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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 372 - 20 de Julho de 2014

ANSELMO FERREIRA VASCONCELOS
afv@uol.com.br
São Paulo, SP (Brasil)

 
 
 

Algumas lições da Copa do Mundo de 2014


Os estudiosos e historiadores terão alguns aspectos importantes para analisar e debater sobre o legado da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. O primeiro envolve o futebol e a sua capacidade extraordinária de alavancar interesse e paixão. O futebol é, sem dúvida, um esporte fascinante, singular, único capaz de reunir países inteiros em torno de uma tela de televisão como nenhum outro faz. É obvio também que há bem menos artistas da bola – capazes de provocar verdadeiros êxtases nas multidões – na atualidade do que no passado. Em decorrência, já não se veem tantas jogadas ou lances espetaculares como outrora. Essa Copa também comprovou tal deficiência criativa. 

De fato, com o passar dos anos o futebol vem sendo jogado de maneira mais pragmática, horizontalizada, bem menos elegante, enfim. O objetivo é a vitória, mesmo que por meio de um placar exíguo. O espetáculo propriamente dito ficou em segundo plano. Enquanto isso, o preparo físico e o posicionamento dos jogadores (esquema tático) em campo ganharam preponderância nos últimos tempos. Em consequência, o futebol perdeu certo brilho, pois os dribles desconcertantes, as jogadas mais ousadas e a alegria foram quase extintas em nome da aplicação tática. Desse modo, o futebol moderno é jogado por muitos jogadores bons, mas pouquíssimos excepcionais, isto é, aqueles de causar veneração.

Apesar disso, viram-se na Copa de 2014 jogos disputadíssimos, o frenesi das arquibancadas e a bola balançando as redes para o contentamento geral. Em suma, mais uma vez o futebol como esporte de massas ganhou! Entretanto, a nota dissonante desse imenso evento foi o desempenho da nossa seleção. O fracasso obtido em campo demandará profundas mudanças e reformulações nos métodos e sistemas de trabalho de jogadores e técnicos. Temos de reconhecer, com muita humildade, que já não somos os melhores há um bom tempo. Essa Copa expôs com muita clareza, aliás, todas as nossas deficiências e mazelas técnicas. Mas isso é assunto para especialistas e não pretendemos aqui avançar sobre essa matéria – até porque o nosso povo conhece bem futebol e sabe o que é preciso ser feito.

Os estádios, por sua vez, estavam quase sempre lotados e acomodaram convenientemente os torcedores. Em termos de infraestrutura, é de se lamentar, contudo, que boa parte das obras de mobilidade urbana e aeroportos – que constituiriam um verdadeiro legado à população – não tenham ficado prontas a tempo. Mas nós brasileiros sabemos muito bem que as coisas em nosso país ainda funcionam assim. Falhamos clamorosamente na execução das coisas, mas certamente superaremos esse problema um dia. Por outro lado, se deixamos a desejar nesse particular, felizmente foram dissipadas as mais temíveis nuvens de preocupações que antecediam a Copa quanto ao ambiente interno do país.

As orações e vibrações dos que almejavam a paz nos corações humanos foram ouvidas pela espiritualidade maior que afastaram ou neutralizaram entidades mal-intencionadas que desejavam a prevalência de um cenário assombroso de embates sangrentos e destruições generalizadas. Posto isto, não seria exagero afirmar que o povo brasileiro foi campeão mundial em simpatia, congraçamento, fraternidade, acolhimento, alegria e amizade aos membros dos povos que nos visitaram. Demonstramos elegância até mesmo num momento de suprema dor coletiva com a derrota fragorosa da nossa seleção.

Suportamos com estoicismo a gozação de torcedores de outros países, especialmente de argentinos, que chegaram a afirmar que, se tivesse sido o contrário, a reação deles teria sido provavelmente violenta. Portanto, conseguimos mostrar ao mundo que é, sim, possível conviver pacificamente mesmo num momento de adversidade. Surpreendemos positivamente até mesmo os nossos vizinhos, que ficaram admirados pelo tratamento cordial e humano recebidos.

Quando se vê tanta violência e desamor eclodindo na face da Terra, o Brasil apresentou ao planeta que o esporte pode servir de alavanca para aproximação e amizade entre as pessoas de diferentes nacionalidades. As lições da Copa do Mundo de 2014 servem de reflexão para todas as nações em conflito e as amantes do esporte.
 


 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita