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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 371 - 13 de Julho de 2014

RICARDO BAESSO DE OLIVEIRA 
kargabrl@uol.com.br
Juiz de Fora, MG (Brasil)

 
 
 

Responsabilidade humana
nas deformidades congênitas dos animais


O sofrimento dos animais é tema intrigante, que tem gerado especulações. Sabemos que não há expiações para eles (O livro dos Espíritos, item 602), pois não tendo conhecimento do bem e do mal, não podem responder, perante o tribunal da consciência, por suas ações. No entanto, são seres sencientes, suas dores e limitações são reais, muitos nascem mutilados, cegos etc. O que pensar a respeito?

André Luiz, quando examina as diferentes modalidades de sofrimento, no livro Ação e Reação, cap. 19, apresenta o conceito de dor-evolução, caracterizada, segundo ele, por agir de fora para dentro, aprimorando o ser, sem a qual não existiria progresso. Diferente da dor-expiação, que age de dentro para fora, a dor-evolução não se enquadra no conceito de causa e efeito, portanto não se vincula a erros cometidos por aqueles que a vivenciam.

O sofrimento dos animais e das plantas, que experimentam enfermidades peculiares, é colocado, por André Luiz, na categoria dor-evolução, que tem como finalidade impulsionar o progresso do princípio inteligente que vem vivenciando experiências nesses seres mais simples da natureza. A dor e as dificuldades colocam o princípio inteligente diante de condições que funcionam como estímulos ao desenvolvimento de sua consciência rudimentar.

Observações igualmente importantes foram feitas por Chico Xavier/Emmanuel em uma série de entrevistas publicadas pela Folha Espírita, de São Paulo, nas décadas de 1970, 80 e 90. Essas entrevistas podem ser consultadas no livro Lições de Sabedoria.

Segundo Chico, as plantas e os animais passam por esses traumas dolorosos para que possam adquirir memória e sensibilidade. Conta que certa feita ele estava diante de uma floresta, ventava muito, muitos galhos das árvores foram quebrados, os frutos e as flores foram arrancados. Ficou então pesaroso e perguntou: qual a razão deste quadro destruidor? E os Espíritos amigos responderam que as árvores estavam aprendendo a memória, diante da tempestade. E acrescentaram que o sofrimento é um ingrediente necessário, porque é muito difícil um despertamento sem ele.

Indagado especificamente a respeito das deformidades congênitas que acometem várias espécies de animais, Chico Xavier se manifestou:

Nossos benfeitores espirituais nos esclarecem que é preciso que todos nós consideremos que os animais diversos, a nos rodearem a existência de seres humanos em evolução no planeta Terra, são nossos irmãos menores, desenvolvendo em si mesmos o próprio princípio inteligente. E o que é que nós estamos fazendo com esta responsabilidade santa de proteger e guiar o reino animal? Como é que esta humanidade terrestre tem agido em relação aos animais, nos inúmeros séculos de nossa história? Porventura nós, os homens, não temos nos convertido em algozes impiedosos dos animais ao invés de seus protetores fiéis? Quem ignora que a vaca sofre imensamente a caminho do matadouro? Quem desconhece que minutos antes do golpe fatal os bovinos derramam lágrimas de angústia? Não temos treinado determinadas raças de cães exaustivamente para o morticínio e o ataque? Que dizermos das caçadas impiedosas de aves e animais silvestres, unicamente por prazer esportivo? Que dizermos das devastações inconsequentes ao meio ambiente? Tudo isto se resume em graves responsabilidades para os seres humanos! A angústia, o medo e o ódio que provocamos nos animais lhes alteram o equilíbrio natural de seus princípios espirituais, determinando ajustamento em posteriores existências, a se configurarem por deformidades congênitas. A responsabilidade maior recairá sempre nos desvios de nós mesmos, os seres humanos, que não soubemos guiar os animais à senda do amor e do progresso, segundo a vontade de Deus.

E acrescenta:

Agora, vejamos, se determinado cão é treinado para o ataque e a morte com requintes de crueldade, se ele é programado para o mal, pode ocorrer que em determinado momento de superexcitação este mesmo cão, treinado para atacar os estranhos, ataque as crianças de sua própria casa ou os próprios donos. Aí teremos um desajuste induzido pela irresponsabilidade humana. Ora, este mesmo cão aspira crescer espiritualmente para a inteligência e o livre-arbítrio. Mas, para isso, ele precisará experimentar o sofrimento que lhe reajuste o campo emotivo, aprendendo pouco e pouco a Lei de ação e reação. Assim, ele provavelmente renascerá com sérias inibições congênitas. A responsabilidade de tudo isto, no entanto, dever-se-á à maldade humana.

O tema é complexo e está aberto a reflexões. Fica a opinião de Chico como móvel a novos estudos e discussões. 


Ricardo Baesso de Oliveira, médico radicado na cidade de Juiz de Fora-MG, é membro do Conselho Editorial desta revista.



 
 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita