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Estudando as obras de Manoel Philomeno de Miranda
Ano 8 - N° 368 - 22 de Junho de 2014
THIAGO BERNARDES
thiago_imortal@yahoo.com.br
 
Curitiba, Paraná (Brasil)  
 

 

Loucura e Obsessão

Manoel Philomeno de Miranda

(Parte 15)

Continuamos nesta edição o estudo metódico e sequencial do livro Loucura Obsessão, sexta obra de Manoel Philomeno de Miranda, psicografada por Divaldo P. Franco e publicada em 1988.

Questões preliminares

A. Como tratar as pessoas que se creem enfeitiçadas?

Segundo Dr. Bezerra de Menezes, é preciso primeiro infundir-lhes confiança em Deus e em si mesmas, demonstrando-lhes que elas assim se encontram porque o querem – uma vez que somente delas depende a libertação –, induzindo-as, desse modo, à renovação mental e moral, com a consequente alteração de conduta para melhor. Além disso, deve-se esclarecê-las a respeito das Leis de Ação e Reação, demonstrando que sofremos porque devemos e que sua recuperação exigir-lhes-á correspondente esforço ao nível de gravidade em que se encontram. Por fim, é importante encaminhá-las ao estudo do Espiritismo, que as auxiliará no trabalho de libertação espiritual, armando-as de valores para enfrentamento das futuras lutas evolutivas. (Loucura e Obsessão, cap. 10,  pp. 124 a 127.)

B. A cor branca usada pelos médiuns exercem alguma influência na prática mediúnica?

Dr. Bezerra de Menezes diz que, segundo algumas tradições e em determinados povos, o branco é símbolo de pureza, mas, embora seja um tom mais higiênico e absorva menos raios caloríferos, nenhuma influência vibratória exerce em relação aos Espíritos, que, na verdade, sintonizam com as emanações da mente, as irradiações da conduta. Se o uso da cor branca tivesse fundamento, seria cômodo para os maus e astutos manterem a sua conduta interior irregular, bastando-lhes ostentar trajes alvinitentes... “Os judeus – afirmou Dr. Bezerra – eram muito formais e cuidavam em demasia da aparência, sendo por Jesus reprochados com severidade, por Ele considerar mais importante a pureza interna do que a convencional, a exterior, de muito fácil apresentação, em detrimento daquela, mais difícil e respeitável. A vida íntima do homem oferece-lhe a credencial com que marcha em qualquer direção, caracterizando-lhe a individualidade eterna.” (Loucura e Obsessão, cap. 10,  pp. 127 a 129.)

C. No plano espiritual a escala de valores morais é levada em consideração?

Sim. A escala de valores morais é, no plano espiritual, muito considerada, não ocorrendo, como entre os homens, a burla ao mérito, o suborno ou a infração ante os direitos adquiridos a nobres esforços. A ação correta se desdobra através de meios certos, sem conexões viciosas ou desvirtuamento da finalidade. (Loucura e Obsessão, cap. 11,  pp. 130 a 132.)

Texto para leitura

57. Como tratar os indivíduos que se creem enfeitiçados – Há pessoas, informou Dr. Bezerra, que são apologistas da informação direta ao paciente sobre o diagnóstico feito, mesmo quando grave e desesperador. A experiência, contudo, tem demonstrado que a maioria dos resultados é sempre danosa para o próprio enfermo, que, sem estrutura moral para o choque, tomba em depressões irreversíveis, em suicídio injustificável, ou se autodestrói com a ação da mente desalinhada e em revolta. “A terapêutica – asseverou o Mentor – é mais importante do que o conhecimento da diagnose, facultando ao paciente lúcido identificar a moléstia que sofre e, animado pelo médico, lutar, emocional e psiquicamente, pela superação dela.” Como proceder, porém, com os indivíduos que se creem ou que realmente estejam enfeitiçados? A essa pergunta de Miranda, respondeu Dr. Bezerra: “Infundindo-lhes confiança em Deus e em si mesmos. Demonstrando-lhes que assim se encontram porque o querem, desde que deles mesmos depende a libertação, induzindo-os à renovação mental e moral, com a consequente alteração de conduta para melhor. Além disso, e principalmente, esclarecê-los a respeito das Leis de Ação e Reação, demonstrando que sofrem porque devem e que a sua recuperação exigir-lhes-á correspondente esforço ao nível de gravidade em que se encontram. Concomitantemente, encaminhá-los ao estudo do Espiritismo, que os auxiliará no trabalho de libertação espiritual, armando-os de valores para as futuras lutas evolutivas”. E se eles se encontrarem em tratamento em Núcleos de vinculação afro-brasileira? “Sem produzir-lhes choques desnecessários, quanto à eficiência do método utilizado ou na área da fé – explicou Dr. Bezerra –, estimulá-los a dar mais amplos passos, fazendo que busquem o esclarecimento espírita que liberta para sempre, a fim de que, liberando-se de um problema, mas permanecendo nas atitudes levianas com que se comprazem, não venham a cair em mais graves dificuldades, de solução mais complicada e difícil. Liberando os obsessos e enfermos da alma, das suas aflições, Jesus sempre recomendava uma terapia preventiva, propondo: Não voltes a pecar, a fim de que não te aconteça algo pior. Entendamos a palavra pecado de forma ampla e mais completa, como sendo todo e qualquer desrespeito à ordem, atentado à vida e desequilíbrio moral íntimo... Esse retorno às baixas vibrações atrai ondas equivalentes e companheiros do mesmo teor.” Dito isto, o Mentor falou sobre o valor terapêutico das substâncias que muitos enfermos usam em problemas dessa natureza, esclarecendo que a ação sugestiva do fato é que mais contribui para o resultado buscado. “Normalmente, as coisas têm o valor que se lhes empresta”, acrescentou o Mentor, ilustrando o ensinamento com o caso do moço rico, narrado no Evangelho, o qual parecia possuir todos os requisitos “para entrar no reino de Deus”, mas não se havia ainda apartado do apego às coisas materiais, a que emprestava mais importância do que os valores de sua fé. “Conforme consideremos algo, em nossa vã cegueira ou claridade mental, para nós assim é.” (Loucura e Obsessão, cap. 10,  pp. 124 a 127.)

58. A influência da cor branca na prática da mediunidade – Miranda aproveitou o ensejo para inquirir o Dr. Bezerra a respeito de duas questões relativas à prática do mediunismo: 1a)  a ideia de que a cor branca é a ideal nessa prática, porque atrairia os Espíritos Superiores; 2a) o efeito real dos defumadores. Dr. Bezerra respondeu-lhe dizendo que, segundo algumas tradições e em determinados povos, o branco é símbolo de pureza, mas, embora seja um tom mais higiênico e absorva menos raios caloríferos, nenhuma influência vibratória exerce em relação aos Espíritos, que, na verdade, sintonizam com as emanações da mente, as irradiações da conduta. Se isso tivesse fundamento, seria cômodo para os maus e astutos manterem a sua conduta interior irregular, bastando-lhes ostentar trajes alvinitentes... “Os judeus – afirmou Dr. Bezerra – eram muito formais e cuidavam em demasia da aparência, sendo por Jesus reprochados com severidade, por Ele considerar mais importante a pureza interna do que a convencional, a exterior, de muito fácil apresentação, em detrimento daquela, mais difícil e respeitável. A vida íntima do homem oferece-lhe a credencial com que marcha em qualquer direção, caracterizando-lhe a individualidade eterna.” No tocante aos defumadores, Dr. Bezerra disse que não existe evidência de que o fumo que se evola dos incensadores e dos vasilhames com brasas exerça ação sobre os Espíritos perturbados, ignorantes ou perversos. “O odor agradável – comentou o Mentor – perfuma o ambiente e, em algumas religiões, têm essas práticas um significado simbólico, recordando as oferendas que os reis do Oriente teriam apresentado a Jesus recém-nascido... As resinas e madeiras perfumadas sempre foram queimadas em cerimônias festivas como fúnebres, para odorificar o recinto. Entre os homens mais primitivos resultavam positivas as práticas, porque, sugestionados com os efeitos que lhes atribuíam os ancestrais que se demoravam no comércio espiritual com os seus, os Espíritos fugiam, apavorados. Ainda remanescem alguns estados desse teor e muitos desencarnados em fixação com as cerimônias antigas que lhes podem aceitar a aparente ação, fazendo-os afastar-se das pessoas ou lugares com quem e onde se encontram...” Concluindo, Dr. Bezerra reiterou que nenhuma força real emana de defumadores e incensos. São sempre os atos os agentes da realidade de cada Espírito, na Terra ou fora dela. Consciência tranquila, como efeito de uma conduta digna, eis o que é fundamental para se possuir um sentimento pacificado. (Loucura e Obsessão, cap. 10,  pp. 127 a 129.)

59. A escala de valores morais é respeitada no plano espiritual – Em casa de Catarina Viana, ela e o filho Carlos já se haviam recolhido, mas se encontrava ali, velando pelo lar, o Sr. Empédocles, o genitor desencarnado do enfermo, um trabalhador afeiçoado ao bem que granjeara respeito e amizade na Comunidade espiritual devido ao socorro que prestava a delinquentes recém-desencarnados. Empédocles, quando encarnado, fora probo e cumpridor dos deveres, havendo deixado pegadas dignas de ser seguidas pelo filho, caso a enfermidade traiçoeira não lhe houvesse impossibilitado de avançar conscientemente, galgando os degraus da escala do progresso. Dedicando-se na sucessão dos anos à restauração do equilíbrio das entidades infelizes recém-chegadas ao plano espiritual, adquiriu experiência e títulos que pudessem ser investidos em favor de sua própria família em sofrimento, o que acabara de conseguir graças à anuência do Dr. Bezerra, que prometeu cuidar pessoalmente do problema de Carlos. No quarto onde o rapaz repousava, Miranda não notou a presença dos seus adversários espirituais, que certamente não puderam dar curso ao programa encetado, mesmo porque ali estavam a postos os dois vigilantes destacados por Emerenciana, os quais impediam a curiosidade dos frívolos, como dos vingadores. Tratava-se de dois Espíritos que envergaram a roupagem aborígine no Brasil, na sua última estada terrena, cujo porte e expressão facial inspiravam respeito, senão receio aos gozadores e insensatos... Adornavam-se eles de cocares de penas coloridas, lanças e outros objetos, que Miranda informou tratar-se de indumentária cerimonial. Cônscios do seu dever, eram dois guardiães adestrados para o auxílio fraterno. O lar dos Vianas, naquele momento, transpirava paz. As orações da viúva e a sua exemplar conduta impediam incursões prejudiciais além do impositivo redentor que Carlos experimentava, não lhe piorando o quadro. A escala de valores morais é, no plano espiritual, muito considerada, não ocorrendo, como entre os homens, a burla ao mérito, o suborno ou a infração ante os direitos adquiridos a nobres esforços. A ação correta se desdobra através de meios certos, sem conexões viciosas ou desvirtuamento da finalidade. Demonstrando a alta consideração com que distinguia o Instrutor, o amigo Empédocles aguardou a palavra de orientação, sem que fosse necessário apresentar qualquer relatório. Dr. Bezerra deu curso a uma anamnese profunda no organismo físico do paciente, anotando as anomalias que o Espírito plasmara no corpo, e, depois de demorado exame, esclareceu que Carlos – embora submetido a uma dura expiação – talvez viesse a recuperar expressiva parcela de lucidez. (Loucura e Obsessão, cap. 11,  pp. 130 a 132.)

60. Como se adquire a virtude da paciência – Segundo Dr. Bezerra, Carlos tinha a probabilidade de, recuperando a lucidez, retornar à realidade objetiva, adquirindo, assim, recursos para programar um futuro melhor, mais feliz, em relação ao quadro no qual se encontrava. “Não será um labor fácil – acentuou o Mentor –; todavia, a tentativa é muito valiosa e oportuna. Confiemos em Deus e esforcemo-nos.” Depois de orientar o pai de Carlos a conduzi-lo, em desdobramento parcial, graças ao sono físico, ao trabalho estabelecido para aquela noite por Emerenciana, Dr. Bezerra informou que Carlos deveria receber assistência fluidoterápica quatro vezes ao dia, objetivando-se desencharcá-lo das energias que o intoxicavam, considerando que a presença dos guardiães na casa impediria a movimentação dos Espíritos vulgares que se comprazem em piorar as situações emocionais dos obsessos. Dadas as orientações cabíveis, Dr. Bezerra e Miranda preparavam-se para sair, quando Catarina, desdobrada pelo sono, se acercou do esposo e saudou-os cordialmente. O marido fez as apresentações devidas, dizendo do objetivo da presença dos amigos em sua casa. Fiel à sua formação religiosa, Catarina exclamou: “Devem ser anjos, que vêm atraídos pelas nossas preces. Louvado seja Deus!” O Benfeitor sorriu e redarguiu: “Somos, sim, teus irmãos, trabalhando para adquirir a angelitude, quanto tu mesma, através dos tempos largos que nos aguardam. Mais importante do que os nossos títulos de merecimento, que os não temos, são as tuas preces e confiança em Deus, que agora passam a receber a resposta, em forma de socorro”. Em seguida, porque outros deveres os aguardassem, Miranda e Dr. Bezerra se retiraram. Miranda, como seria de prever, embora cuidasse de suas tarefas habituais do dia, aguardava com certo grau de ansiedade a chegada da noite, quando nova reunião se realizaria, sob a direção de irmã Emerenciana. “A virtude da paciência – anotou ele – se adquire através de vigilância moral e disciplina mental, que são fatores de harmonia para o ser.” Dizendo-o, Miranda nos ensina como proceder para refrear as ansiedades que às vezes nos acometem na vida e, reconhecendo sua imensa ignorância acerca de tantas coisas, sobretudo na área onde agora mourejava, recordou-se das sábias palavras de Confúcio a respeito da sabedoria: “Estudar, observar e imitar sem pensar significa o mesmo esforço que andar sem rumo. Tudo quanto verdadeiramente sabemos é justo saber que sabemos. Mas o que não sabemos, cumpre-nos saber que o não sabemos. Nisto reside a sabedoria”. (Loucura e Obsessão, cap. 11,  pp. 132 a 134.) (Continua no próximo número.)

 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita