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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 374 - 3 de Agosto de 2014

FERNANDO ROSEMBERG PATROCÍNIO
f.rosemberg.p@gmail.com
Uberaba, MG (Brasil)

 
 
 

Texto defensório dos animais

 

Estando em oficina metalúrgica de um grande amigo, notara, por debaixo de coisas diversas ali encontradiças, uma ninhada de quatro gatinhos de pelagem negra, com duas semanas de vida, mais ou menos. Curioso, aproximei-me deles e eles de mim, caminhando um tanto cambaleantes e miando baixinho, se manifestando amistosamente à minha pessoa, que, curioso, com as duas mãos, tomei um deles aconchegando-o ao meu peito, adorando-lhe a pequenez, a mansidão, a entrega e confiança que o mesmo depositara em mim, me abraçando com os frágeis membros e descerrando as garrinhas para não cair do meu abraço, e que, afinal, me espetavam a blusa com aquele instintivo ato de defesa e de sobrevivência para firmar-se no meu peito, em minhas mãos, representando abraço terno e carinhoso.

Fora quando, então, estivera a contemplar aqueles seus grandes e brilhantes olhos verde-azulados, com suas pupilas em linha vertical, pupilas que só se tornam redondas à noite quando acusam menos luz no ambiente à sua volta.

Era curioso - e ao mesmo tempo estranho observar naqueles seus espertos olhos vítreos, que me fitavam também - como a genética do mesmo pudera tudo desenhar, e construir, com maestria e precisão, todos aqueles atributos do novo componente da espécie, até mesmo os seus instintos, que, evidentemente, se aliam a uma pequena consciência e a uma inteligência também rudimentar, vacilante, de alguma parecença com relâmpagos conceituais, a se desenvolver mais amplamente no decurso do tempo, até os máximos de uma inteligência de constante dinâmica processual. Mas o que mais me impressionara naquele ser pequenino, era a perfeição dos seus iluminados e belos olhos de cores associadas ao verde, ao azul, olhos que se revelam como possíveis janelas da alma, do ser principiante, e, contudo, principal.

Como se refere o notável biólogo Rupert Sheldrake, é preciso que nossos cientistas deixem de supervalorizar as atribuições do ADN, arguindo e pensando, equivocadamente, que tal ADN fora capaz de tudo produzir de nós mesmos, e, no caso em questão, do peludo e belo gatinho que eu segurava em minhas mãos, caracterizando espécie de evolução mediana: de instintos e inteligência que ainda avançam no curso do tempo e da vida, que segue ininterrupta para todos nós.

E, portanto, nossos cientistas do futuro, e mesmo alguns do presente, já anteveem que a vida não pode ser fruto tão só do ADN, ou, como creem alguns outros: fortuita e casual, pois que a vida é complexa demais para dispensar um princípio ordenador de natureza desconhecida, quiçá semimaterial, como forma de energia sustentatória e mantenedora do ser, cuja lógica se nos mostra cotidianamente, pois se nos faz revelar de todo o sempre, bastando se queira ver, tendo humildade para perceber. A vida, pois, não pode ser obra do acaso, tão inteligente e tão relevante quanto é, exigindo, pois, algo que a sustente nesta nossa tão curta trajetória terrestre, algo não detectável pelas vistas humanas, porém algo que é fato concreto, fundamentalmente real.

E, por isto, aprecio a sinceridade daqueles que reconhecem o quão pouco sabemos da natureza, e, por conseguinte, o quanto temos de pesquisar e de fazer avançar nossos conhecimentos, indagações, bem como nossas mais íntimas percepções. E daí, recordarmos, mais uma vez, o campo morfogenético de Sheldrake, como campo ordenador e mantenedor da vida, a que outros estudiosos, de forma igual, postulam como corpo espiritual ou perispirítico da conceituação doutrinária de Allan Kardec; este mesmo campo que nos sustenta; que orquestra e orquestrara o material genético daquele gatinho à sua forma biológica organizada, biopsíquica, repleta de instintos, de alguma cognição, de sua atual representatividade no mundo.

Representatividade, que o mundo moral humano - sobretudo dos mais sensíveis e mais evoluídos - percebe com a ótica da gratidão, do amor, da proteção; enxerga com os olhos dos ambientalistas e dos ecologistas, que compreendem, em toda forma viva do mundo, um ser inestimável, insubstituível, que deve ser protegido e preservado pela lei, que, a meu ver, dito comportamento ético resulta de uma Lei Maior, Lei a que todos intuímos e constatamos em nossa própria consciência, pois que todas as criaturas, de todos os reinos da natureza, são criaturas de Deus, e haveremos de responder por tudo quanto fazemos ao nosso irmão, e, inclusive, ao mais pequenino deles, como aquele manso gatinho inspirador do presente e modesto texto defensório do mundo animal.

Visite o blog: http://fernandorpatrocinio.blogspot.com.br/
 

 
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita