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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 374 - 3 de Agosto de 2014

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)

 
 
 

Redenção pelo trabalho

Onde passaram deixaram os apóstolos as
marcas indeléveis do Cristo

"Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também."  - Jesus. (Jo, 5:17)


Jesus estava bem acima das convenções humanas que eram muito valorizadas pelos judeus, muitas delas sem sentido... O Mestre sempre deixou bem claro que as ordenações exteriores não podiam obstar as ações no bem. Em muitas passagens do Evangelho, flagramo-LO sempre estimulando as criaturas para "a parte boa", aquela que não se perde, que permanece...

Ingenuamente - a princípio - os Seus discípulos animaram estranhas esperanças, disputaram primazias, acalentaram sonhos quiméricos, alimentaram ambições de triunfos horizontais e honrarias banais crendo que lhes seriam dispensados privilégios especiais que os distinguiriam dos demais... Ledo engano!

Uma vez que suas interrogações iam sendo elucidadas pelo Mestre Celeste e principalmente observando os Seus exemplos, começaram a descortinar e pressentir - enfim - a pesada responsabilidade que lhes estava pousando nos ombros.

Não teriam privilégios nem regras de exceções e, sim, aflições; não teriam repouso e, sim, trabalho, canseiras, estafas; não teriam facilidades e, sim, dificuldades, sacrifícios e cruentos holocaustos...

Por conhecer os proscênios de lutas dos seguidores do Cristo é que Paulo escreveu aos coríntios[1]: “tenho, para mim, que Deus a nós, apóstolos, nos põe por último, como condenados à morte; pois somos feitos espetáculo ao mundo, aos anjos e aos homens. Até esta presente hora sofremos fome, e sede, e estamos nus, e recebemos bofetadas, e não temos pousada certa. E nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados, e bendizemos; somos perseguidos, e sofremos; somos blasfemados, e rogamos; até ao presente temos chegado a ser como o lixo deste mundo, e como a escória de todos. Não escrevo estas coisas para vos envergonhar; mas admoesto-vos como meus filhos amados."

Bem cedo, descobriam os apóstolos que teriam de trilhar por caminhos, cobertos de espinhos arroteando sáfaros terrenos e incultos corações, semeando o pólen fecundante da Boa-Nova; e, qual discreto perfume de poderosa impregnação, por onde passassem, deixariam os indeléveis sinais da renovação com o Cristo!...

Ele chegou discreto para o combate da não violência. Protegido sob o pálio da paciência, pelo capacete da fé imarcescível, e pelo escudo da bondade infinita, municiou-Se de Amor e utilizou-Se da estratégia do bem incessante e infatigável. Dispensou intermediários e participou - pessoalmente - de todas as ações da frente de batalha que colimariam com a vitória do bem contra o mal, infundindo com Seu desvelo, pelo exemplo, as lições inapagáveis do dever fielmente cumprido e da abnegação que exorbita todos os limites...

Partiu espezinhado, dando ganho de causa aos assassinos e perseguidores, mas, na verdade, o grande vitorioso foi Ele mesmo, que deixou Sua trajetória terrena indelevelmente marcada pelos traços de Luz do Mais Alto, legando-nos o exemplo do labor perseverante a ser empreendido por todos que O seguem empós pelos íngremes e ásperos caminhos da alforria espiritual.

O Espiritismo, estudado, compreendido e... praticado, faculta a todos nós a indispensável tranquilidade e segurança para que possamos atravessar as reencarnações com olhos postos no portal da ressurreição triunfante em clima de total e imperecível felicidade. Não oferece, portanto, os ouropéis do mundo, quais sejam: a glorificação fulgurante, o orgulho prepotente, joias preciosas, triunfos transitórios, posições de relevo, compensações e quejandos... Daí a importância da conclamação feita por Marco Prisco: "sustenta a renúncia como portal de luz e apregoa o amor como a gema rara de aquisição eterna. Conclama o Espírito ao labor incessante, porque o trabalho é a estrada de acesso ao país-da-ventura-plena".

Allan Kardec[2] realça a importância do trabalho nos caminhos da redenção da seguinte forma: “do ponto de vista terreno, a máxima ‘buscai e achareis’ é análoga a esta outra ‘ajuda-te a ti mesmo que o Céu te ajudará’. É o princípio da lei do trabalho e, por conseguinte, da lei do progresso, porquanto o progresso é filho do trabalho, visto que este põe em ação as forças da inteligência.

(...) Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: procura e acharás; trabalha e produzirás.

Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a serem utilizadas, descobertas e invenções... Eles se limitam a mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: anda e chegarás”.

Tal o sentido das palavras: “buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á".

Afirma Meimei: "(...) é pela bênção do trabalho que podemos esquecer os pensamentos que nos perturbam, olvidar os assuntos amargos, servindo ao próximo, no enriquecimento de nós mesmos. Com o trabalho melhoramos nossa casa e engrandecemos o trecho de Terra onde a Providência Divina nos situou. Ocupando a mente, o coração e os braços nas tarefas do bem, exemplificamos a verdadeira fraternidade e adquirimos o tesouro da simpatia, com o qual angariaremos o respeito e a cooperação dos outros.

O trabalho é uma instituição de Deus", que Jesus chancelou com singular exemplificação.

Finaliza - poeticamente - Meimei:

Quem move as mãos no serviço,

 Foge à treva e à tentação.

Trabalho de cada dia

 É senda de perfeição.

Ao que podemos aduzir:

Na longa estrada da evolução,

No livro, na lavoura ou no malho,

Nosso roteiro de redenção

Exige empenho, amor e trabalho!


 

[1] - I  Cor., 5:9 a 14.

[2] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 129. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. XXV, itens 2 a 4.

 


 


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