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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 378 - 31 de Agosto de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 25)

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. É lícito afirmar que a doutrinação é uma terapia de amor?

Certamente. Essa frase, aliás, foi dita por D. Emerenciana ao próprio autor desta obra, nos seguintes termos: “A doutrinação, amigo Miranda, é uma terapia de amor e somente com essa força, em nosso campo de ação espiritual, logramos o resultado a que ela se propõe. A informação lógica rompe as barreiras mentais e auxilia a razão, todavia, só o amor bem vivido arrebenta as algemas do ódio, da indiferença e proporciona o perdão”. “Longos discursos e debates mediúnicos em muitos Núcleos espíritas às vezes servem apenas para a exibição de cultura e habilidade verbal; raramente para esclarecer e libertar os que se sentem lesados e estão sofridos, buscando entendimento, mesmo sem que se deem conta disso, e socorro.” (Loucura e Obsessão, cap. 16, pp. 210 a 212.)

B. Que requisitos exige o tratamento das alienações mentais, incluindo-se aí as obsessões?

O tratamento exige moralidade, paciência, fé e títulos de enobrecimento por parte daqueles que se lhe dedicam ao mister. O terapeuta comum, quando portador desses requisitos, exterioriza a força curadora que passa a envolver o paciente, dando-lhe ou aumentando-lhe as resistências. Ao mesmo tempo, uma conduta exemplar confere méritos àquele que a possui, atraindo a consideração e complacência dos Bons Espíritos que passam a auxiliá-lo, dele se utilizando na ação do Bem. No que tange ao labor terapêutico para as obsessões, tais requisitos são fundamentais, porquanto, não os identificando naqueles que os aconselham, os Espíritos doentes rechaçam-lhes as palavras, ante a evidência de que elas são expressas sem conteúdo de verdade, pois que não são vividas. O doutrinador espírita deve, pois, verbalizar e viver o ensino, pelas realizações íntimas e externas que produz. (Loucura e Obsessão, cap. 17, pp. 213 e 214.)

C. É verdade que o tratamento realizado na reunião mediúnica prossegue no plano espiritual?

Sim, é verdade. O trabalho prossegue além das vibrações materiais com maior intensidade. Há quem estranhe tal providência, esquecendo que, antes da divulgação do Espiritismo, os socorros desobsessivos eram processados dentro desses padrões, o que, aliás, ainda é feito nos lugares aonde a Doutrina Espírita não chegou ou a mediunidade esclarecida não é utilizada como deveria. Conjugando-se os esforços, em ambos os lados da vida, mais eficientes e rápidos são os resultados, ensejando às criaturas encarnadas o conhecimento da realidade de ultratumba e a aquisição de valores pela ação da caridade desenvolvida. (Loucura e Obsessão, cap. 17, pp. 215 a 217.)

Texto para leitura

97. José Manuel e a esposa decidem perdoar a seu infeliz adversário – Logo que ouviu a antiga esposa falar em perdoar, José Manuel, tomado pelo impacto da surpresa, tentou devolver-lhe a criança, clamando: “Nunca o farei!” E ia entrar no desconcerto da emoção atormentada, quando a mulher que ele amava retrucou: “De Deus é o filho, de Deus é a Vida. Se Deus o perdoa, por que nós não o faremos? O Pai nos devolve o filho, por que nós não lhe podemos restituir a paz? O nosso pesadelo no ódio foi muito longo. Enquanto enveredamos pela treva, nosso filhinho seguiu a claridade do bem. Quando morreu, veio em nossa busca e não nos encontrou. Soube da nossa infinita desdita, porém não pôde rever-nos nem estar conosco. Teria que lutar muito para nos socorrer um dia, e foi o que passou a fazer. Essa batalha vem ele travando há mais de um século. Reencarnou-se e fez-se pai, pois que assim é a roda das existências, recebendo nos braços, para que se pudesse redimir, aquele que nos jogou no calabouço da infinita aflição”. Dito isto, a ex-escrava revelou: “Fica sabendo, portanto, que o nosso adorado filho de ontem foi, há pouco tempo, na Terra, o amado pai do nosso infelicitador. Como pedimos a Deus que nos concedesse o filho em paz, este pai suplica pelo filho desditoso, a fim de que sejamos irmãos em resgate redentor”. José Manuel deteve-se, perplexo, e após demorar-se raciocinando, balbuciou, fulminado: “Que estratagema! Não sei se é abençoada ou maldita a circunstância. Se nos vingarmos, teremos que infelicitar o filho amado daquele que é o nosso filho querido”. “E os crimes que o bárbaro cometeu contra nós?” Ante a pergunta feita pelo companheiro, a ex-escrava disse-lhe, convicta: “Praticou-os contra ele mesmo. Observa-o, humilhado e sob controle, quanto nós próprios nos encontramos. Ele tem sofrido a nossa presença nefanda, há quanto tempo? Ei-lo enfermo mental sob o jugo dos seus erros, que nós ambos pioramos com nossa fúria, para quê? Tirar-lhe o corpo não é tomar-lhe a vida. Se prosseguirmos com nosso plano, já não o teremos, pois que ele, pagando à Consciência Divina os seus crimes, nos escapará. Que será de nós? E como nos verá o filho, que retornou como seu pai? A quem seguirá, senão ao que mais necessita, e, no caso, será a ele!? De minha parte, declaro: amo-te; porém, o perdoo. Eu sei o que é sofrer e conheço o travo ímpar do desconforto moral e da aflição. Não imporei mais desdita a ninguém”. José Manuel, vencido pelos argumentos da companheira, derreou-se na cadeira e aquiesceu. A esposa então voltou a abraçá-lo, enquanto irmã Emerenciana, tomando o centro da sala, explicou-lhes a origem do seu sofrimento na escravidão em terras do Brasil. (Loucura e Obsessão, cap. 16, pp. 208 e 209.) 

98. Não existe efeito sem causa e ninguém sofre sem merecer – O eito da escravidão, explicou a Benfeitora, fora efeito de loucuras que ambos haviam praticado em existências passadas, na Europa, donde foram degredados em Espírito para renascerem na África. “Também eu – contou Emerenciana – provei o fel da amargura, a tenaz do degredo nas carnes da alma. Semilouca de dor, elegi o perdão antes que a vingança e, por amor a um filho que optou pelo crime como vós, aqui permaneço, a fim de o ajudar. Não há, como vedes, efeito sem causa, razão pela qual ninguém sofre sem merecer.” A Benfeitora esclareceu, pois, que eles recomeçavam naquele momento o processo de sua redenção, que os capacitaria para mais avançadas conquistas. Era preciso, porém, confiar em Deus e ter coragem. Dito isto, ela recomendou: “Agora, repousai por algum tempo, após a fatigante peleja”. “Despertareis além destes sítios e destas vibrações, em lugar formoso que vos aguarda e donde partireis para outras etapas com amores que esquecestes temporariamente, porém, que velavam por vós nesta imensa noite de agonia. Deus vos abençoe!” As Entidades, a exemplo de Carlos, foram envolvidas pelas dúlcidas vibrações da Benfeitora e adormeceram. Deslindadas, a seguir, dos fluidos dos médiuns, logo após o encerramento dos trabalhos, foram conduzidas a outro campo de ação a fim de serem hospitalizadas em lugar próprio de refazimento e estudos, enquanto Carlos, sempre sob os cuidados de seu genitor, retornou à sua atual personalidade terrestre. Mais tarde, confabulando com a Instrutora a respeito do recurso da doutrinação indireta, em que a própria esposa conversou com José Manuel, Emerenciana elucidou: “A doutrinação, amigo Miranda, é uma terapia de amor e somente com essa força, em nosso campo de ação espiritual, logramos o resultado a que ela se propõe. A informação lógica rompe as barreiras mentais e auxilia a razão, todavia, só o amor bem vivido arrebenta as algemas do ódio, da indiferença e proporciona o perdão”. “Longos discursos e debates mediúnicos em muitos Núcleos espíritas às vezes servem apenas para a exibição de cultura e habilidade verbal; raramente para esclarecer e libertar os que se sentem lesados e estão sofridos, buscando entendimento, mesmo sem que se deem conta disso, e socorro. Não será,  por acaso,  essa a técnica de que a Vida se utiliza para conosco?  Mais lição silenciosa no tempo, do que verbalismo apressado na hora da ocorrência.” (Loucura e Obsessão, cap. 16, pp. 210 a 212.) 

99. O doutrinador espírita deve não apenas verbalizar, mas viver o que ensina – Desde que se iniciaram as terapias espirituais em favor de Carlos e Lício, Emerenciana estabeleceu um programa paralelo de assistência fluídica através de passes diários, a fim de manter-lhes o equilíbrio emocional possível, impedindo ao mesmo tempo que Espíritos ociosos, zombeteiros ou exploradores das energias fisiopsíquicas viessem piorar a situação dos pacientes, mesmo que não estivessem ligados a eles diretamente. A providência revestiu-se de muita sabedoria, porquanto a emanação psíquica enferma serve de nutrição a parasitas espirituais que lhe são atraídos e nela se comprazem, originando-se ou ampliando-se as obsessões por acaso existentes. O tratamento das alienações mentais, incluindo-se a obsessão, é muito desgastante e exige moralidade, paciência, fé e títulos de enobrecimento por parte daqueles que se lhe dedicam ao mister. O terapeuta comum, quando portador desses requisitos, exterioriza a força curadora que passa a envolver o paciente, dando-lhe ou aumentando-lhe as resistências. Ao mesmo tempo, uma conduta exemplar confere méritos àquele que a possui, atraindo a consideração e complacência dos Bons Espíritos que passam a auxiliá-lo, dele se utilizando na ação do Bem. No que tange ao labor terapêutico para as obsessões, tais requisitos são fundamentais, porquanto, não os identificando naqueles que os aconselham, e lhes apontam o bom caminho, os Espíritos doentes rechaçam-lhes as palavras, ante a evidência de que elas são expressas sem conteúdo de verdade, pois que não são vividas. O doutrinador espírita deve, pois, verbalizar e viver o ensino, constituindo o exemplo que demonstra a qualidade do que apresenta, pelas realizações íntimas e externas que produz. Como efeito, o paciente sintoniza com os bons conselhos do seu doutrinador, nele encontrando apoio emocional, como determinados enfermos o encontram no seu médico, para vencer ou contornar as dificuldades do tratamento. A contribuição da família, em tais cometimentos, é valiosa, porquanto todo problema psíquico e mesmo físico em alguém traz uma correlação com os membros do clã. Especificamente, no capítulo das obsessões, é evidente que o enfermo se torna, de alguma forma, instrumento de cobrança, mesmo que indireta, para aqueles com quem vive e a quem se vincula por impositivos do passado. (Loucura e Obsessão, cap. 17, pp. 213 e 214.) 

100. O tratamento da obsessão prossegue além das vibrações materiais – Dissertando ainda sobre os trabalhos de desobsessão, Miranda lembrou que o grupo mediúnico dedicado a esse mister possui graves responsabilidades, que não devem ser desconsideradas. Membro atuante da equipe, cada companheiro exerce um tipo de tarefa que se reflete no êxito do conjunto, conforme a conduta que mantenha. Não terminando o tratamento dos obsessores e dos obsessos quando são encerrados os processos da sessão mediúnica, na Casa Espírita, ei-lo que prossegue além das vibrações materiais com maior intensidade. Há quem estranhe tal providência, esquecendo que, antes da divulgação do Espiritismo, os socorros desobsessivos eram processados dentro desses padrões, o que, aliás, ainda é feito nos lugares aonde a Doutrina Espírita não chegou ou a mediunidade esclarecida não é utilizada como deveria. Conjugando-se os esforços, em ambos os lados da vida, mais eficientes e rápidos são os resultados, ensejando às criaturas encarnadas o conhecimento da realidade de ultratumba e a aquisição de valores pela ação da caridade desenvolvida. No dia seguinte ao deslindamento de José Manuel, Carlos despertou muito bem, com humor relativamente renovado e otimista até certo ponto. Sua mãe não teve dúvida em associar aquela melhora à assistência recebida de irmã Emerenciana, e formulava planos para sensibilizar o filho em favor dos valores da vida espiritual. Empédocles, genitor de Carlos, a induziu ao diálogo com o filho, e ela, após o café matinal, numa conversa em que aparentava despreocupação, contou ao rapaz ter visitado, dias atrás, uma casa de Caridade espiritual, que lhe fora recomendada, em busca de conforto moral e de paz. Reportando-se ao esposo falecido, em quem continuava confiando, a mãe informou ter consultado um médium, obtendo na oportunidade importante orientação de parte do Guia Espiritual do referido medianeiro, o qual, segundo pensava, correspondia ao Anjo da Guarda mencionado na teologia católica. (Loucura e Obsessão, cap. 17, pp. 215 a 217.) (Continua no próximo número.)


 


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