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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 373 - 27 de Julho de 2014

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 
 

Covardes de ontem e de hoje

“A coragem nasce nos valores morais do homem que elege a conduta
correta para uma vida feliz.” – Joanna de Ângelis.


Existe um termo popular para designar o mais forte (e covarde) que bate no mais fraco: “bater em bêbado”. Evidentemente que agredir uma pessoa embriagada é sempre mais fácil do que agredir um indivíduo capaz de se defender. Por isso, todas as vezes, quando escuto notícias de que um homem agrediu uma mulher, creio estar diante de um covarde. Muitos alegam que são ignorantes da Lei. Ignorantes somos todos nós. Por isso mesmo é que Jesus alertou que conheceríamos a verdade e a verdade nos libertaria. O homem que agride uma mulher é um covarde mesmo. Nem macho é, na minha interpretação, porque, no reino animal, muitos machos defendem sua prole e a sua fêmea, dando um belo exemplo aos covardes do reino hominal.

Na revista VEJA, edição 2376, de 4 de junho de 2014, página 39, sob o título As mulheres invisíveis, encontramos uma série de exemplos desse tipo de covardia. No Paquistão, Farzana Parveen foi morta a pauladas e tijoladas por ter-se casado sem a autorização da família! Detalhe: estava grávida de três meses e foi linchada pelos próprios parentes! Em Cartum, no Sudão, a médica Meriam Ibrahim deu à luz uma filhinha chamada Maya, estando a mãe acorrentada pelos pés na enfermaria de uma cadeia pelo crime de apostasia (motivos religiosos), que não compensa sequer entrar em detalhes. Na Nigéria, as mais de 200 adolescentes sequestradas continuam desaparecidas. Sabe-se lá se ainda estão vivas. Nos noticiários da imprensa brasileira não faltam os relatos de covardes que agridem suas companheiras, muitas vezes não proporcionando a elas as mínimas condições de uma vida digna. Acreditamos que em outras partes do mundo, pelos mais diferentes e injustificáveis motivos, mulheres são agredidas pela covardia que um indivíduo do sexo masculino consegue abrigar dentro de si mesmo.

Que infinita diferença entre o doce Rabi da Galileia diante da mulher flagrada em adultério com algum covarde! Sim, porque o covarde que adulterava com ela ficou oculto sob as leis do machismo vigente àquela época. As mulheres de então não passavam de humilhadas serviçais, sem direito praticamente a nada, a não ser a procriação para satisfazer as necessidades fisiológicas do macho que com ela se relacionava sexualmente. Trabalho doméstico, criar os filhos, sem direito a nenhuma instrução eram um apêndice dos homens daquele tempo. Esquecidas na maioria das vezes e somente lembradas nas horas das necessidades do seu “grandioso senhor”. Evidentemente que as exceções existiam, mas, mesmo assim, jamais se igualavam aos direitos dos homens de então.

Mas falávamos da doçura do meigo Rabi diante da mulher adúltera: ”Mulher, onde estão os vossos acusadores? Ninguém vos condenou?” Ela disse: “Não, Senhor”. Jesus lhe respondeu: “Eu também não vos condenarei. Ide, e, no futuro, não pequeis mais”. (João, cap. VIII, v. de 3 a 11.)

Diante da atitude mansa daquele Homem, os covardes já tinham se escondido. Mas os seus sucessores continuam até hoje agredindo covardemente as mulheres. Será que se esquecem de que foi graças a um ventre feminino que vieram ao mundo?

Ah! As mulheres. Sempre as mulheres! Foram elas que estiveram aos pés da cruz. Onde estavam os “corajosos” homens que sabiam explorá-las e humilhá-las com a sua prepotência e machismo? Quantas não deram exemplos de extrema renúncia por Amor a Ele? Joana de Cusa, Miriam de Magdala, Lívia - esposa do Senador Publio Lentulus, Marta e Maria, Teresa de Ávila, Clara de Assis, Joanna de Ângelis, Madre Teresa de Calcutá, Irmã Dulce da Bahia! Quantas, meu Deus! Como agredi-las?! Nossas próprias mães! E coroando todas essas mulheres maravilhosas em seu interior, a nossa Mãe Santíssima, Maria de Nazaré!

Jesus de Nazaré, nosso Mestre e Senhor, nosso Modelo e Guia, se Ele as amou profunda e irrestritamente, se Ele foi o maior dos feministas, como nos atrevemos a levantar nossas mãos endividadas no erro e profanar o corpo e a alma dessas nossas irmãs?

Como bem nos ensina no início Joanna de Ângelis: “A coragem nasce nos valores morais do homem que elege a conduta correta para uma vida feliz”. Quantas vezes teremos que passar através da reencarnação pela experiência no sexo feminino para arrancar do coração do homem a covardia de agredir uma mulher?

 
 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita