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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 372 - 20 de Julho de 2014

ALESSANDRO VIANA VIEIRA DE PAULA
vianapaula@uol.com.br
Itapetininga, SP(Brasil)

 
 
 

Dia da inspiração


Na Revista Espírita de maio de 1865, encontraremos uma mensagem extraordinária de autoria do Espírito Pascal, intitulada “A Verdade”, onde consta o seguinte ensinamento: “Lembrai-vos disto: O Espírito humano se move e se agita sob a influência de três causas, que são: a reflexão, a inspiração e a revelação”.

De fato, as citadas causas promovem o progresso da criatura humana e da humanidade, sendo que a revelação, conforme Pascal, é a mais elevada das forças que agitam o espírito humano e provém de Deus.

Sabemos, à luz da veneranda doutrina espírita, que são três as revelações que impulsionam intensamente o progresso humano, a saber: Moisés, com os 10 mandamentos, que nos trouxe a noção da lei de justiça, isto é, não fazer aos outros o que não desejamos a nós (o que não fazer); Jesus, a maior das revelações, que nos trouxe a lei de amor, isto é, fazer aos outros o que desejamos a nós (o que fazer); o Espiritismo, que nos trouxe a verdade, orientando-nos sobre o por que fazer, uma vez que traz à tona verdades como a reencarnação, a vida futura, a lei de causa e efeito etc.

A inspiração, que é o ponto principal deste artigo, ocorre, segundo Pascal, com a influência dos Espíritos, que se mistura mais ou menos às nossas próprias reflexões; se constitui numa “força nova, que se junta a uma força adquirida, para vos levar mais longe que o presente” (Pascal).

O Livro dos Espíritos, nas questões 489 e seguintes, nos apresenta uma diversidade de Espíritos que nos inspiram para o bem. São os anjos da guarda, os Espíritos simpáticos, os familiares desencarnados que estão em condições de ajudar, os benfeitores da família etc.

Esses Espíritos, sempre que possível, estarão nos inspirando para a melhoria moral, para o progresso individual, trazendo-nos uma ideia, uma sugestão, uma advertência, visando ao melhor aproveitamento da atual reencarnação.

Naturalmente, eles não ferem o livre-arbítrio e não coagem, mas sugerem ideias positivas, nobres, para o bem, aguardando pacientemente a nossa adesão pessoal.

Na vida de Madre Tereza de Calcutá, encontraremos um fato singular que ficou conhecido como “o dia da inspiração”.

Madre Tereza já havia iniciado a vida religiosa e se encontrava em Calcutá, sendo que via os famintos e enfermos que viviam e morriam nas ruas da referida cidade, sem qualquer dignidade, mas ela pouco podia fazer por conta das regras do convento.

Num dia em que viajava de trem, Madre Tereza ouve uma inspiração: “Venha e seja minha luz”.

Ela entra em reflexão e pergunta-se se Deus não estava pedindo mais dela. Depois de uma recusa inicial do Arcebispo, ela insiste e consegue a liberação de Roma, indo para as ruas de Calcutá, deixando um legado de amor que todos nós conhecemos.

Ocorrera um episódio semelhante com São Francisco de Assis, quando ele ouve uma inspiração, que lhe diz: “Reconstrói a minha Igreja”. Inicialmente, ele pensou que era para reconstruir materialmente a Igreja de São Damião, que estava em ruínas, mas depois percebeu que sua missão era maior, porque deveria reconstruir espiritualmente a Igreja que estava contaminada pelo excesso de luxo e diplomacia.

Na vida dessas duas grandes almas bastou apenas uma inspiração para que suas histórias pessoais se convertessem num manancial de amor e fraternidade.  Obviamente que são Espíritos de grande porte moral, de forma que um único chamamento foi o suficiente para despertá-los para os compromissos assumidos na espiritualidade.

Para nós, almas ainda medianas, com inúmeros limites morais, mas com algumas virtudes já em fase de conquistas, precisaremos, certamente, de contínuas inspirações, que nos chegam diariamente através dos abnegados trabalhadores do mundo maior.

Num conceito mais elástico, poderíamos afirmar que as inspirações também chegam de outras formas, como, por exemplo, através de um conselho de um amigo, um belo livro, uma palestra comovente, uma dificuldade que nos faz refletir etc.

Dessa forma, todos os dias serão o nosso “dia da inspiração”, em que mensagens e orientações positivas, do bem, de pacifismo, de equilíbrio emocional chegarão às nossas vidas, convidando-nos a um progresso maior, porque sempre poderemos fazer mais e melhor na vinha do Senhor.

Todavia, toda mudança mental e comportamental exige escolhas, decisões e disciplina, razão pela qual o Espírito Pascal nos aponta a reflexão como parte integrante do processo evolutivo.

As revelações e as inspirações somente produzirão bons frutos em nossas vidas se nos permitirmos, de tal sorte que cabe a nós, diariamente, refletir sobre as ideias e aconselhamentos positivos, nobres, que nos chegam à mente.

A partir dessas ideias novas, que possamos fazer as escolhas acertadas, nem que isso exija sacrifícios, porque faz parte da evolução espiritual abandonar um hábito enfermo, substituindo-o por uma conduta mais cristã e mais amorosa.

Os Espíritos amigos nunca desistirão de nós, sempre nos inspirarão, mesmo nos piores dias de nossas vidas, de modo que devemos estar receptivos às inspirações, orando na busca de novas forças para reconstruir a nossa vida, direcionando-a na conquista da paz e da alegria de viver, e pautando-a sempre nas três revelações, tendo Jesus como inspiração permanente.

Registre-se, por fim, que mesmo que as nossas vidas estejam relativamente bem do ponto de vista moral, sempre há melhorias a serem concretizadas, porque podemos ousar mais no campo do bem.

 Lembremo-nos de Madre Tereza, que se perguntava se Deus não queria mais dela. Será que Deus não espera mais de nós? Será que não podemos fazer mais? Será que temos convertido as inspirações em ações reais na pauta do nosso cotidiano?

Hoje, sem dúvida, é um dos nossos dias da inspiração.

Reflitamos com equilíbrio e boa vontade, e ouçamos em nossa intimidade a voz de Deus, como fonte de inspiração inesgotável: “Venha e seja minha luz”


 


 


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