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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 376 - 17 de Agosto de 2014

VLADIMIR POLÍZIO
polizio@terra.com.br
Jundiaí, SP (Brasil)

 
 
 

A Viagem – uma novela
com tema espírita


Ivani Ribeiro (1916-1995), cujo nome original é Cleide Freitas Alves Ferreira, nascida no município litorâneo-paulista de São Vicente, desenvolveu na Capital de São Paulo sua arte cênica.

No ano de 1975, através da então TV Tupi, foi ao ar um dos trabalhos de dramaturgia que fez sucesso em todo o território nacional, por tratar de assunto que na verdade sempre interessou a muitos, mas que, em razão do compromisso religioso individual, os impedimentos naturais acabavam prejudicando uma aproximação maior com o tema.

E foi assim que, buscando conhecimento em dois livros espíritas, Nosso lar (1944) e A vida continua (1968), ambos da autoria de André Luiz, com psicografia de Francisco Cândido Xavier (1910-2002), Ivani Ribeiro, com a orientação do professor José Herculano Pires (1914-1979), escreveu a novela “A Viagem”, com base assentada no Espiritismo.

Nessa época, Eva Wilma, Altair Lima, Tony Ramos e Cláudio Corrêa e Castro estavam à frente do elenco.

Na versão da própria autora, em 1994, a Rede Globo apresentou esse mesmo tema, A Viagem, com nova roupagem artística e a participação de Solange Castro Neves, apontada como a responsável pelo grande êxito da trama, com a inserção de alguns complementos pertinentes, como terapias e experiências espiritualistas que invadiram o final do século XIX.

Para os que conhecem o Espiritismo, doutrina filosófica, científica e religiosa devida a Allan Kardec, trata-se de um tema vivo e estudado constantemente pelos espíritas, e que será apresentado pela televisão por um selecionado elenco de profissionais que vivem a trama desenrolada nos capítulos que compõem o episódio.

Para os que desejam conhecer a Doutrina Espírita ou Espiritismo, essa será mais uma das ótimas oportunidades oferecidas pela televisão brasileira, de conhecer, além dos bastidores da vida física, caminhos em que as demais doutrinas religiosas não penetram, não percorrem e nem circulam à vontade.

O trabalho de Ivani Ribeiro é considerado como sucesso da teledramaturgia nacional e um dos pioneiros na abordagem do Espiritismo. Há muito tempo sonhava em escrever uma novela em cuja trama incluísse alguma coisa de cunho espiritualista. Esse sonho ela realizou em A Viagem. Para que tudo isso saísse perfeito e para que, em sua novela, a trama espírita fosse mostrada dentro de uma concepção real da doutrina, Ivani procurou a assessoria do prof. Herculano, diretor do Departamento doutrinário do Grupo Espírita Cairbar Schutel, de Vila Clementino, em São Paulo-SP, que se mostrou solícito em acompanhar o trabalho que estava sendo realizado e se sentia feliz com o andamento da novela. O depoimento de Herculano Pires, que segue, refere-se ao elenco de 1975, primeira gravação de A Viagem:

– “Meu sentido é dar uma contribuição doutrinária sem me envolver no enredo, que é a criação exclusiva de Ivani Ribeiro. É a primeira vez que oriento um trabalho dessa natureza e me alegro em ver a verdadeira concepção doutrinária da vida espiritual tão bem retratada na televisão, para milhões se telespectadores. O mérito do trabalho é todo de Ivani, autora que considero de grande inteligência. Ela escreve capítulos e, periodicamente, fazemos uma pequena reunião e eu vou dando as orientações necessárias. Minha assessoria se faz sentir mais nas telas do Dr. Alberto (Rolando Boldrin) e do Dr. César Jordão (Altair Lima). Mais ainda, a partir da morte (passagem) de Alexandre (Everton de Castro). Ao ser preso, julgado e condenado, Alexandre jurou que vivo ou morto se vingaria. Essas influências são possíveis, pois o Espírito, ao fazer sua viagem, leva consigo todas as características que teve na vida terrena, porque ele acompanha toda a evolução biológica do corpo”.

Doutor em teledramaturgia brasileira e latino-americana pela USP (Universidade de São Paulo) e membro da Academia Internacional de Artes e Ciências da Televisão de Nova York, Mauro Alencar lista cinco motivos para os telespectadores não perderem a quarta exibição da trama na TV. O canal Viva, por sua vez, informa que a escolha visa atender aos pedidos do público:

1º - A vida pós-morte na visão de Ivani Ribeiro, tal e qual a conhecemos e a vida em outro plano, após a morte, a vivência espiritual, armou, com isso, um leque de possibilidades muito grande, sendo que um grupo repercutia no outro.

2º - Roteiro atual, que cativa independentemente da religião. É preciso algo que vá além da matéria para dar suporte ao que enfrentamos diariamente. E, dentro dessa cosmovisão de que o plano terreno não é o único para todas as respostas que necessitamos, surge o processo de libertação e a vida passa a fluir de maneira mais serena.

3º - Estão todos muito bem representados: o amor, a revolta, a ira, a inveja, o rancor, o companheirismo. Portanto, apresenta um manancial de ideias, tendo o Espiritismo como eixo central.

4º - Tema tabu: o suicídio de Alexandre (Guilherme Fontes). Diga-se de passagem, a autora escreveu sobre isso com um lastro de humanidade muito grande, arquitetando a trama e movimentando os personagens. Importante dizer que o suicídio de Alexandre serviu como impulso dramático, ou seja, foi o motor de arranque para os conflitos posteriores, e,

5º - A viagem tem todo o elenco muito bem conduzido em cena, sob a direção de Wolf Maia. Estão na trama os atores: Antônio Fagundes, Christiane Torloni, Maurício Mattar, Andréa Beltrão, Miguel Falabella, Lucinha Lins, Laura Cardoso, Jonas Bloch, Thaís de Campos e Guilherme Fontes. 

E é com esse acervo de valores que a partir de 14 de julho do corrente ano, o canal Viva, da Rede Globo, vem levando ao ar a novela “A Viagem”, de Ivani Ribeiro, de segunda a sábado, no horário das 14h30, com reprise no início da madrugada, à 01h45.


Fontes:

Revistas Amiga e Contigo, de 1975.

Reportagem de Rogaciano de Freitas.


 


 


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