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Crônicas e Artigos

Ano 8 - N° 368 - 22 de Junho de 2014

RICARDO ORESTES FORNI
iost@terra.com.br
Tupã, SP (Brasil)

 
 
 

O tempo de uma consulta


“Uma consulta deve durar uma hora. Durante 10 minutos, ausculte os órgãos do paciente. Nos 50 minutos restantes, sonde-lhe a alma.” – Moisés Maimônides.

Moisés Maimônedes foi um médico, filósofo e religioso judeu que viveu no século XII, nascido em uma família judaica em Al-Andalus, península Ibérica sob o domínio mouro. Teve de fugir da região por não ter se convertido ao Islamismo radical vigente naquela ocasião. Estaria ele com a razão na sua afirmativa que ilustra o início do artigo? Parece que sim. Um novo ramo da ciência, a psiconeuroendocrinoimunologia, ou a psiconeuroimunologia, analisa as interações entre o comportamento humano e o sistema nervoso, endócrino e imunológico. Essa pesquisa vem crescendo desde que surgiu a percepção de que o sistema imunológico não trabalha sozinho. Ele sofre nítida influência de vários fatores, inclusive dos sentimentos e emoções. Se sofre essa influência, nada mais lógico do que estudar a relação entre os processos mentais e a saúde. O termo psiconeuroimunologia foi criado por Robert Ader da Faculdade de Medicina e Odontologia na Universidade de Rochester, Estados Unidos, em 1981.

Em 1980, um médico – Ronaldo Glaser – e uma psicóloga – Janice Kiecolt-Glaser – desenvolveram um trabalho junto aos estudantes de Medicina que realizavam provas, a fim de analisar no sangue desses jovens as células de defesa denominadas leucócitos, responsáveis pelo sistema imunológico desses estudantes. As amostras de sangue colhidas revelaram a redução dessas células logo após o período de stress que as provas a que se submetiam em seu curso eram realizadas. O estudo indicava, portanto, que o período de tensão tinha a capacidade de enfraquecer o sistema imunológico desses estudantes. O estado emocional atuava diretamente sobre o físico, enfraquecendo a defesa do corpo por lhes alterar o sistema imunológico.

Mas essas descobertas das décadas de setenta e oitenta não foram pioneiras. Dados históricos revelam que já no ano de 460 a.C., Aristóteles e Hipócrates, na Grécia antiga, já discutiam esse assunto, evidentemente sem os recursos da ciência de nossos dias. Consideravam que as emoções, os sentimentos, agiam sobre a parte física do homem.

Como o próprio termo indica, a psiconeuroendocrinoimunologia envolve as áreas do sistema nervoso, endócrino, imunológico, como, também, o psiquismo humano.

Passemos aos ensinamentos de Joanna de Ângelis quando ela nos afirma que a mente é geradora de energias compatíveis com o tipo de aspiração que acalenta, movimentando-as através da corrente sanguínea que vitaliza e mantém o corpo físico. Nesse mesmo conduto as micropartículas constitutivas do perispírito conduzem as vibrações que irão produzir nas células reações correspondentes ao tipo de onda mental que seja distribuída pelo organismo e procedente do Espírito. O fluxo constante, portanto, de pensamentos e aspirações carregados de energia saudável ou enfermiça, irá contribuir poderosamente para a estabilidade ou desajuste das estruturas celulares, abrindo espaço para a instalação e conservação da saúde ou para o surgimento e proliferação de infecções, de disfunções variadas, de alterações do metabolismo, de mal ou bem-estar.

Já André Luiz afirma no capítulo XXI do livro Entre a Terra e o Céu que um dia o homem ensinará ao homem, consoante as instruções do Divino Médico, que a cura de todos os males reside nele próprio. A percentagem quase total das enfermidades humanas guarda origem no psiquismo.

Acreditamos que a psiconeuroendocrinoimunologia esteja dando os primeiros passos para esse esclarecimento ao abrir as portas para que se entenda ou se comece a entender que o homem físico é apenas a expressão de algo imensamente maior do que um componente de carne e de ossos perecíveis. Que esse ser físico é impotente para explicar tudo o que seja visível ou o que possa supor a nossa vã filosofia.

Moisés Maimônedes tinha razão: numa consulta, dez minutos para o corpo e cinquenta minutos para a alma que nada mais é do que a causa desse efeito físico tão valorizado – o corpo -, mesmo que destinado inexoravelmente à morte, mais dia, menos dia...
 

 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita