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Clássicos do Espiritismo
Ano 8 - N° 368 - 22 de Junho de 2014
ANGÉLICA REIS
a_reis_imortal@yahoo.com.br
Londrina, Paraná (Brasil)
 



No Invisível

Léon Denis

(Parte 43)

Continuamos o estudo metódico e sequencial do clássico "No Invisível", de Léon Denis, cujo título no original francês é Dans l'Invisible.

Questões preliminares  

A. Por que Léon Denis considera insustentável a teoria das alucinações, proposta pelos críticos do Espiritismo para explicar os fatos espíritas? 

A teoria das alucinações tornou-se insustentável depois da obtenção de fotografias das aparições, dos moldes em parafina, dos fenômenos de escrita e assinatura, reconhecidamente autênticas, de sobrevivos. Diante de fatos objetivos como esses, atribuí-los à alucinação é algo inadmissível. (No Invisível, 3ª Parte. XXIII - Hipóteses e objeções.)

B. O grande escritor Victor Hugo foi realmente adepto do Espiritismo?  

Sim. O “Gaulois” de 10 de janeiro de 1906 publicou, sob a epígrafe “O canhenho de um materialista”, um trecho das memórias do Sr. E. Blum, que afirma que Victor Hugo acreditava firmemente no Espiritismo e conservou essa crença até à morte. Seus dois filhos, bem como seus grandes amigos Augusto Vacquerie e Paulo Maurice, nele também acreditavam. (Obra citada, 3ª Parte. XXII - XXIII - Hipóteses e objeções.)

C. Que diz Léon Denis sobre a teoria da subconsciência?  

Segundo ele, a teoria da subconsciência deve ser considerada seriamente, pois que contribui para o esclarecimento de grande número de casos psíquicos; mas só é aplicável a certos fenômenos de animismo, isto é, de exteriorização dos vivos, nos casos, por exemplo, de renovação da memória. Ela não explica, contudo, os fatos de ordem física e intelectual, tudo que constitui o Espiritismo puro. A intervenção dos sobrevivos é a solução mais simples, mais lógica, a que melhor se adapta ao conjunto desses fatos. Não dão as Entidades que se manifestam outra explicação e seu testemunho é universal. (Obra citada, 3ª Parte. XXIII - Hipóteses e objeções.)

Texto para leitura 

1106. XXIII - Hipóteses e objeções – Em matéria de Espiritismo, são numerosas as objeções e teorias adversas. Temo-las, em sua maior parte, examinado. Vimos, por exemplo, que a teoria das alucinações é insustentável depois da obtenção de fotografias das aparições, dos moldes em parafina, dos fenômenos de escrita e assinatura, reconhecidamente autênticas, de sobrevivos. A teoria da subconsciência, também denominada inconsciente ou consciência subliminal, foi refutada nos capítulos XVIII e XIX, a propósito da grafia mediúnica e das incorporações. Certo é que também a aplicam aos fenômenos produzidos com a mesa, nomeadamente quanto aos fatos de tiptologia obtidos por Victor Hugo em sua própria casa e que referimos no capítulo XVIII.

1107. Não poucos são os críticos refratários a admitir nos versos ditados pela mesa outra coisa mais que inconscientes produções do grande vate(1). Aqueles versos, dizem, são de estilo idêntico ao dele; anima-os a mesma vigorosa inspiração. A insuficiência, porém, de semelhante explicação fica demonstrada pela análise dos fatos.

1108. Victor Hugo jamais se sentava à mesa. Confessava não poder improvisar, em verso, ao passo que os Espíritos pediam que os interrogassem desse modo e desse modo respondiam imediatamente, sem hesitação nem pausa de memória. Quando um dia, anuindo aos seus desejos, prepara de antemão uma pergunta endereçada ao Espírito Molière, este emudece. A “Sombra do Sepulcro” é que responde em termos acres, constituindo acerba lição para o poeta, que se retira da sala indignado.

1109. Podia Victor Hugo ser ao mesmo tempo consciente e inconsciente e agir extrapessoalmente sem o querer? O inconsciente, que a si mesmo se ignora, não pode ser um determinativo de ação. Ora, todos os fenômenos espíritas representam formas de atividade reguladas pela consciência, em que não se podem associar dois princípios opostos, a ação e a inação. Pretendê-lo seria resvalar no absurdo!

1110. O mesmo acontecia aos assistentes. Nenhum deles cogitava de provocar o sono e, por conseguinte, o desdobramento. Ninguém previa as respostas da mesa. Todos aguardavam ansiosos as frases que iria ditar. O esperado era Molière, que Victor Hugo acabava de interrogar. Se o inconsciente do poeta, estimulado por essa expectativa, tivesse que intervir, a resposta do grande satírico é que teria vindo. Ora, foi a “Sombra do Sepulcro”, numa linguagem áspera e solene, que se manifestou em termos deprimentes que Victor Hugo, em seu orgulho, jamais se lembraria certamente de a si mesmo dirigir em presença de testemunhas.

1111. Nem somente em verso o misterioso Espírito se exprimia. Sua prosa é também magnífica e austera, como se pode ajuizar por este fragmento, ditado pela mesa numa outra sessão:

“Dizes tu, imprudente: a sombra do sepulcro emprega a linguagem humana; serve-se de palavras, metáforas, figuras e mentiras, para dizer a verdade; a sombra do sepulcro não é um simulacro(2), tens razão; eu sou uma realidade. Se desço a falar vossa algaravia(3), é porque sois limitados. A palavra é o grilhão do Espírito; a imagem é a golilha(4) do pensamento; vossa linguagem é um ruído enfeixado num dicionário; minha língua própria é a imensidade, é o oceano, é o tufão; minha biblioteca contém milhões de estrelas, milhões de planetas e de constelações. O infinito é o livro supremo e Deus é o leitor eterno. Agora, se queres que te fale a minha linguagem, sobe ao Sinai e me ouvirás nos relâmpagos; sobe ao Calvário e me verás em resplendores; desce ao túmulo e hás de sentir-me na clemência.”

1112. O “Gaulois” de 10 de janeiro de 1906 publicou, sob a epígrafe “O canhenho de um materialista”, um trecho das memórias do Sr. E. Blum, de que destacamos o seguinte relato:

“Victor Hugo confessava acreditar firmemente no Espiritismo e conservou essa crença até à morte. Seus dois filhos, bem como seus grandes amigos Augusto Vacquerie e Paulo Maurice, nele também criam. Vacquerie me referiu uma coisa extraordinária: Certa noite de Inverno, em Guernesey, faziam-se as experiências de mesa giratória. Estavam presentes o grande poeta, seus dois filhos e Vacquerie. Carlos Hugo é que servia de médium; interrogava a mesa e comunicava as respostas obtidas. De repente, deu um grito de dolorosa surpresa. – ‘Oh! – exclamou – Os Espíritos me dão uma horrível notícia: a Sra. De Girardin acaba de falecer neste momento’. Consultaram o relógio: eram 10 horas.
A Sra. De Girardin, justamente nessa manhã, escrevera comunicando que pretendia passar alguns dias em Guernesey com o seu grande amigo Hugo e era, portanto, esperada a sua visita. No dia seguinte chegou uma carta anunciando o falecimento da Sra. De Girardin. Ninguém o poderia saber em Guernesey, onde o telégrafo a esse tempo não funcionava. Carlos Hugo o ignorava, como todos, e – coisa curiosa – a Sra. De Girardin falecera com efeito na véspera, às 10 horas. Essa história sempre me impressionou singularmente, porque era difícil pôr-lhe em dúvida a veracidade, com testemunhas semelhantes.”

1113. A teoria da subconsciência deve ser considerada seriamente, pois que contribui para o esclarecimento de grande número de casos psíquicos; mas só é aplicável a certos fenômenos de animismo, isto é, de exteriorização dos vivos, nos casos, por exemplo, de renovação da memória. Não poderia explicar os fatos de ordem física e intelectual, tudo que constitui o Espiritismo puro. A intervenção dos sobrevivos é a solução mais simples, mais lógica, a que melhor se adapta ao conjunto desses fatos. Não dão as Entidades que se manifestam outra explicação e seu testemunho é universal. Até os próprios erros que cometem não deixam de constituir elementos de certeza; porque o que não existe não pode deixar vestígio subconsciente e ser conhecido pelo médium ou pelos assistentes.

1114. F. Myers, em seu magnífico livro “A Personalidade Humana”, deu uma definição magistral da subconsciência. Depois dele, porém, muitos sábios abusaram dessa teoria, tornando-a extensiva a fatos em que é ela completamente inadmissível. Na impossibilidade em que se encontram de explicar os fenômenos espíritas, recorrem a hipóteses que de modo algum se adaptam à realidade das coisas.

1115. O recente livro do Sr. Th. Flournoy, “Espíritos e Médiuns”,  é bem característico em tal sentido. Nele enfeixou o autor centenas de fatos colhidos numa pesquisa informativa que empreendeu. As explicações que dá são de pasmosa fragilidade e deixam intacta a interpretação espírita, que pretendem destruir. Sua ideia preconcebida é evidente, sobretudo quando procura relacionar com os fenômenos de inconsciência um caso vulgaríssismo de plágio.

1116. Assinalemos, ainda, o caso Buscarlet. Trata-se de uma senhora (com esse nome), que sonhou em Paris, no dia 10 de dezembro de 1883, que a Sra. Nitchinoff, residente em Kazan (Rússia), deixaria no dia 17 o Instituto que dirigia, e isso com certas particularidades que indicavam a ideia de morte. Ela escreveu, relatando esse sonho, à Sra. Moratief, também residente em Kazan. Esta lhe respondeu que a indicada pessoa deixara realmente seu Instituto no dia 17, mas no estado de cadáver, tendo sucumbido em três dias, vitimada pela difteria. O Sr. Flournoy vê nisso um caso típico de telepatia! A Sra. Moratief, estando relacionada com as duas outras pessoas, que mal se conheciam, percebeu subconscientemente, no dia 10, os primeiros sintomas da moléstia da Sra. Nitchinoff e transmitiu involuntariamente essas percepções à Sra. Buscarlet! Aí está um exemplo das explicações do Sr. Flournoy!

1117. Se é pouco admissível semelhante hipótese, qual será, pela telepatia ou a subconsciência, a explicação possível do caso n° 15, em que a Srta. Sofia S., devendo encontrar-se em Mayens com o pastor H., para fazer uma excursão com ele e suas pensionistas, recebe pela mesa, 10 dias antes da catástrofe em que o pastor e uma de suas discípulas perderam a vida, o seguinte aviso: “Sofia não deve ir a Mayens; correria perigo de vida”? Ou ainda a explicação do caso nº 28 (previsão de morte em consequência de uma queda de bicicleta, com algumas semanas de antecipação)?

1118. É fácil nessa coletânea, em que tantas pessoas de boa-fé comunicaram os mais notáveis fatos de suas experiências, encontrar um número regular de fenômenos dos quais o Sr. Flournoy nem tenta mesmo dar explicação. Podem citar-se por exemplo o caso nº 267 (comunicação anunciando o assassínio de Sadi Carnot, antes que fosse conhecido); o caso n° 190, em que o aviso de alteração num programa de viagem é de perto acompanhado pela chegada de uma carta com a notícia de uma imprevista enfermidade, que transtorna todos os planos de viagem; o caso nº 191, em que é obtida a redação de um cartão postal, que ninguém havia previamente lido; o caso nº 307, em que se faz alusão, na ausência da pessoa interessada, a fatos íntimos que somente ela e seu falecido marido conheciam.

1119. O caso n° 322 é igualmente inexplicável pelos processos tão do agrado do Sr. Flournoy. A narradora recebeu certo dia uma comunicação de um Sr. Martinol, falecido na Austrália no momento em que embarcava de regresso à Europa. “Esse homem, cuja existência eu ignorava – diz ela – me fez uma aflita confissão, que me incumbia de transmitir a sua mulher. Havia pouco tempo que eu praticava a escrita mediúnica e, não conhecendo a senhora em questão, me abstive de a procurar. Vendo que eu não ia, o mesmo Martinol deu uma comunicação ainda mais insistente à minha amiga H., que conhecia a Sra. Martinol e com ela foi ter, levando as duas mensagens. Era tudo verdade, e as duas confissões esclareciam o motivo de atos até então incompreendidos para a família.”

1120. A tática do Sr. Flournoy consiste, além de tudo, em abafar numa profusão de termos técnicos e pretensiosos os elementos probatórios que se destacam da experimentação: criptomnésia, complexos emotivos subjacentes, camadas hipnoides etc. Por essa forma é que sempre a Ciência obscureceu as verdades primárias e os grandes problemas da vida e do destino. Sob esse ponto de vista, não é ela menos responsável que a ortodoxia religiosa pelo deplorável estado mental de nossos dias e pelas tremendas consequências que dele resultam. Ao cabo de séculos de predomínio religioso e de trabalho científico, a Humanidade ainda está à procura do caminho que pelo Espiritismo lhe é claramente indicado.

1121. Força, porém, é reconhecer que o Sr. Flournoy imprime aos seus argumentos uma perfeita cortesia. A moderação de sua linguagem, o talento de observação e de análise, que em toda circunstância patenteia, o tornam eminentemente simpático. Há mesmo ocasiões em que parece inclinar-se às probabilidades espiríticas, deixando escapar uma confissão como esta: “É possível que, entre os fatos, alguns haja autênticos, isto é, que tenham origem espírita; mas não me encarrego dessa escolha”. Sente-se que ele é tolhido por considerações de ordem pessoal.

1122. Temos indicado os perigos reais que oferece a prática da mediunidade. Também os há imaginários, inventados por gosto e estrepitosamente apregoados pelos adversários do Espiritismo, dando origem a duas teorias principais, que por seu turno examinaremos: a das larvas, ou elementais, e a dos demônios.

1123. As manifestações espíritas, dizem cotidianamente certas revistas católicas, quando não provêm consciente ou inconscientemente do médium ou dos assistentes, são obra do demônio. Encontramos aí o argumento habitual da Igreja, o principal instrumento de sua dominação, que lhe permite resistir a todas as inovações, mantendo sob o terror o rebanho dos fiéis e assegurando seu império através dos séculos.

1124. Mesmo quando os Espíritos nos falam de Deus, de prece, de virtude e sacrifício, cumpre ver nisso a intervenção do demônio – dizem os teólogos –, porque Satanás, o pai da mentira, sabe revestir todas as formas, empregar todas as linguagens, fornecer todas as provas; e quando acreditamos estar em presença das almas de nossos parentes e amigos, de uma esposa ou de um filho falecidos, é ainda o grande impostor que se disfarça para nos enganar.

1125. Tem-se visto – afirmam eles – o Espírito do mal revestir as mais dolorosas aparências, mesmo a da Virgem e dos santos, para melhor lograr os crentes. É o que assevera o Cônego Brettes na “Revue du Monde Invisible”, de 15 de fevereiro de 1902, após um estudo de Monsenhor Méric acerca das materializações de fantasmas: “Os resultados – diz ele – me parece concluírem a favor da opinião que sustenta ser tudo diabólico nas aparições de Tilly. Se são verdadeiras estas deduções, é o diabo que ali se apresenta sob a forma aparente da santa Virgem, e recebe as homenagens dirigidas à mãe de Deus”.

1126. Objetam outros críticos que em suas relações com o mundo invisível o homem não comunica somente com as almas dos mortos, mas também com ilusórias aparências de almas, com larvas, formas fluídicas animadas por uma sorte de vibração expirante do pensamento dos defuntos. Por outro lado, dizem eles, é condenável, é quase sacrilégio evocar as almas dos mortos, porque estas, abandonando a Terra, sobem às regiões superiores e toda volta aqui abaixo é um constrangimento, um sofrimento para elas. “O método espírita – diz um teósofo notável – oferece o grande inconveniente de ser prejudicial aos mortos, cuja evolução estorva.”

1127. Vimos, com exemplos numerosos e provas de identidade, que a hipótese das larvas não é de modo algum justificável; os fatos demonstram ao contrário que é com almas de homens, outrora existentes na Terra, que confabulamos nas manifestações, pois que apresentam um caráter essencialmente humano. A ação dos manifestantes é humana, como também o são os desenhos, a escrita e a linguagem de que se servem. Os fenômenos intelectuais que produzem trazem o cunho das ideias, dos sentimentos, das emoções, numa palavra, de tudo que constitui a trama de nossa própria existência.

1128. De todas as ordens podem ser as suas manifestações, desde o trivial até o sublime, e é o que igualmente caracteriza as sociedades humanas. As formas dos fantasmas que se apresentam materializados, as fotografias obtidas, são de seres semelhantes a nós e nunca de demônios, elementares ou larvas.

1129. Acrescentem-se a isso todos os fatos e particularidades com caráter positivo tendente a estabelecer que os manifestantes viveram entre as gerações humanas, e a certeza se impõe de que a intervenção atribuída aos demônios e às larvas nos fenômenos espíritas não é mais que o produto de um desvario da imaginação. (Continua no próximo número.)


(1) Vate: Aquele que tem faculdades poéticas e se consagra à poesia; aquele que faz versos. Aquele que faz vaticínio; profeta.

(2) Simulacro: Ação simulada para exercício ou experiência. Falsificação, imitação. Fingimento, disfarce, simulação. Cópia ou reprodução imperfeita ou grosseira; arremedo. Imagem de divindade ou personalidade pagã; ídolo, efígie.

(3) Algaravia: Linguagem confusa e ininteligível; difícil de perceber.

(4) Golilha: Cabeção com volta engomada, que se usava com a beca.  Argola pregada em um poste, à qual se prendia alguém pelo pescoço; argola, colar.

 


 


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 Revista Semanal de Divulgação Espírita