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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 372 - 20 de Julho de 2014

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)

 
 
 

Beligerância extrema!

Árabes e judeus; católicos e protestantes; muçulmanos e hindus:
irmãos que se matam em nome de Deus
 

A sociedade humana está perplexa diante dos múltiplos e crescentes quadros odiosos produzidos no cenário do fanatismo pelas religiões dominantes...

Os religiosos, seguidores desses credos, são pais, irmãos, filhos, amigos, que sabem amar os seus e servir com fidelidade aos princípios de suas Igrejas; preocupam-se com a injustiça e com o sofrimento dos marginalizados sociais; no trato pessoal, costumam ser carinhosos e tolerantes; prestam serviços aos seus países nas mais variadas e honrosas posições profissionais. Então, por que odeiam e matam? Eles aceitam a alegria, o trabalho, o respeito, o amor para si, mas não conseguem estendê-los para os outros da mesma maneira, devido às diferenças exteriores da fé.

Para os espíritas, tudo se explica com a inserção do binômio orgulho/ignorância na equação do relacionamento interpessoal. Não é à toa que todos os enviados de Deus: Jesus, Maomé, Moisés, Buda, Gandhi, Confúcio, sábios por excelência, pregaram e viveram conscientemente a humildade e o conhecimento das leis do Criador.

Lemos algures que “o orgulho gera o mentiroso sentimento de superioridade que leva ao desejo de dominar e escravizar o derrotado aos seus caprichos, enquanto a ignorância promove a insegurança e o medo, donde saem as formas aviltantes de crença com suas deturpações seculares nas formas dos dogmas, dos parâmetros, dos rituais e dos princípios artificiais que congelam a mente, impedindo a aproximação dos seres e dos povos”.

Nas Olimpíadas de 2000, em Sidney, na Austrália, tivemos a festa do congraçamento planetário, na qual quase 200 países enviaram representantes. Não houve um único choque. A felicidade do maior encontro esportivo contagiou toda a Terra, embora as delegações levassem cultura, roupas, alimentos e hábitos bem distintos uns dos outros. O mesmo se deu na Grécia em 2004 quando 202 países estiveram representados. O objetivo comum era o esporte, que ficou bem acima de qualquer aspecto formal de raça, de localização, de política e de religião. O mesmo, se desejarmos firmemente, dar-se-á com os cultos. Para tal basta-nos colocar Deus e Suas leis em plano bem mais elevado do que as práticas externas de qualquer vertente religiosa.

Povo algum pode ignorar o conceito universal proclamado por Jesus e com validade para todos os tempos: “Amar o próximo como a si mesmo”.

Incrivelmente árabes e judeus se confraternizam – Contra todas as perspectivas dos cépticos, e por incrível que pareça, existem laços de amizade entre árabes e judeus não muito veiculados pelas mídias, que só enfatizam as ações de beligerância de parte a parte.

Existe uma nuança histórica, que poucos percebem, que dinamiza os desentendimentos entre árabes e judeus: o holocausto incutiu no povo judeu uma mensagem muito clara: “Se vocês não forem fortes, se não se defenderem, vão desaparecer”. Já a propaganda árabe diz que é preciso se livrar dos judeus. Em situações em que as pessoas percebem que sua segurança está ameaçada, é difícil convencê-las a ser generosas.

Apesar de todo o contexto beligerante dificultar, não são raros entendimentos de conciliação em ambos os lados. Mas para consolidar essa iniciativa, ampliando seu campo de ação, faz-se necessário o viés religioso sem as características do fanatismo, onde se ensina a compaixão, o amor, o perdão... E tal entendimento poderia ser ainda mais otimizado se todos compreendessem e levassem em conta a origem histórica comum donde surgiram tanto os árabes quanto os judeus. Sim! Árabes e Judeus pertencem à mesma raiz histórica. Senão vejamos(1) :

“Abraão, patriarca da raça hebraica, depois de habitar a cidade de UR, na Mesopotâmia, fixou-se na Palestina (Terra Prometida) com os seus, por volta de 2.000 antes de Cristo. Um terrível período de seca obrigou o povo hebreu a emigrar para o norte da África, o antigo Egito, onde ficou por cerca de 400 anos, até surgir a legendária figura de Moisés, libertador dos hebreus, que estavam escravizados pela política do Faraó Ramsés II. Segundo o Antigo Testamento, no livro Gênesis, Abraão descendia de Terá, da linhagem de Sem, que foi filho de Noé. Daí a expressão SEMITA.

Os idiomas árabe e hebraico pertencem à mesma família linguística. Portanto, judeus e árabes são povos semíticos. É por isso que há semelhanças de certas palavras árabes e hebraicas como paz que, em árabe, é SALAM e, em hebraico, é SHALAOM.

Durante séculos árabes e judeus viveram pacificamente, período que eles próprios chamam de idade de Ouro. Eles deram contribuições positivas ao progresso da sociedade humana nos campos científico e literário.

Desde a Diáspora (dispersão) que se deu com a vitória do general Tito, no ano de 70, no cerco autorizado pelo imperador romano Vespasiano, os judeus se espalharam pelo mundo, sem pátria, até que em 1947 a ONU autorizou os judeus a ocuparem parte do antigo território da Palestina. Em 14 de maio de 1948, David Ben Gurion proclamou a independência do Estado de Israel (nome dado a Jacó, filho de Isaac), se apropriando de outras terras, provocando fortes reações da Liga Árabe, composta, então, dos 6 mais poderosos países árabes, como o Egito. Guerras sucessivas vêm sendo travadas entre ambos os povos, sempre vencidas pelos Judeus, poderosamente armados pelos EUA.

Como consequência, Israel promoveu novas expansões territoriais, tomando áreas do povo palestino, da Jordânia e da Síria. O povo palestino que já habitava a região, concentrado na Cisjordânia, exige suas terras de volta e o reconhecimento de sua condição de Estado, como foi concedido a Israel.
Enquanto as pessoas e os povos não se espiritualizarem, amando a Deus e ao próximo, princípios de todas as religiões, o ódio prevalecerá como consequência da ambição e da violência”.


[1] - Dados extratados da revista “O Espírita” da SODEC de Brasília do mês de junho de 2004.



 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita