deverão ceder espaços à serenidade que liberta. A bem da verdade, as doenças psíquicas dão mostras deste fato. A Organização Mundial de Saúde define a saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não somente ausência de afecções e enfermidades". Isto nos faz deduzir que saúde é também um valor da comunidade e não só do indivíduo. E todos somos células da comunidade, daí que todos somos responsáveis pelos seus estados de saúde ou doença. Segundo os estudiosos, saúde é, portanto, um valor coletivo, um bem de todos, devendo cada um gozá-la individualmente, sem prejuízo de outrem e, solidariamente, com todos. Se buscamos ávidos e contínuos os avanços naturais da hora presente, é importante considerar que esses avanços também requerem nossas atenções e propostas de paz em nós e onde vivemos.

 
 


 


Voltar à página anterior


O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita