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Entrevista Espanhol Inglês    
Ano 8 - N° 368 - 22 de Junho de 2014
GUARACI DE LIMA SILVEIRA
glimasil@hotmail.com
Juiz de Fora, MG (Brasil)
 

 
Mauro Maia Lélis: 

“Cuidar das relações interpessoais na casa espírita é fundamental”

O presidente do Grupo Espírita Paz, de Conselheiro Lafaiete (MG), fala sobre o trabalho realizado pela instituição, que está completando 108 anos de vida
 

Mauro Maia Lélis (foto) nasceu na cidade de Conselheiro Lafaiete e reside em Belo Horizonte, ambas em Minas Gerais. Nascido em família espírita, é hoje o presidente do Grupo Espírita Paz (GEP) e atua também na Associação Jurídico-Espírita de Minas Gerais (AJE/MG). O GEP, que está completando  108  anos de intensos trabalhos nas

várias atividades que oferece, localiza-se na Avenida Furtado nº 78, Bairro São Sebastião, em Conselheiro Lafaiete, situada a 84 km de Belo Horizonte. O município possui cerca de 120.000 habitantes e conta hoje com 8 centros espíritas.


A seguir, a entrevista que o confrade gentilmente nos concedeu: 

Como foi sua iniciação no Movimento Espírita?

Nascido em família espírita, acompanhava a minha mãe em reuniões no próprio Grupo Espírita Paz quando tinha 10 anos. Já adulto, passei a integrar o Grupo Espírita Manoel Maria de Jesus (Cantinho de Jesus), em Belo Horizonte, onde fui Diretor Financeiro.  

Estando hoje como presidente do Grupo Espírita Paz, o que sente que muda em sua rotina?

Nosso trabalho, que está no segundo mandato, é realizado em conjunto com os irmãos da Diretoria, onde procuramos tomar as principais decisões da Casa por consenso. Buscamos ouvir todos os trabalhadores e dividir as tarefas, principalmente com os coordenadores dos Departamentos. Assim, o que muda na rotina é que estamos o tempo todo pensando na Casa, como uma família, e procurando participar do maior número de atividades da Casa. 

Poderia falar-nos um pouco sobre a história do Grupo Espírita Paz?

O aniversário de 108 anos de fundação do nosso Grupo nos remete a 1906, quando nossa cidade ainda era denominada Queluz. De acordo com estudos de Rogério Brandão, que presidiu a casa de 2000 a 2002, a revista Reformador, da FEB, publicou a seguinte nota alusiva à fundação do GEP: “Minas Gerais: sob o amparo e direção espiritual do bom Antonio de Pádua, patrono espiritual da casa, fundou-se em Queluz  o Grupo Espírita Paz. Cinco apenas, são os marinheiros a conduzir o modesto lenho através dos iluminados mares...”. 

Em sua opinião como o movimento espírita está hoje em terras mineiras?

Pelo que temos acompanhado, verificamos um movimento de organização e aproximação das casas espíritas, ainda que cada uma se destaque por atividades distintas. Além disso, observamos que a aproximação dos trabalhadores das Casas vem ocorrendo pelos encontros regionais de jovens, a exemplo da COJEALTO (Confraternização dos Jovens Espíritas do Alto Paraopeba), que está em sua 9ª edição, e pelos Conselhos Regionais Espíritas. Ainda que timidamente, o movimento está crescendo. Cito como exemplo a recente criação de uma casa espírita aqui em Lafaiete, o Centro Espírita Nazarius. 

Dentro das atividades do Grupo Espírita Paz, qual é a que mais o emociona?

A evangelização infantil nos toca fundo o coração. Ver aquelas criancinhas, com os olhinhos brilhando, ouvindo as palavras de Jesus com as bases da doutrina, rodeadas pelo amor das evangelizadoras, nos traz contentamento e esperança. 

O que deve ser feito para que o Espiritismo alcance mais pessoas, tornando-as adeptas da nossa doutrina?

A nossa casa possui uma característica de divulgação da doutrina, que procuramos fazer principalmente pela realização de palestras públicas e seminários com oradores espíritas de Conselheiro Lafaiete e também de outras cidades. Além dessa forma de divulgação e de outras, como livros, revistas, jornais, blogs, sites e filmes, entendemos que a doutrina atrairá mais adeptos na medida em que nós espíritas, por nossas ações, dermos exemplos da conduta de relação com o próximo ensinada pelo Cristo. 

Dentro do tripé ciência, filosofia e religião, qual delas deveria ter maior ênfase dentro dos estudos implementados nas Casas Espíritas?

Como nos ensina Emmanuel, precisamos de duas asas para alçarmos voos às esferas superiores: a asa do amor e a asa da sabedoria. Sendo a doutrina espírita a fé raciocinada, precisamos entender o que nos acontece à luz da razão científica e das respostas filosóficas, juntamente com o amor que a religação com Deus nos proporciona. Neste momento de transição, temos que trabalhar todos os aspectos do Espiritismo, chamando à frente sua face de religião para sensibilizar os corações endurecidos, e fundamentando em seus demais aspectos de natureza irrefutáveis. Como nos ensina Fénelon no cap. I, item 10, d´O Evangelho segundo o Espiritismo, o coração e o amor têm de caminhar unidos à Ciência.  

Fale-nos sobre as atividades do Grupo Espírita Paz.

As nossas atividades se dão, basicamente, em duas frentes: a doutrinária e a promoção humana. Na área doutrinária, entendemos que, além das reuniões de estudo da doutrina, inclusive evangelização infantil, adolescente e mocidade, higiene mental, atendimento fraterno, irradiação e reuniões de prática mediúnica, priorizamos a divulgação do Espiritismo, com a realização de reuniões públicas, seminários e o nosso programa radiofônico Portal de Luz. No que tange às atividades de assistência social e promoção humana, que também possuem um cunho doutrinário, promovemos a campanha do quilo duas vezes por mês, almoço fraterno todos os domingos, entrega de cestas básicas, acompanhamento de gestantes e enxovalzinho, bem como do bazar. 

Nestes 108 anos de existência do Grupo Espírita Paz, quais os pontos marcantes que poderia nos dizer?

Além da criação dos já extintos Institutos de Educação e Albergue Noturno, do abrigo de menores Lar de Maria, que não possui mais vínculo com o Grupo Espírita, a criação do Jornal o Consolador, merece destaque também a implantação, pelos Srs. Wagman, Pedrinho e Geraldo Brandão, em 19/2/1943, da “Sopa dos Necessitados”, assim chamada à época, atendendo a uma média de 227 pessoas, duas vezes por semana, atividade que ficou paralisada por alguns anos e retornou recentemente como Almoço Fraterno. Entendemos também que as comemorações do cinquentenário (que contou com a participação de Martins Peralva, Bady Elias e Oscar Coelho dos Santos) e do centenário, que contou, entre outros nomes ilustres, com a palestra do irmão Raul Teixeira, foram marcos para a Casa, da mesma forma que a visita de Francisco Cândido Xavier em 1951, quando ele psicografou a Mensagem Fraternal, que consta do livro Através do Tempo.                                         

Em sua opinião, a palestra pública, o passe e a água fluidificada devem se constituir como base dentro das atividades de uma casa espírita ou outros trabalhos devem ser implementados e elevados à categoria de extremamente necessários?

Certa feita, ouvi de um orador que, dadas as nossas prováveis últimas reencarnações, e até mesmo esta existência professando a fé católica, temos que ter cuidado para não substituirmos a palestra pública pela missa, o passe pela comunhão, o atendimento fraterno pela confissão e, acrescento, a água fluidificada pela água benta. Entendemos que as palestras públicas e as tarefas de evangelização da criança, do adolescente e do jovem são primordiais, pois representam a continuidade da doutrina, e o preparo para a transição planetária. Também não podemos olvidar as atividades de promoção humana com os assistidos, que também nos ajudam no nosso crescimento, afinal ainda fazemos caridade para nós. 

O que dizer para outros diretores de Casas Espíritas?

O mesmo que digo para mim e para os demais membros da diretoria do GEP, de que temos que nos preocupar mais com as relações interpessoais nas nossas casas espíritas, valorizar mais a afetividade e nos unir como uma família mesmo. 

Em sua opinião, a arte deve fazer parte das atividades dos Centros Espíritas? Em caso afirmativo, como conduzi-la?

Certamente a arte deve estar presente nas nossas atividades. Incentivamos muito a música e o teatro, que devem ser conduzidos dentro dos preceitos da doutrina. 

Ser espírita é bom mesmo?

A responsabilidade sobre os nossos atos e pensamentos que os ensinamentos espíritas nos trazem pode parecer, em um primeiro momento, algo difícil de assumir. Mas, como vemos, temos que nos deparar conosco quanto antes, enfrentar nossas sombras, nossos inimigos interiores e conhecer a verdade que, conforme Jesus ensinou, é a nossa libertadora. Quando temos nossas dúvidas esclarecidas, quando nos sentimos consolados e esclarecidos pela fé raciocinada, falta-nos colocar em prática as boas virtudes e nos integrar com o Criador pelo sentimento puro do amor. Ser espírita é ser privilegiado, como diz a oradora e médium espírita Helaine Sabbadini. 

Agradecemos e pedimos suas palavras finais.

Nós é que agradecemos a oportunidade de falar desta Casa Espírita que nos acolheu e que tanto amamos, e, ao mesmo tempo, valorizar a história e prestar nossas singelas homenagens àqueles pioneiros do movimento espírita na região. A celebração é da doutrina espírita.  



 


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O Consolador
 Revista Semanal de Divulgação Espírita