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Estudando a série André Luiz
Ano 8 - N° 378 - 31 de Agosto de 2014
MARCELO BORELA DE OLIVEIRA
mbo_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 

 

Mecanismos da Mediunidade

André Luiz

(Parte 35)

Damos prosseguimento ao estudo sequencial do livro Mecanismos da Mediunidade, obra de autoria de André Luiz, psicografada pelos médiuns Waldo Vieira e Francisco Cândido Xavier e publicada em 1960 pela Federação Espírita Brasileira.

Questões preliminares

A. Hábito e reflexo condicionado mantêm entre si alguma correlação?  

Sim. O hábito é, em verdade, uma cristalização do reflexo condicionado específico, como podemos ver nas ocorrências normais do cotidiano. Observemos o homem moderno buscando o jornal da manhã, e vê-lo-emos procurando o setor do noticiário com que mais sintonize. Se os negócios materiais lhe definem o campo de interesses imediatos, assimilará automaticamente todos os assuntos comerciais, emitindo oscilações condicionadas aos pregões e avisos divulgados. Se o tema que lhe importa são os assuntos policiais, é isso que buscará em primeiro lugar no noticiário de cada dia, tornando-se essa busca um hábito que se repetirá diariamente e dificilmente será modificado. (Mecanismos da Mediunidade, cap. XVIII, págs. 118 a 120.) 

B. Esse comportamento poderá atrair companhias invisíveis aos nossos olhos?

Sim. Suponhamos que o leitor mencionado se decida pelos fatos policiais. Avidamente procurará os sucessos mais lamentáveis e, finda a voluptuosa seleção dos crimes ou desastres apresentados, escolherá o mais impressionante aos próprios olhos, para nele concentrar a atenção. Feito isso, começará exteriorizando na onda mental característica os quadros terrificantes que lhe nascem do cérebro, plasmando a sua própria versão, ao redor dos fatos ocorridos. Nesse estado de ânimo, atrairá companhias simpáticas que, em lhe escutando as conjecturas, passarão a cunhar pensamentos da mesma natureza, associando-se-lhe à maneira íntima de ver, não obstante cada um se mostre em campo pessoal de interpretação. Daí a instantes, se as formas-pensamentos fossem visíveis ao olhar humano, os comentaristas contemplariam no próprio agrupamento o fluxo tóxico de imagens deploráveis, em torno da tragédia, a lhes nascerem da mente no regime das reações em cadeia, espraiando-se no rumo de outras mentes interessadas no acontecimento infeliz. (Obra citada, cap. XVIII, págs. 118 a 120.) 

C. Na mediunidade de efeitos intelectuais a eclosão da força psíquica pode surgir em qualquer idade? 

Qual se observa nos fenômenos de efeitos físicos, a eclosão da força psíquica nos efeitos intelectuais pode surgir em qualquer idade fisiológica, verificando-se, muita vez, a simbiose entre a entidade desencarnada e a entidade encarnada desde o renascimento desta última, pela ocorrência da conjugação de ondas. Em todos os continentes, podemos encontrar milhões de pessoas em tarefas dignas ou menos dignas senhoreadas por Espíritos desenfaixados do liame físico, atendendo a determinadas obras ou influenciando pessoas para fins superiores ou inferiores, em largos processos de mediunidade ignorada, fatos esses vulgares em todas as épocas da Humanidade. (Obra citada, cap. XVIII, págs. 120 e 121.) 

Texto para leitura 

109. Nas ocorrências cotidianas – No estudo da mediunidade de efeitos intelectuais, podemos invocar as ocorrências cotidianas para ilustrar a nossa conceituação de maneira simples. Basta examinar o hábito, como cristalização do reflexo condicionado específico, para encontrá-la, a cada instante, nos próprios encarnados entre si. Observemos o homem moderno buscando o jornal da manhã, e vê-lo-emos procurando o setor do noticiário com que mais sintonize. Se os negócios materiais lhe definem o campo de interesses imediatos, assimilará automaticamente todos os assuntos comerciais, emitindo oscilações condicionadas aos pregões e avisos divulgados. Formará, então, largos raciocínios sobre o melhor modo de amealhar os lucros possíveis e, se o cometimento demanda a cooperação de alguém, buscá-lo-á, incontinenti, na pessoa de um parente ou afeiçoado que lhe partilhe as visões da vida. O sócio potencial de aventura ouvir-lhe-á as alegações e, mecanicamente, absorver-lhe-á os pensamentos, passando a incorporá-los na onda que lhe seja própria, mentalizando os problemas e realizações previstos, em termos análogos. Cada um de per si falará na ação em perspectiva, com impulsos e resoluções individuais, embora a ideia fundamental lhes seja comum. Pelo reflexo condicionado específico, haurido através da imprensa, ambos produzirão raios mentais, subordinados ao tema em foco, comunicando-se intimamente um com o outro e partindo no encalço do objetivo. Suponha-se que o leitor se decida pelos fatos policiais. Avidamente procurará os sucessos mais lamentáveis e, finda a voluptuosa seleção dos crimes ou desastres apresentados, escolherá o mais impressionante aos próprios olhos, para nele concentrar a atenção. Feito isso, começará exteriorizando na onda mental característica os quadros terrificantes que lhe nascem do cérebro, plasmando a sua própria versão, ao redor dos fatos ocorridos. Nesse estado de ânimo, atrairá companhias simpáticas que, em lhe escutando as conjecturas, passarão a cunhar pensamentos da mesma natureza, associando-se-lhe à maneira íntima de ver, não obstante cada um se mostre em campo pessoal de interpretação. Daí a instantes, se as formas-pensamentos fossem visíveis ao olhar humano, os comentaristas contemplariam no próprio agrupamento o fluxo tóxico de imagens deploráveis, em torno da tragédia, a lhes nascerem da mente no regime das reações em cadeia, espraiando-se no rumo de outras mentes interessadas no acontecimento infeliz. E, por vezes, semelhantes conjugações de ondas desequilibradas culminam em grandes crimes públicos, nos quais Espíritos encarnados, em desvario, pelas ideias doentes que permutam entre si, se antecipam às manifestações da justiça humana, efetuando atos de extrema ferocidade, atacados de loucura coletiva, para, mais tarde, responderem às silenciosas arguições da Lei Divina, cada qual na medida de sua participação na prática do mal. (Cap. XVIII, pp. 118 a 120.)

110. Mediunidade ignorada – Na pauta do reflexo condicionado específico surpreendemos também vícios diversos, tão vulgares na vida social, como sejam a maledicência, a crítica sistemática, os abusos da alimentação e os exageros do sexo. Esse ou aquele Espírito encarnado, sob o disfarce de um título honroso qualquer, lança o motivo inconveniente numa reunião ou conversação, e quantos lhe aderem ao mote passam a lançar oscilações mentais no plano menos digno que lhes diga respeito, plasmando formas-pensamentos estranhas, entre as quais permanece o conjunto em comunhão temporária, do qual cada um se retira experimentando excitação de natureza inferior, à caça de presa para os apetites que manifeste. Como é fácil reconhecer, cada qual foi apenas influenciado de acordo com as suas inclinações, mas debita a si próprio os erros que venha a perpetrar, conforme a onda mental que deitou de si mesmo. Tais notas ajudam a compreender os mecanismos da mediunidade de efeitos intelectuais, em que encarnados e desencarnados se associam nas manifestações da chamada metapsíquica subjetiva. Qual se observa nos efeitos físicos, a eclosão da força psíquica nos efeitos intelectuais pode surgir em qualquer idade fisiológica, verificando-se, muita vez, a simbiose entre a entidade desencarnada e a entidade encarnada desde o renascimento desta última, pela ocorrência da conjugação de ondas. Em todos os continentes, podemos encontrar milhões de pessoas em tarefas dignas ou menos dignas – mais destacadamente os expositores e artistas da palavra, na tribuna e na pena, como veículos mais constantemente acessíveis ao pensamento – senhoreadas por Espíritos desenfaixados do liame físico, atendendo a determinadas obras ou influenciando pessoas para fins superiores ou inferiores, em largos processos de mediunidade ignorada, fatos esses vulgares em todas as épocas da Humanidade. (Cap. XVIII, pp. 120 e 121.)

111. Mediunidade disciplinada – Imaginemos que certa personalidade se disponha a disciplinar as energias medianímicas, segundo os moldes morais da Doutrina Espírita, cujos postulados se destinam a solucionar, tão simplesmente quanto possível, todos os problemas do destino e do ser. Admitida ao círculo da atividade espiritual, recolherá na oração o reflexo condicionado específico para exteriorizar as oscilações mentais próprias, no rumo da entidade desencarnada que mais de perto lhe comungue as ideações. Decerto que, nos serviços de intercâmbio, experimentará largo período de vacilações e dúvidas, porquanto, morando no centro das próprias emanações e recolhendo a influenciação do plano espiritual com que, muitas vezes, já se encontra inconscientemente automatizada, a princípio supõe que as ondas mentais alheias incorporadas ao campo de seu Espírito não sejam mais que pensamentos arrojados do próprio cérebro. Ilhado no fulcro da consciência, de acordo com a Lei do Campo Mental que especifica obrigações para cada ser guindado à luz da razão, habitualmente tortura-se o medianeiro, perguntando se não deve interromper o chamado “desenvolvimento mediúnico”, já que não consegue discernir, de imediato, as ideias que lhe pertencem das ideias que pertencem a outrem, sem perceber que ele próprio é um Espírito responsável, com o dever de resguardar a própria vida mental e de enriquecê-la com valores mais elevados pela aquisição de virtude e conhecimento. (Cap. XVIII, pp. 121 e 122.) 

Glossário

Metapsíquica – Estudo dos fenômenos metapsíquicos

Metapsíquico – Relativo aos fenômenos que transcendem o alcance da psicologia ortodoxa e são aparentemente anormais ou inexplicáveis, como, p. ex., a clarividência, a telepatia. 

Reflexo condicionado Psicol.  Resposta condicionada.

Simbiose Associação de duas plantas ou de uma planta e um animal, na qual ambos os organismos recebem benefícios, ainda que em proporções diversas, como os liquens. Associação entre dois seres vivos que vivem em comum. Vida em comum com outro(s). Associação e entendimento íntimo entre duas pessoas.




 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita