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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 8 - N° 371 - 13 de Julho de 2014
ORSON PETER CARRARA
orsonpeter92@gmail.com
Matão, SP (Brasil)
 

 
Adriano Cezar Runho: 

“Herculano vivenciou plenamente o Espiritismo que tanto defendia” 

O confrade paulista fala-nos sobre suas pesquisas em torno
da obra de José Herculano Pires, cujo centenário de
nascimento se comemora este ano
 

Adriano Cezar Runho (foto), natural de Araraquara e residente na cidade de São Carlos, ambas no interior paulista, é espírita de berço. Engenheiro eletricista e bacharel em Direito, exerce o cargo público de auditor fiscal do trabalho. Vinculado ao Centro Espírita Portal da Luz em Araraquara, é também palestrante. Convidado certa vez  a pales-

trar sobre Herculano Pires e sua obra, maravilhou-se com o legado do grande escritor, cujo trabalho nas lides espíritas constitui o tema da presente entrevista. 


Para situar nossos leitores, quem foi Herculano Pires?

José Herculano Pires nasceu em 25 de setembro de 1914, em Avaré, São Paulo. Desde a infância revelou sua vocação literária, haja vista que, aos 9 anos, já redigira um soneto. Exerceu a atividade de jornalista, graduou-se em Filosofia pela Faculdade de Filosofia da Universidade de São Paulo em fins de 1957, especializando-se em História e Filosofia da Educação. Aos 22 anos, quando leu pela primeira vez O Livro dos Espíritos, como ele mesmo disse, “tornou-se espírita pelo raciocínio” e se transformou, nos dizeres de Chico Xavier, o mais profundo conhecedor da Doutrina Espírita. 

Nas comemorações do centenário do seu nascimento, qual aspecto deve ser mais ressaltado para o público espírita?

Sem dúvida nenhuma a missão de Herculano Pires, que, nos dizeres de seu grande amigo Jorge Rizzini, era defender a pureza doutrinária e consolidar a Doutrina Espírita em terras brasileiras. 

Em suas pesquisas sobre Herculano Pires, o que mais lhe surpreendeu?

Ficamos maravilhados com a riqueza de conhecimento transmitida em suas obras.  Sua busca pela perfeição em tudo que fazia, seja como filósofo, parapsicólogo, educador, romancista, poeta, jornalista ou tradutor, também se mostrava em suas dissertações doutrinárias. Todavia, o mais surpreendente foi descobrir que tudo o que nosso irmão defendia em suas obras ele aplicava em sua vida, algo difícil de se encontrar. 

Qual o maior legado de Herculano para o pensamento espírita?

A perseverança que devemos ter para demonstrar a consistência do pensamento espírita e por defender a valorização dos aspectos crítico e investigativo da proposta sistematizada por Allan Kardec, combatendo interpretações deturpadas das obras da codificação e, como ele mesmo disse na obra “Na Hora do Testemunho”, manter a ética espírita acima da ética mundana. 

Quantos livros ele publicou? A qual deles você daria mais destaque?

Entre Dissertações Doutrinárias, Ciência/Parapsicologia, Psicologia, Filosofia, Ficção Literária, Crônicas e Ensaios, Ficção Científica Paranormal e Poesia, foram mais de 80 obras. Infelizmente, ainda não tivemos oportunidade de estudar o acervo completo do autor, todavia, nos tocaram profundamente os ensinamentos da obra “Pedagogia Espírita”, haja vista demonstrar de forma clara e objetiva que a Educação Espírita visa ao desenvolvimento pleno do indivíduo. 

Como surgiu seu interesse pela pesquisa? Que métodos e critérios utilizou?

Por conta da comemoração do centenário do nascimento de José Herculano Pires neste ano, fomos convidados pelo dirigente do Grupo Kardecista Cairbar Schutel, de São Carlos, Sr. Cláudio Figueiredo, a preparar uma exposição sobre este ícone do Espiritismo. Aceitamos o desafio e, como era de se esperar, maravilhamo-nos com sua vida e obra e iniciamos nossos estudos. 

Como atrair o público e as instituições espíritas para maior atenção às obras do importante escritor?

Como disse nosso saudoso Francisco Cândido Xavier, inspirado pelo seu mentor Emmanuel, José Herculano Pires foi o “o metro que melhor mediu Allan Kardec”. Apenas por essa afirmação já teríamos motivos suficientes para estudar a obra de Herculano Pires. Porém, podemos acrescentar que sua obra traz a pureza doutrinária abordada por um filósofo, parapsicólogo, educador, romancista, poeta, jornalista e tradutor, todos numa única pessoa, ou seja, é rica de conhecimento. Ademais, o estudo de sua biografia nos mostra que, acima de tudo, Herculano vivenciou plenamente o Espiritismo que tanto defendia. 

Algo que gostaria de destacar de suas pesquisas?

Em nossas pesquisas, descobrimos em Herculano Pires um dos autores, senão o melhor, que mais soube descrever com fidelidade o Espiritismo como colocado por Allan Kardec, então, resolvemos procurar nas obras da Codificação algo que também descrevesse espíritos como Herculano Pires. E encontramos na questão 842 de O Livro dos Espíritos, em que a espiritualidade é questionada acerca dos indícios pelos quais se poderia reconhecer, entre todas as doutrinas que alimentam a pretensão de ser a expressão única da verdade, a que teria o direito de se apresentar como tal. Os Espíritos superiores nos respondem: “Será aquela que mais homens de bem e menos hipócritas fizer, isto é, pela prática da lei de amor na sua maior pureza e na sua mais ampla aplicação. Esse o sinal por que reconhecereis que uma doutrina é boa, visto que toda doutrina que tiver por efeito semear a desunião e estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus não pode deixar de ser falsa e perniciosa”. José Herculano Pires, sem dúvida, é um desses homens de bem que nos confirmam ser o Espiritismo o Consolador prometido por Jesus. 

Suas palavras finais.

Apenas agradecemos a oportunidade que nos foi dada de, singelamente, homenagear este Espírito grandioso e, acima de tudo, agradecer ao Criador pela sua infinita misericórdia em permitir que pudéssemos ter acesso a mais esse missionário que nos ajuda a reencontrar o Reino de Deus dentro de cada um de nós.



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita