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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 369 - 29 de Junho de 2014

ROGÉRIO COELHO
rcoelho47@yahoo.com.br
Muriaé, MG (Brasil)

 
 
 

Aqueles outros delinquentes

Os frutos da delinquência são a loucura de largo porte
e o sofrimento sem conforto
 

"Há um abismo entre a honestidade perante
os homens e a honestidade perante Deus..." -         Joseph Brê[1] 

Conclamando-nos à indulgência, José, Espírito protetor, diz[2]: "lembrai-vos d`Aquele que julga em última instância, que vê os movimentos íntimos de cada coração e, por conseguinte, desculpa muitas vezes as faltas que censurais, ou condena a que relevais, porque conhece o móvel de todos os atos..."

Não resta dúvida quanto ao apoucamento generalizado que o Espírito sofre ao prender-se ao corpo físico. Daí a nítida certeza de que quaisquer julgamentos tornam-se parciais e arbitrários, porque impossível se torna abarcar todas as premissas, isto é, a gênese profundamente arraigada nos tecidos da Alma, donde resultam os inditosos fastos que podemos observar à nossa volta. Podemos ilustrar tal situação utilizando-nos da figura do "iceberg": a parte observada acima da linha d’água é insignificante em relação à que está submersa. Assim é como se nos oferecem à visão e compreensão as questões nas quais pretendemos arbitrar. Impossível sermos justos!... Só Deus pode julgar com absoluta precisão e justiça.

Joseph Brê, ao desencarnar, encravou-se em angustiosa situação; inobstante ter sido aparentemente honesto aos olhos dos homens, não o foi perante Deus.

Diz ele - mediunicamente - em dorido testemunho feito à sua neta1: "aí, entre vós, é reputado honesto aquele que respeita as leis do seu país, respeito arbitrário para muitos. Honesto é aquele que não prejudica o próximo ostensivamente, embora lhe arranque muitas vezes a felicidade e a honra, visto o código penal e a opinião pública não atingirem o culpado hipócrita. Em podendo fazer gravar na pedra do túmulo um epitáfio de virtude, julgam muitos terem pago a sua dívida à Humanidade! Erro!... Não basta, para ser honesto perante Deus, ter respeitado as leis dos homens; é preciso antes de tudo não haver transgredido as Leis Divinas.

Honesto aos olhos de Deus será aquele que, possuído de abnegação e amor, consagre a existência ao bem, ao progresso dos seus semelhantes; aquele que, animado de um zelo sem limites, for ativo na vida; ativo no cumprimento dos deveres materiais, ensinando e exemplificando aos outros o amor ao trabalho; ativo nas boas ações, sem esquecer a condição de servo ao qual o Senhor pedirá contas, um dia, do emprego do seu tempo; ativo finalmente na prática do amor de Deus e ao próximo.

Confesso, sem corar, que faltei a muitos desses deveres; que não tive a atividade necessária; que o esquecimento de Deus impeliu-me a outras faltas, as quais, por não serem passíveis às leis humanas, nem por isso deixam de ser atentatórias à lei Divina”.

Em estreita conexão com tal depoimento, Joanna de Ângelis nos dá a conhecer a ignorada dimensão onde estão alocados - sem se darem conta - os delinquentes que não se consideram tais. Diz a lúcida Mentora[3]: "delinquem os que exploram a ingenuidade dos jovens, arrojando-os nos antros da perdição; os que usurpam as parcas moedas do povo, no comércio escorchante de mercadorias de primeira necessidade; os profissionais liberais, que anestesiam a dignidade, falseando o juramento que fizeram de prometer servir e honrar o sacerdócio que abraçam, indiferentes, porém, aos problemas dos clientes, protelando suas soluções à custa de largas somas com que constroem sólidas fortunas, apesar de transitórias; os que espalham ondas de inquietação, urdindo tramas que aliciam outros partidários de emoção afetada; os que traem afetos que lhes dedicam confiança e respeito; os maus administradores, que malversam os valores públicos e deles se utilizam a benefício próprio, dos seus êmulos e pares; os que conspiram, à socapa, contra as obras de benemerência e amor; e muitos, muitos outros que são arrolados como dignos de bom conceito e que, certamente, não cairão incursos nas legislações humanas, porque disfarçados de homens probos, bem aceitos e acatados...

Não lograrão fugir de si mesmos, nem se libertarão dos conflitos que se lhes instalam n’alma.

Resguarda-te do contágio da delinquência, preservando os teus valores morais, mesmo que sejam de pequena monta; a tua posição social, embora não tenha realce público; a tua situação econômica, apesar de caracterizada pela pobreza; as tuas aspirações, mesmo que de pequeno porte, ligando-te, em pensamento, ao compromisso do bem, que se irradia do Cristo, que programou para o homem e a Terra, em nome do Pai, a felicidade e a harmonia, através de métodos de dignificação, únicos, aliás, que compensam em profundidade e perenemente.

Os frutos da delinquência são a loucura de largo porte, o sofrimento sem conforto, o suicídio, a morte violenta, nefasta...

Vive, desse modo, as diretrizes do Evangelho e nunca te esqueças que, ao defrontar um delinquente, seja em qual circunstância for, será muito melhor ser-lhe a vítima do que seu algoz, conforme o próprio Mestre nos ensinou com o exemplo da Cruz".  


 

[1] - KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. 51. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, cap. III-2, 2ª. parte.

[2] - KARDEC, Allan. O Evangelho seg. o Espiritismo. 129. ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. X, item 16.

[3] - FRANCO, Divaldo. Luz viva. Salvador: LEAL, 1985, cap. XX.

 


 


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